“Tuas forças naturais, as que estão dentro de ti, serão as que curarão suas doenças.”
Hipócrates
PLANTAS MEDICINAIS
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Nome: Anis Estrelado
Nome científico: Illicium verum
Parte usada: Frutos com suas sementes
Propriedades terapêuticas: Digestivo, carminativo, anti-espasmódico
Indicações : É muito parecida com as ações da “erva-doce”, sendo muito empregado como digestivo e principalmente como carminativo, pois é um ótimo digestivo, facilita a eliminação de gases estomacais e intestinais, além de ser um excelente anti-espasmódico. É muito comum o chá para cólicas intestinais em recém-nascidos, mas deve-se tomar cuidado com os excessos, pois pode intoxicar as crianças. Não temos muitas aplicações do anis-estrelado em nossa cultura, mas pode-se preparar um delicioso chá para ser tomado tanto quente quanto gelado.
É muito empregado pela indústria farmacêutica, de bebidas e perfumaria. O nome Illicium vem do latino illicere, que quer dizer “atrair e seduzir”, daí vem o termo em português aliciar. O nome foi dado devido ao aroma forte e agradável que exala, realmente seduzindo as pessoas.
Modo de usar:
– infusão: uma colher, das de café, de anis estrelado em uma xícara de água fervente. Deixar esfriar e coar. Beber uma ou duas xícara por dia.
– Tintura – dose máxima diária: 20 ml.
Outras informações:. O “Anis-estrelado” nasce numa árvore da mesma família da Magnólia, que pode alcançar cinco metros de altura e é a partir do seu “fruto” acastanhado em forma de. A planta existia apenas em quatro províncias chinesas, mas a sua cultura generalizou-se no mundo ocidental quando chegou à Europa pela mão dos ingleses. A partir do século XIX passou a ser utilizada também como especiaria.
Sua origem é tida como chinesa. Lord Cavendish foi o primeiro a conhecê-la na China, no século XIX, e quem o introduziu na Europa. O anis-estrelado é uma árvore que pode chegar a até 10 metros de altura produzindo pequenas flores amarelas. Suas folhas são largas e de verde muito intenso, e o que mais caracteriza esta planta são seus frutos na forma de estrela, sendo que no interior de cada “ponta” existe uma semente. Esta árvore parece com o pé de eucalipto, e pode produzir até 4.000 frutos por colheita. Possui coloração marrom e forte aroma característico, sendo muito mais forte que a erva-doce ou o funcho. A parte utilizada do vegetal são os frutos com suas sementes. Muito rico em óleos essenciais, são utilizados principalmente como aromatizantes.
Existe uma grande confusão com o nome “anis”. No Brasil refere-se ao anis estrelado, só que no resto do mundo o termo “anis” ou “anis-verde” é empregado quando se refere à planta Pinpinella anisum, que aqui no Brasil é chamada de “erva-doce”. O anis-estrelado não é muito empregado no Brasil, provavelmente devido ao preço. Não é cultivado em nosso território, sendo importado da China e da Europa.
Anis Estrelado e o Tamiflu ( A planta que está ficando famosa por causa do Tamiflu)
Além do que já dissemos sobre o “Anis-estrelado” essa bela estrelinha é a planta a partir da qual é produzido o fármaco mais desejado do momento, capaz de travar a progressão da gripe H1N1 e no passado a aviária, o H5N1.
O mais curioso é que até você pode ter um destas “estrelas” por ai enfeitando vossas casas. Além de nos dias de hoje ser a base na produção do Tamiflu, este sugestivo fruto acastanhado, é também utilizado como objeto decorativo. Se olhar bem para os pout-pourri que utiliza na sua casa, é provável que encontre a mais recente “estrela” do mundo dos fármacos
Diariamente somos confrontados com notícias de novas infecções com a mais perigosa variante da gripe H1N1. Até ao momento, existe apenas um anti-viral eficaz no combate a propagação da doença no homem: o Tamiflu (cujo princípio ativo é o oseltamivir) é o medicamento que oferece maior resistência a gripe H1N1. Mas, enquanto os receios de uma mutação generalizada do vírus H1N1 se avolumam (devido à sua mutação e propensão para adquirir genes de outros vírus), pouco se sabe sobre a origem deste fármaco.
O principal componente do Tamiflu é o Illicium verum ou como vulgarmente se designa “Anis-estrelado” (em chinês, Jiao Hui Xian ). É precisamente a partir desta planta originária da China e do Japão que se produz o fármaco.
Conhecido por ter um efeito anticéptico, anti-inflamatório, calmante, digestivo e diurético, o “Anis-estrelado” foi utilizado durante milhares de anos na Ásia Oriental como tempero para alguns pratos de aves e, mais tarde, como tratamento caseiro para atenuar as cólicas nas crianças.
A partir de 1997 esta planta começou a ganhar uma nova relevância, quando começaram a ser detectados os primeiros casos de gripe das aves no sudeste asiático, o mercado farmacêutico, em particular os laboratórios Roche, passaram a consumir cerca de 90 por cento da totalidade do “Anis-estrelado” produzido em todo o mundo.
A Roche L Hoffmann mantém em segredo a sua fórmula, no “Annual Repport de 2006” ela apenas esclarece “ A fabricação do Tamiflu é um complexo processo envolvendo 10 etapas”, independente disso descrevo um pouco sobre o que pesquisei acerca da fabricação dele e o quão rentável deve ser esse negócio.
Illicium verum (Anis estrelado)
Ácido chiquímico
Esse ácido é um produto natural conhecido há muito tempo. Foi isolado pela primeira vez em 1885 a partir da planta japonesa Illicium anisatum L, no ocidente é conhecido como anis estrelado japonês. É uma árvore nativa do Japão, tóxica, e que era utilizada apenas como incenso. O ácido chiquímico existe em relativa abundância e em 10% numa outra árvore, desta vez chinesa e do mesmo gênero botânico , o Illicium verum, conhecido aqui por anis estrelado.
O ácido chiquímico é utilizado como material de partida para a síntese do oseltamivir, sendo este o composto, comercializado pela Roche com o nome de Tamiflu como antiviral. Todo o ácido chiquímico utilizado na síntese do oseltamivir é extraído do anis estrelado que vem quase que exclusivamente da China. De 13g de anis estrelado, retiram-se 1,3g de ácido chiquimico que é convertido em 750mg de oseltamivir (10 cápsulas de tamiflu contendo 75mg do princípio ativo), que custa hoje perto de R$150,00, portanto, aparentemente um ótimo negócio. Para maiores detalhes sobre como é a síntese do oseltamivir, sugiro que visitem o portal dos fármacos, lá tem uma resenha mais detalhada.
Eu fui passear pelos Relatórios anuais da Roche e realmente os números do Tamiflu impressionam, em 2004, ano anterior ao da gripe aviária, as vendas do fármaco eram de U$330 milhões, passaram para U$1,6 bilhões em 2005 e alcançaram U$ 2,6 bilhões em 2006, até meados de 2009 já somam perto de U$1 bilhão e já começa a disputar o mercado das drogas utilizadas contra tumores. As ações da empresa já subiram perto de 50% desde março, porém isso até poderia ser justificado pela melhora geral do mercado de ações pelo mundo, que subiu ao redor de 30%.
Essas informações estão disponíveis no site da empresa, não me ative a outros detalhes, a não ser um em especial que chamou bastante a atenção e que me permitirá deixar aqui outro item para reflexão. De um lado a população está adoecendo mais, mas de outro, não seria a indústria farmacêutica um dos mercados mais rentáveis do mundo, talvez as duas coisas, respeitadas as devidas proporções, sei lá. Independente da conclusão, o fato é que a população de forma geral está adoecendo, apesar da melhora aparente no nível de vida, de um lado se o item vendas do Tamiflu impressionam, os da divisão farmacêutica mais ainda. Fica aqui a título de curiosidade e para ajudar nessa reflexão, de 2004 até 2007 enquanto o número de funcionários cresceu perto de 20%, as vendas subiram 70%, de 2002 até 2007 a divisão farmacêutica dobrou de tamanho enquanto o número de colaboradores subiu perto de 30%, mas isso quem sabe fica para um artigo mais especifico.
Alguns podem achar com isso que as alegações sobre a fabricação do Tamiflu por parte da Roche, podem ser conspiração para continuar vendendo caro o fármaco, ou quem sabe uma estratégia para conter a grande demanda da planta que pode resultar no aumento de preço ou escassez no mercado (como aconteceu em 2005 no auge do temor da gripe aviária), a verdade na hora certa aparecerá, de nossa parte, analisemos os fatos para as nossas próprias conclusões.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome: Avelos
Nome cientifico: Euphorbia rhipsaloides Lem., E. Viminalis Mill
Euphorbia Tirucalli
Nomes Populares: Avelós, coroa-de-cristo, espinho-de-cristo, espinho-de-judeu, espinho-italiano, árvore-de-são-sebastião, pau-sobre-pau
Descrição Botânica: Arbusto grande, semi-lenhoso, de 3-5 m de altura, lactescente, com inúmeros ramos verdes, suculentos, cilíndricos, praticamente sem folha. Dá uma excelente cerca viva. As flores são pequenas, raras e chegam a passar despercebidas.
Originária da África e de lá foi levada para outros países tropicais. No Brasil se adaptou bem na região Nordeste.
Usada a pleno sol, prefere solo arenoso e rico em matéria orgânica (bem adaptada a solos secos e pobres) , clima quente e úmido.
Propriedades terapêuticas Antiasmática, anticarcinogênica, antiespasmódica, antibiótica, antibacteriana, antivirótica, fungicida e expectorante
Indicações terapêuticas Tumores cancerosos e pré-cancerosos.
Informações complementares
Propriedades químicas (Cont.)
Óleos essenciais (eugenol), hidrocarbonetos terpênicos, aldeídos, látex, goma tirucalli, ésteres de forbol e ingenano ésteres de ingenol, 4-desoxi-forbol e 12-O-tetradecanoil forbol-13-acetato; 12-0-(22) (4E)-octadienol-4-deoxiforbol-13-acetado; ácido 3, 3’-di-0-metil-elágico; beta-sitosterol; ácido cítrico; ácido elágico; eufol; euforona; glucose; hentriacontanol; isoeuforal; kaempferol; ácido málico; sapogenina-acetatos; ácido succínico; taraxasterol; taraxerina e tirucalol.
Indicações
Na medicina alternativa é usado o suco (látex) leitoso cáustico, de efeito irritante na pele e aos olhos porém o seu suco dissolvido em água é indicado para tratamento de tumores cancerosos e pré-cancerosos.
Pesquisadores americanos já se interessaram pelo aveloz e descobriram propriedades contra o carcinoma maligno, como complemento de outros procedimentos médicos.
Contra Indicações: Por ser altamente cáustico, o látex precisa ser diluído em água. O látex puro pode provocar até uma hemorragia. Na África Oriental o uso medicinal indevido do látex ocasionou mortes
Antídoto/Tratamento: Ver Euphorbia milii.
Modo de usar:
Em um copo de água (200ml) acrescentar 1 gota do látex. Beber 3 vezes ao dia este volume, pela manhã, meio dia e a noite, por uma semana.
Na segunda semana passar para 2 gotas, na seguinte passar para 3 gotas e 4ª semana usar 4 gotas. Preparar somente no horário de consumo.
1ª semana: Tomar 02 gotas, antes do café da manhã, 02 gotas, antes do almoço e 02 gotas, antes do jantar.
2ª semana: Tomar 03 gotas, antes do café da manhã, 03 gotas, antes do almoço e 03 gotas, antes do jantar.
3ª semana: Tomar 04 gotas, antes do café da manhã, 04 gotas, antes do almoço e 04 gotas, antes do jantar.
4ª semana: Tomar 05 gotas, antes do café da manhã, 05 gotas, antes do almoço e 05 gotas , antes do jantar
Outras observações
O Euphorbia Tirucalli, também conhecido por vários outros sinônimos populares, tem como principais características, o fator de sua toxina, e propriedade caustica. Comumente conhecido como “Aveloz”, e englobado dentro das características de plantas medicinais, especificamente do setor de plantas tóxicas.
Conhecido no Brasil por cegaolho, dedododiabo, gaiolinha, espinhoitaliano e milk bush (E.U.A.), cassoneira (Angola) e lunka sij (India), este arbusto semilenhoso, latescente, originário da África, pode atingir 9 m de altura se plantado em seu habitat natural. Porém, ao ser utilizado como planta ornamental de interior (o mais freqüente), raramente excede 1.20 ou 1.50m. Quando a planta é jovem, os caules são muito ramificados (bem parecidas com as suculentas ripsális). Possui folhas pequeninas que desaparecem em pouco tempo, permanecendo apenas os galhos cilíndricos verdebrilhantes da espessura de um lápis. As flores são pequenas, raras e muitas vezes passam despercebidas.
O Aveloz teve origem na África provavelmente trazido ao Brasil no início da colonização Brasileira e replantado no Nordeste Brasileiro onde ficou conhecida pelo nome Aveloz e ou Labirinto já no Sul do País como Pau Pelado e ou Garra do Diabo.
Pertence à família das Euphorbiáceas, famosa nos Sertões por suas qualidades na eliminação de verrugas. Há informações de seu uso na Fitoterapia para outros males do organismo e do corpo humano. Seu crescimento é muito lento portando concluiremos que esta Planta para dar boa produtividade de látex substancia com cor semelhante ao leite animal parte usada no tratamento, requer de qualidades climáticas em especial as do Nordeste.
A planta de característica extremamente leitosa, podendo ser encontrada de
pequeno a médio porte, raramente ultrapassando os 1,5 metros.( Figura 3.2)
A exploração de suas propriedades iniciou-se com Prof. e Dr. Guilherme Lacorte. Onde expôs as virtudes dessa “plantinha” na luta contra o câncer. Os resultados eram surpreendentes, após dois anos de pesquisas, e sua equipe conseguem isolar o principio ativo do avelós, um alcalóide poderosíssimo que parecia ser capaz de curar, no mínimo, algumas espécies de câncer. O conflito foi grande contra os conservadores, pois é preciso dar o avelós em doses homeopáticas, muitas bem diluídas, e de hora em hora. Atendendo ainda várias condições do paciente como: orgânica, alérgica, contra indicações, e sobre tudo prevalece à procedência da própria euforbiácea.
Figura 1 – características físicas da Euphorbia Tirucalli
Propaga-se por meio de estacas enraizadas em viveiro, as quais ao serem retiradas preferencialmente no fim da primavera ou no início do verão devem ter a ponta mergulhada na água e, após secas, colocadas em areia umedecida.
Tem preferência por climas tropicais, com exposição plena ao sol, quanto à
necessidade de água deve ser moderada.
O solo com textura arenosa e rico em matéria orgânica são os preferidos. No
entanto, adaptase bem a solos secos e pobres. A adubação com esterco curtido de animal, húmus ou matéria orgânica, incorporados a 60cm de profundidade.
A colheita do látex é feita através de incisões no caule e ramos, no final da
primavera ou início do verão.
Nos últimos anos cientistas e médicos brasileiros vem testando em humanos o potencial da planta para o tratamento do câncer e os resultados já foram bastante promissores.
Ao que tudo indica, a substância age nas células do câncer induzindo a apoptose — uma espécie de suicídio celular. “É o que chamamos de morte celular programada”, explicou ao G1 Auro Del Giglio, gerente do programa integrado de oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein e um dos coordenadores do estudo. “Em células normais, é um procedimento que acontece para a renovação das células, com as antigas dando lugar às novas. Mas nas células do câncer isso quase nunca acontece, e a idéia é exacerbar essa tendência.”
Com isso, a droga tem o potencial para, caso não haja a regressão, pelo menos conter ou reduzir o avanço da doença, induzindo a apoptose de muitas das células do tumor. Não custa lembrar que o câncer é basicamente um agrupamento de células que se rebelaram contra o corpo, multiplicando-se enlouquecidamente e consumindo os recursos do organismo todo em prol de seu próprio crescimento. Simples de descrever, dificílimo de tratar.
In vitro, a droga funcionou contra colônias de células de câncer de mama, melanoma e outros tipos de tumor. Mas ainda não dá para dizer que o remédio vá funcionar em humanos. “Nesse primeiro estudo, de fase 1, o que a gente faz é descobrir a dose certa”, diz Del Giglio. “É um estudo para identificar a toxicidade e a segurança do medicamento.”
No momento, cinco pacientes estão passando por esse procedimento no Hospital Israelita Albert Einstein. A idéia é concluir o estudo até o fim do ano e iniciar a fase 2 — que envolve um grupo maior de pacientes com o objetivo de identificar o real potencial da droga como tratamento para tipos específicos de tumores– em 2009.
A partir daí, os cientistas já miram buscar aprovação da droga para que chegue às farmácias, embora tenham ainda de ser conduzidas outras duas fases de estudos, de grande porte, para concluir o ciclo pelo qual passam todos os medicamentos antes de obter aprovação das autoridades competentes.
A despeito de estar ainda na fase preliminar dos estudos, a equipe está animada com os avanços. “Do que eu tenho notícia, é o primeiro estudo rigoroso conduzido com um medicamento herbal brasileiro para câncer”, diz Del Giglio. “Está todo mundo muito entusiasmado justamente por conta disso.”
Em excesso pode ser letal.
Látex: O látex da avelós é branco, acre e muito perigoso. Pode levar à cegueira quando em contato com os olhos. A exposição aguda da pele ou mucosa com o látex causa inflamação sobre a epiderme, provocando reações imediatas como vermelhidão, inchaço, dor e necrose dos tecidos. O contato com os olhos pode causar o imediato desenvolvimento de conjuntivites, queratites e uveites, com inchaço das pálpebras e conseqüentemente o fechamento dos olhos devido ao edema. Não se deve demorar muito para procurar auxílio médico, pois o quadro se agrava com muita rapidez, podendo resultar em úlcera corneal, perfuração da córnea e, como resultado, a cegueira. Apesar disso, se manipulado em laboratórios, esse mesmo látex tem algumas propriedades purgativas e antisifilíticas, além de servir para a eliminação de verrugas.
Principais Sintomas em Caso de Intoxicação: Intensa queimação, (keratconjutivite), pálpebras inchadas, dor ardente do globo ocular, visão borrada, erosão do epitélio córneo, acuidade visual diminuída, fotofobia, cegueira temporária.
Fonte: Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar – I MICTI
- Nome: Tanchagem
Indicações : O suco puro pode ser usados em bochechos para apressar a cicatrização da gengiva em casos de cirurgia e extrações de dentes. O emplasto da planta macerada combate a inflamação. Para uso interno, pode ser usada como diurético, e junto com guaco para combater tosses com catarro.
Os indígenas das Guianas usam o decocto de suas flores em mistura com a erva-de-santa-maria (Chenopodium abrosioides), para tratar problemas menstruais. São também empregadas nesse país, tanto as flores como as sementes contra conjuntivite e irritações oculares devidas a traumatismos.
Modo de usar:
– folhas na alimentação: bolinhos, refogados e ensopados; em carnes, arroz e feijão, omeletes, pastéis, rocambole salgado e empanados.
– decocção de 15 a 20 g por dia (folhas) ou 9 a 15 g por dia (sementes) para uso geral
– decocção para gargarejo e emplaustros para tratamento de úlceras, hemorróidas e ferimentos: ferver 60 g de folhas e /ou raízes em 1 litro de água. Fazer gargarejos para afecções;
Tintura: 1 colher de sopa, 4 vezes ao dia;
Cataplasma: colocar as folhas frescas amassadas sobre feridas (cicatrizante em feridas, queimaduras e picadas de insetos).
– Contra afecções da pele (acnes e espinhas) faz-se aplicação localizada sobre a área afetada, com chumaço de algodão embebido em seu chá, preparado com 2 colheres (de sopa) de folhas picadas em 1 copo de água em fervura durante 15 minutos, adicionando-se 1 colher (de sopa) de mel.
Nos países do Caribe esta planta é usada também no tratamento caseiro da hipertensão e de inflamações.
Outras informações:. Pequena erva bianual ou perene, de 20 a 30 cm de altura. Cresce espontaneamente em terrenos baldios e pomares da região sul do Brasil, onde é considerada planta daninha. É, contudo, na medicina caseira que é mais conhecida, cujo uso originou-se na Idade Média na Europa. Devido a suas quantidades de proteínas, açúcares, vitaminas e minerais, junto à baixíssima probabilidade de toxidez, suas folhas foram classificadas como alimentícias.
Uma das ervas mais usadas na Índia. Existem mais de 200 espécies espalhadas pelo mundo, entre as quais se destacam por suas aplicações fitoterapêuticas, a zaragatoa e as três usadas medicinalmente desde a antiguidade.
O nome Plantago faz referência a forma de pegada que têm as suas folhas.
- Nome popular: Confrei
Nome científico: Symphytum officinale L.
Parte usada: Folhas, rizomas e raízes.
Propriedades terapêuticas: adstrigente, antianêmica, antiasmática, anticancerígena, antidiabética, antidisenterica, calmante, cicatrizante, analgésica, antiinflamatória, tônicas e galactogênicas (aumenta produção de leite).
As raízes moídas têm uso como hemostático (estanca sangue), curativo em ferimentos abertos, equimoses e especialmente no tratamento de fraturas de ossos. São usadas também como cataplasma no alívio do incômodo gerado por queimaduras e picadas de insetos.
Indicações: Suas folhas e raízes, usadas para uso externo, agem como cicatrizantes nas contusões, ferimentos, reumatismos e tromboflebites. Pode ser usada como forrageira, pelo alto teor de proteína e pela excelente produção de massa verde. O tratamento cicatrizante de feridas, inclusive de úlceras varicosas e irritações da pele, pode ser feito em aplicação local de compressas e lavagens, várias vezes ao dia.
Modo de usar:
– Alcoolatura: misturar 1 parte de sumo das folhas em 5 partes de álcool. Aplicar sobre as partes afetadas.
– cataplasma de 6g de folhas amassadas ao ponto de pasta e aplicar sobre o ferimento, varias vezes ao dia. Pode-se adicionar glicerina à pasta.
– Emplastro: esmagar as folhas em água morna e aplicar sobre o ferimento 2 vezes ao dia. No caso de contusões e inchaços, colocar o emplastro dentro de um pano antes de aplicar.
– Compressa: usar o decôcto das folhas sobre feridas e queimaduras, várias vezes ao dia;
– Alcoolatura de 1 parte do sumo em 5 partes de álcool;
– Decócto: 4-5 g de chá em 250 ml de água, para lavar feridas;
– Infuso a 5%: para gargarejos 2 a 3 vezes ao dia;
– Suco fresco: psoríase (o uso deve ser sob prescrição médica);
Contra indicações: Embora ensaios farmacológicos registrem para o extrato aquoso das folhas atividade inibitório do desenvolvimento de tumores mamários, seu uso interno, em doses altas ou por tempo prolongado, pode ocasionar o aparecimento de tumores malignos no fígado, nos brônquios e na bexiga, conseqüentes do desenvolvimento de doença venooclusiva, causada pelos alcalóides nesses órgãos, complicados com o extravasamento de hemácias e necrose hemorrágica. Considerando esta atividade tóxica, o confrei teve seu uso por via oral proibido pelos órgãos governamentais de saúde de quase todos os países ocidentais, embora seu uso local como cicatrizante seja permitido e estimulado. Apesar das evidências, existem controversas quanto à dosagem necessária para um efeito tóxico.
Outras observações: Originária do centro e norte da Europa e Ásia temperada foi introduzida no Brasil na década de 80, e começou a se cultivado em larga escala. Também é conhecido como capim-roxo-da-rússia, erva-de-cardeal. erva perene, que se apresenta como uma pequena touceira, com rizomas carnosos e sem caule aparente, As folhas, de formato entre o lanceolado e oval e que saem praticamente ao nível do solo, são grandes na base da planta e as superiores um pouco menores. As flores aparecem em um escapo floral, reunidas em ramalhetes mais ou menos folhosos e torcidos, com coloração amarelada, esbranquiçada ou violácea. Embora haja flores, não há produção de frutos e nem de sementes, pois é uma herbácea híbrida. A propagação é feita utilizando pedaços de rizoma com cerca de 5 cm. De fácil cultivo, prefere terrenos úmidos como margens de rios e lagos, em lugares frescos e ensolarados. Tem bom desenvolvimento em solos soltos, com bastate matéria orgânica e clima temperado. Não suporta falta de água e tem crescimento exuberante o ano todo, se as condições do clima, solo e água forem favoráveis. A colheita dos rizomas deve ocorrer após um ano e meio do cultivo e quando a planta perde as partes aéreas, que se verifica na estação seca. As folhas podem ser colhidas em qualquer época.
- Nome: Marcela-do-campo, Macela.
Nome científico: Achyrocline satureioides (Lam.) DC
Parte usada: Planta toda.
Propriedades terapêuticas: Antiinflamatório, antiespasmódico, analgésico, sedativa, emenagoga, calmante, bactericida, antidiarréica, digestiva, estomáquica, emenagoga e antiviral.
Indicações: Problemas digestivos, flatulências, má digestão, colecistite, diarréias, cólicas abdominais, azia, contrações musculares bruscas, inflamações, disfunções gástricas, inapetência, disenterias, distúrbios menstruais, dores de cabeça, cistite, nefrite.
Modo de usar: Uso interno O chá de suas flores e ramos secos na proporção de 5 gramas por litro de água fervente, é usado no Brasil no tratamento de problemas gástricos, epilepsia e cólicas de origem nervosa. Também é empregada como antiinflamatório, antiespasmódico reduzindo contrações musculares involuntárias e analgésico, para diarréia e disenteria, como sedativa e emenagoga.
Tomar 3 a 4 vezes ao dia, preferencialmente após as refeições.
Uso externo: contra nevralgias, cólicas (intestinais e renais), menstruações dolorosas, dores articulares e musculares, é recomendada na forma de cataplasma e de banho por imersão, preparados com 5 colheres (de sopa) da planta inteira picada em 1 litro de água fervente. Aplicar na forma de compressas 3 a 4 vezes ao dia.
– travesseiros: preenchidos com as flores favorecem o sono;
– a infusão pode ser utilizada para clarear os cabelos, como estimulante da circulação capilar, queda dos cabelos, peles e cabelos delicados.
Contra indicações:
Outras observações: A planta é originária do Sul e Sudeste do Brasil, curiosamente falando uma lei estadual de 2002 instituiu a Macela como Planta Medicinal Símbolo do Estado do Rio Grande do Sul.
Planta anual, que atinge até 50 centímetros de altura, formando touceiras de grande extenção e com caule membranáceo. As folhas são alongadas, finas, com muitos pêlos e de coloração amarelada. A inflorescência é terminal, composta de capítulos de flores pequenas, membranáceas e de cor amarelada. O fruto é um aquênio muito pequeno. Reproduz-se por fruto-semente, sendo muito resistênte e pouco exigente em relação ao solo e água. É uma planta invasora, muito comum em pastagens, beira de estradas e terrenos.
A colheita da planta toda deve ser feita quando surgirem as inflorescências ou seja, antes de estarem completamente maduras, aproveitando assim as suas qualidades terapêuticas. Seu florescimento ocorre nos meses de março e maio e nessa época chama muito a atenção por sua coloração amarelada pálida característica.
Em experiências com animais têm sido comprovada suas propriedades analgésica, antiinflamatória e relaxante muscular. Estudos in vitro no Japão mostraram que extratos das flores desta planta inibiram em 67% o desenvolvimento de células cancerosas. Pesquisadores americanos demonstraram propriedades antiviróticas do extrato aquoso quente de suas flores contra células T-Linfoblastóides infectadas com o vírus HIV.
Na Argentina, a infusão de 20 gramas de flores por litro de água quente é ingerida para ajudar na regulação do ciclo menstrual e para o tratamento da asma. No Uruguai o seu chá possui a mesma aplicação, além do emprego para problemas estomacais, digestivos e gastrointestinais, como emenagoga, sedativa e antiespasmódica (reduz contrações musculares involuntárias).
- Nome: Capim-limão, Capim-cidreira, Erva-cidreira, Capim-santo
Nome científico: Cymbopogon citratus (DC) Stapf.
Propriedades terapêuticas: Antimicrobiana, calmante, espasmolítica, analgésica, febrífugo, soporífico, diurético e estimulante estomacal.
Parte usada: Principalmente as folhas, mas podem-se usar o rizoma e raízes frescas ou secas
Indicações: Seu uso é largamente difundido em todo o país na forma de chá, possuindo aroma e sabor agradáveis, que possui ação calmante e espasmolítica suave. Contém um pouco menos que 0,5% de óleo essencial, que tem atividade antimicrobiana, e é formado principalmente por citral, ao qual se atribui a atividade calmante e espasmolítica. Possui também um pouco de mirceno, princípio ativo de ação analgésica. Sua produção industrial é utilizada na produção de aromatizantes e na síntese de vitamina A.
Modo de usar: O seu chá deve ser do tipo abafado e preparado de preferência com folhas frescas, que tem um sabor mais agradável. É empregado para pequenas crises de cólicas uterinas e intestinais, bem como no tratamento do nervosismo e estados de intranqüilidade, farmacologicamente comprovados.
O chá é bom para insônia e tônico depurativo em estados gripais febris.
– Infusão uso geral 4 xícaras de café de folhas frescas ou secas picadas em 1 litro de água. Tomar 1 xícara 2 a 3 vezes ao dia;
– decocção ou inalação: 10 a 20g/dia de folhas e/ou raízes por litro de água;
– ungüento: esmagar 1 xícara das de chá de rizomas em 1 colher das de sopa de óleo de coco. Coar e fazer massagens tópicas para nevralgias e reumatismos.
– folhas batidas com água no liquidificador, coar e beber: refresco para os dias de calor
Outra forma de preparo, que possui os mesmos efeitos do chá é o refresco preparado com 40 folhas cortadas em pequenos pedaços e trituradas em pequenos pedaços em liquidificador juntamente com o suco de 4 ou 6 limões, em 1 litro de água. Coe essa mistura em peneira fina, sem deixar passar partículas da planta, para que não cause lesões internas. Adoce e refrigere o suco.
Contra indicações: Não há ação tóxica, mesmo quando ingerido várias vezes ao dia.
Outras observações: Espécie originária da Índia, sua introdução no Brasil é muito antiga; possivelmente, já no tempo colonial. Era utilizada como planta ornamental, sendo encontrada e cultivada em todo o país. Forma enorme touceiras de folhas finamente estriadas, com margens cortantes, exalando um forte odor de limão. A planta prefere terrenos pouco úmidos, vegetando bem em regiões de clima tropical e temperado. Faz-se mudas desmembrando pedaços da touceira mãe, plantando em lugar bem ensolarado à um metro uma da outra. O surgimento de flores é raro em nossa região.
Cultivada em quase todos os países tropicais, tanto para fins industriais como em hortas caseiras para uso em medicina tradicional. É facilmente confundido com a citronela, que possui formato e odor semelhantes, mas a citronela é utilizada para se extrair óleos essenciais que repelem insetos.
- Nome: Menstrato
Nome cientifico: Ageratum conyzoides
Nomes Populares: Erva – de – São – João, erva – de – São – José, picão – roxo, catinga – de – bode, catinga – de – barão, câmara – opela, erva – de – Santa – Lúcia, Maria – preta.
Parte usada: Toda a planta
AspectosAgronômicos: Reproduz bem por estaquia e por sementes. Planta-se em canteiros semi – sombreados, úmidos em adubados com matéria orgânica. As folhas e flores devem ser colhidas quando o aparecimento dos capítulos florais. ( Panizza )
Prefere a luz de meia – sombra. A planta toda é colhida pouco antes da floração, por volta do 3º mês. ( Martins, Castro … ).
Adapta-se a diversas condições ambientais e por isso tem podido se estabelecer com êxito em quase todas as regiões de climas tropical e subtropical do mundo. Sobrevive em quase todos os tipos de solo, preferindo, contudo solos argilosos, em locais úmidos, tolerando ambientes relativamente secos.
Aspectos históricos: Do grego “agératon”, significando “que não envelhece” ( termo aplicado antigamente a plantas perenes; é difícil esse nome para uma planta de ciclo tão curto, mas certamente existem plantas perenes dentro do gênero ).Uso fitoterápico:
– Diarréias e desinterias, cólicas e gases intestinais, cólicas uterinas, omenorréia, afecções das vias urinárias.
– Reumatismo agudo.
– Dores musculares.
– Contusões.
– Cicatrizante.
– Pneumotores do tubo digestivo.
– Bronquites, tosses, catarros, gripes, febres.
– Menopausa, tensão – pré – menstrual.
– Gonorréia.
– Beribéri.
Riscos:
– É hepatotóxico. Não dever ser tomado via oral.
– O seu uso interno dentro das doses recomendadas, não tem contra – indicação ( Panizza )
Modo de usar
Doses utilizadas: Toda planta ou apenas sua parte aérea pode ser usada na forma de pó ou na forma de chá.
O pó é preparado com as folhas bem secas e, bem peneirado, pode ser colocado em cápsulas gelatinosas de 200mg ( 2/3 vezes ao dia ). Pode, também, ser tomado diretamente de mistura com mel, ou com água e açúcar ( meia colherinha de café, 3 a 4 vezes ao dia ).
O chá preparado com 4 a 6g das folhas frescas, ou duas a três folhas frescas, por decocção, é tomada na dose 2 a 3 xícaras por dias.
No caso de reumatismo, sob forma de cataplasma ( uso externo), planta machucada, sobre as articulações acometidas.
Os tratamentos longos devem ser interrompidos por uma semana a cada mês.
Preparo da TM ( tintura – mãe ) a 10% : 50g das partes aéreas suas em 500 ml de álcool a 50% ( misturar 250 mL de água em 250 ml de álcool absoluto ). Deixar em maceração de 1 a 2 semanas em lugar fresco ou usar a técnica de exposição ao sol(1). Prensar, deixar durante 48 horas e então filtrar.
Infusão – 1 xícara ( cafezinho ) da planta seca picada em ½ litro de água. Tomar 1 xícara (chá) de 4 em 4 horas.Tintura – 1 xícara ( cafezinho ) da planta fresca para 5 xícaras de álcool. Tomar 10 gotas em água 2 vezes ao dia ( cólicas ) ou aplicar em massagens locais (reumatismo / artrose)
Pó – colocar 1 colher ( café ) do pó em água ou suco de frutas para cada dose a ser tomada. Tomar 3 a 4 vezes no dia (artrose).
Decocção – cozinhar a planta inteira e despejar o chá mormo numa vasilha, mergulhar os pés ou as mãos durante 20 minutos, 2 vezes ao dia ( reumatismo e artrose ).
- Nome Tribulus
Nome cientifíco: Tribulus terrestris L.
Parte utilizada: folhas, raízes.
Propriedades medicinais: afrodisíaca, analgésica, antiespasmódica, antiinflamatória, antilítica, cardíaca, demulcente, diurética, restauradora, tônica.
Indicações: disfunções sexuais, impotência (homens e mulheres), incontinência urinária, dor ao urinar, pedras nos rins, gonorréia, doenças cardíacas, vertigens, neurastenias, dor de dente, higiene bucal.
Também conhecida como viagra-natural.
Modo de usar:
gel, cápsulas, infusão ou decocção.
Uso interno: infusão de uma colher de café de folhas por copo de água 3 vezes ao dia.
Uso externo: decocção para banhos, compressas e fricções.
Quanto ao uso em cápsulas, não existe um guia definitivo sobre a quantidade de Tribulus terrestres que deverá ser tomada. Há diferentes diretrizes sugeridas por especialistas no campo médico. A mais sugerida é entre 250-750 mg por dia, tomada uniformemente durante todo o dia.
Contra-indicações/cuidados: pessoas com hipertensão ou cardiopatia, só devem usar a Tribulus com acompanhamento médico. Se possível evitar o uso interno. O uso excessivo pode provocar problemas estomacais. Em hipertensos e cardiopatas pode ocorrer hipotensão e se a eliminação de potássio for considerável, poderá haver potencialização dos efeitos dos cardiotônicos.
Outras informações: Uma planta nativa da África e da Índia tem despertado a atenção aqui no Brasil por um detalhe bem interessante: por suas propriedades, ela é considerada um verdadeiro “viagra natural”. Trata-se da Tribulus terrestris, planta pertencente à Família Zigophyllaceae, muito rústica, capaz de se desenvolver mesmo em climas desérticos e em solos pobres.
Além do nome sugestivo que recebeu aqui no Brasil, popularmente ela é conhecida também como puncture vine e goathead (em inglês), abrojo (em espanhol) e tribulus (em italiano). Outros nomes são bem comuns (já traduzidos para a nossa língua): cabeça-de-gato, espinho-do-diabo e erva-daninha-do-diabo.
A Tribulus terrestris é uma planta herbácea rasteira e perene, que pode se comportar como planta anual em regiões de clima mais frio. Na primavera e no verão, a planta produz flores amarelas, com cinco pétalas.
A planta é conhecida tem séculos na Europa para tratamento da impotência e como um estimulante para ajudar a aumentar o impulso e o desempenho sexual. Como apoio atlético, esta potente erva tem sido observada e estudada para realçar a produção do LH (hormônio luteinizante) e impulsionar os níveis de testosterona. Este poderoso extrato, como DHEA e Androstenediona, pode ajudar a elevar os níveis de testosterona sem perigo e seus efeitos têm sido cobiçados pelos atletas búlgaros durante décadas.
O Tribulus terrestris vem sendo produzido e consumido em larga escala em toda a Europa, graças aos resultados positivos que apresenta no combate à impotência e à queda de libido em pacientes de ambos os sexos
O Tribulus terrestris provoca vasodilatação na região genital, o que pode explicar os seus efeitos sobre a ereção. Pode aumentar ainda a contagem de espermatozóides, bem como a sua mobilidade, podendo, por isso, ser um auxiliar precioso para tratar a infertilidade. Em mulheres, diminui os sintomas da frigidez sexual, aumenta a libido e reduz os sintomas da menopausa.
Ao aumentar as concentrações plasmáticas de testosterona, aumenta também produção de músculo como efeito anabólico. A testosterona é vital porque desempenha vários papéis essenciais no nosso organismo, em especial, a síntese de massa muscular, com os conseqüentes ganhos de força.
O Tribulus Terrestris é um adaptógeno da testosterona. Em medicina um produto é classificado com adaptógeno quando tem a propriedade de reequilibrar o organismo toda vez que este se encontrar alterado. Estudos clínicos têm mostrado que o aumento dos níveis de testosterona tem efeitos positivos não somente na força física e resistência, como também na função sexual, na densidade mineral óssea, metabolismo e nos níveis de imunidade. Por isso, é também muito indicado para idosos com problemas como artrite, artrose, fraqueza muscular e fadiga crônica.
Quando os cientistas iniciaram as primeiras pesquisas sobre Tribulus terrestris, eles tinham como único propósito, descobrir um seguro e natural tratamento para deficiências sexuais. Estas pesquisas levaram à descoberta do Tribulus terrestris que eleva significantemente os níveis do LH e da Testosterona. Um outro estudo seguinte, conduzido sobre homens sadios com 28-45 anos, mostrou que 3 (três) doses de 250 mg, tomadas uniformemente durante todo o dia, por justamente cinco dias, elevou os níveis de testosterona em perto de 30% ou mais. Estudos adicionais confirmaram os estudos feitos anteriormente e também mostraram que, além de uma elevação nos níveis da testosterona, indivíduos observaram um aumento na libido, freqüência e força na ereção e recuperação da atividade sexual. Outras mudanças foram notadas: redução do colesterol, humor melhorado, aumento da auto-confiança e do desejo de enfrentar desafios.
Um outro estudo envolvendo indivíduos saudáveis que tomaram 750mg/dia de Tribulus terrestris, avaliaram as respostas hormonais que revelaram aumentos de LH de 14,38 ml/U/ml para 24,75mI/U/ml. A testosterona livre nos homens também aumentou de 60ng/dl para 84,5ng/dI3.
Outro estudo realizado em mais de 200 homens que sofriam de impotência revelou que muitos dos homens experimentaram aumento dos níveis de LH e testosterona, da produção de esperma e da sua motilidade.
- Nome: Jaborandi
Nome científico: Pilocarpus microphyllus stapf
Partes usadas: folhas e raízes
Propriedades terapêuticas: Sudorífera, paralisias renais, cólicas intestinais e hepáticas, blenorragia, caxumba, edema pulmonar, afecções bronquiais, hemorragias, alopecia (calvície), leucorréia e glaucoma.
Indicações: As folhas são utilizadas como sudoríferos para combater as febres. Também usa-se para estancar hemorragias, bem como no tratamento para doenças do cabelo, triturando suas folhas e friccionando-as no couro cabeludo para estimular o crescimento dos cabelos.
As pessoas que tem problemas de queda de cabelo, tem encontrado na loção feita com as folhas de jaborandi, um resultado surpreendente como revitalizador, fortificante e estimulante, do crescimento dos folículoscapilosos na maioria dos casos, e principalmente no combate à queda dos cabelos devido a um dos seus alcalóides, a pilocarpna, que é conhecida como a loção da saúde dos cabelos.
Tem também ação em problemas respiratórios, edema pulmonar e principalmente afecções dos brônquios, devido ao seu óleo essencial tanino; que é um inibidor enzimático, apresentando ação antiinflamatória e antiviral. Suas raízes são anestésicas e sialagogas. Na medicina popular são utilizadas para aliviar as dores de dentes e cessar as dores de estômago.
Modo de usar:
Uso externo – tônico capilar: colocar 2 colheres de folhas em 1 copo de álcool, deixar durante um dia. Massagear o couro cabeludo diariamente. Para dar brilho e fortalecer a raiz dos cabelos.
Dor de dente: raízes – 10 g num litro de água, ferver e deixar esfriar, aplicar com um algodão.
Infusão – uso interno – para bronquite, diabetes, inflamação dos pulmões (pleura) e retenção de líquidos: 20 gramas de folhas para l litro de água fervente. Tampar por 20 minutos; tomar 3 a 4 copos durante o dia.
Contra-indicações: Não se deve ministrar em pessoas enfraquecidas ou cardíacas, devido aos seus alcalóides.
Outras observações: Arbusto de um metro e meio, flores dispostas em espigas, folhas alternadas, compostas ovais, com leve aroma. Providas de glândulas transparentes, donde se extrai a pilocarpina, o fruto é rugoso de forma ovalada e gosto amargo. Planta tipicamente brasileira, cresce em regiões de clima subtropical, encontrado inclusive na União Soviética. No Brasil é comum na Amazônia, Maranhão, Piauí e Paraíba.
O jaborandi é conhecido há vários séculos pelos índios tupi-guarani que a chamavam de yaborã-di (planta que faz babar) e indicada sempre que se queira aumentar a produção de suor (gripe, edemas ou hidropsia). Esta planta é um arbusto do gênero Pilocarpus, de ocorrência natural em algumas regiões do norte/nordeste do Brasil, especificamente entre o Maranhão e o Piauí, que tem folhas claras podendo chegar até dois metros de altura. Suas folhas estão repletas de pequenas bolsas secretoras que quando esfregadas soltam um cheiro semelhante ao da laranja.
Willem Piso, médico e naturalista holandês, veio para o Brasil por ocasião da ocupação holandesa, chegando no início de 1637 e retirando-se em 1644. Dedicou-se ao estudo das doenças do Brasil Holandês. Escreveu a obra Historia naturalis Brasiliae, com a colaboração do naturalista alemão Georg Marggraf. Piso deixou em suas obras observações detalhadas sobre as enfermidades brasileiras, as propriedades terapêuticas das plantas e o efeito do veneno dos animais. Esta obra serviu de fonte para a inclusão das espécies da fauna e da flora brasileiras no Systema Naturae de Carl von Linné.
Piso e Macgrave, o médico holandês e seu assistente alemão, analisaram cientificamente o uso de plantas e a nosologia indígena. Piso introduz na farmacologia européia o jaborandi (analgésico).
A pilocarpina pertence a um pequeno grupo de alcalóides, contendo amidazol em sua estrutura. Diferentes sais são produzidos com pilocarpina, tais como: sulfato, cloridato e nitrato. A pilocarpina é usada na formulação de gotas oculares para o tratamento do glaucoma, reduzindo a pressão intra-ocular e também em exames clínicos.
O glaucoma é uma doença comum definida pela lenta e progressiva perda de visão, sendo a segunda causa de cegueira nos EUA, perdendo apenas para a diabetes. Embora o glaucoma não tenha cura, a prevenção da progressiva perda da visão é conseguida reduzindo-se a pressão intraocular. O aumento da pressão intraocular pode ser o resultado do aumento da produção de humor vítreo ou redução da drenagem deste mesmo humor vítreo. O humor vítreo é um corpo gelatinoso, composto de 99% de água, transparente e avascular, que perfaz dois terços do volume e do peso do olho. A pilocarpina atua facilitando a eliminação de humor vítreo. Embora efeitos colaterais sistêmicos sejam raros, a alta incidência de efeitos colaterais no próprio olho, aliados ao incoveniente de exigir dosagens de quatro vezes por dia, tornam a pilocarpina menos popular do que outras medicações anti-glacoma.
O Jaborandi parece ter destino semelhante ao da Espinheira Santa. É encontrado em uma região de solo e clima bem característicos, entre o Pará e o Maranhão. Seu princípio ativo já é largamente usado pela indústria de medicamentos no tratamento do glaucoma. Era utilizado no passado para aguçar o faro de cães de caça. Também indicado no tratamento de doenças do aparelho respiratório. Vários xampus trazem o Jaborandi em sua fórmula, tido como um poderoso aliado na luta contra a queda de cabelo. Há anos, a planta vem sendo extraída em grandes quantidades para uso de laboratórios estrangeiros. Não existem planos para reposição dos exemplares retirados da região. As poucas áreas de cultivo regular são controladas por laboratórios estrangeiros. Uma espécie ameaçada é o jaborandi (Pilocarpus jaborandi), muito utilizado em formulações cosméticas. Esta planta faz parte da Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, publicada em 1992 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
Estimula o crescimento e renovação celular na pele e cabelos, utilizado na prevenção e tratamento da queda de cabelos de diversas causas. Contém alcalóides, especialmente a pilocarpina e óleos essenciais. Desta planta é extraído o cloridrato de pilocarpina, vasodilatador tópico, com aplicações médicas nas áreas de dermatologia, angiologia e oftalmologia.
- Nome: Nó de Cachorro
Nome cientifico: Heteropterys aphrodisiaca O. Mach.
Partes usadas: raízes e casca
Propriedades terapêuticas: : Afrodisíaco, depurativo, tônico, antioxidante, estimulante da memória e revigorante
Indicação: Aliviar e prevenir úlceras, fortalecimento dos ossos, debilidades nervosas, revigorante físico e psicológico, males oftálmicos (catarata e conjuntivite), males uterinos, fortalecimento muscular e eczemas na pele.
Modo de Usar : As raízes são fixadas em aguardente (afrodisíaca) e vinho (depurativo do sangue). O chá é indicado para agravos como diabetes, diarréia, gripe, infecções: intestinal e renal.
Decocção
Uso externo: O banho para o fortalecimento muscular de crianças e idosos, aplicado nos membros inferiores, envolvendo-os com faixa durante a noite.
Uso interno: Para ulcera, memória e colesterol
Recomenda-se a dose de 1 cálice pequeno pela manhã tanto da cachaça como do vinho.
Outras observações: Todo dia de manhã, antes de começar o batente, João da Cruz Oliveira, 62 anos, lavrador em Poconé, Mato Grosso, toma uma talagada de cachaça misturada com a raiz de uma planta conhecida como nó-de-cachorro. O cheiro é forte, mas o gosto até que não é mau. Lembra o de madeira cheirosa, como o sândalo. João aprendeu a fazer a infusão com os pais, que lhe repassaram o costume, popular em todo o Pantanal Mato-Grossense. Pegam-se três pedaços de raiz, mergulha-se tudo na cachaça (ou em vinho branco) e deixa-se quatro ou cinco dias de molho, até a beberagem ganhar uma coloração avermelhada. Uma dose por dia, numa xícara de cafezinho, energiza as crianças preguiçosas, fortifica a memória, diminui o colesterol e, garantem os pantaneiros, previne a impotência sexual. O nó-de-cachorro é um arbusto com cerca de um metro de altura, encontrado nos cerrados do Mato Grosso e de Goiás. A raiz, que tem semelhança anatômica com um pênis de cachorro (daí o nome), tem efeito revigorante. A mistura da planta com pinga (garrafada) é tomada pelos homens da região como estimulante sexual. Embora a nomenclatura em latim confirme a relação da planta com o desempenho sexual, os pesquisadores são unânimes em afirmar que a substância é um revigorante de uma forma geral, sendo recomendado às pessoas de mais idade.
Esta comprovado que a ação contra a perda de memória e a fadiga projeta o nó-de-cachorro como medicamento novo. Com as credenciais da planta, um grande laboratório paulista estuda transformar-se em produtor mundial de medicamentos contra o mal de Alzheimer, um mercado que movimenta 3 bilhões de dólares por ano. O drinque caipira de João da Cruz pode valer uma fortuna. “A sabedoria popular dá pistas importantes sobre o uso medicinal das plantas, enquanto no caso dos sintéticos é preciso desenvolver uma molécula”, acrescenta o diretor do laboratório”.
Contra indicações: Não encontrada até o momento
- Nome: Jojoba
Nome científico: Simmondsia chinensis (Link) Schneider
Partes usadas: Sementes (óleo)
Propriedades terapêuticas: Cicatrizante, emoliente, queratoplástica
Indicações: O óleo combate os males da pele contra queimaduras, acne, psoríase. Utilizado há muito tempo pelos astecas, que com ela tratavam seus ferimentos, usavam-na como tônico digestivo e também no tratamento dos cabelos.
Devolve à pele e aos cabelos, a oleosidade natural, hidratando-os e dando brilho. Dissolve o excesso de oleosidade do couro cabeludo, que é uma das causas da queda de cabelos.
No caso de psoríase, que aparece como placas de escamas prateadas e vermelhas nas pernas, joelhos, braços e principalmente nos cotovelos, couro cabeludo, orelhas e costas. Os dedos das mãos e dos pés perdem o brilho, aparecendo sulcos e orifícios. A causa é diversa, as crises podem ser por tensão nervosa, stress, infecções viróticas e bacterianas. Em muitos casos, os ácidos graxos da jojoba neutralizam os radicais livres que danificam a pele, havendo uma sensível melhora, agindo como excelente lubrificante.
Modo de usar
Uso externo
Óleo de jojoba – para cabelo seco, adicionar em um shampoo de boa qualidade, 4% do óleo ou uma colher de sobremesa, num shampoo de 200 ml.
Psoríase – passar no local afetado, um algodão com óleo de jojoba.
Outras obsevações: Arbusto perene, cuja produção de frutos é enorme, de onde se extrai um óleo de puríssimo grau, substituindo o óleo de baleia, com superioridade. É proveniente do deserto de Sonora, adaptou-se bem com o clima nordestino brasileiro, onde o solo é árido, existe pouca chuva e o calor é intenso.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
-
Nome: Mulungu
Nome científico: Erythrina mulungu Benth
Partes usadas: Casca, folhas, frutos e sementes
Propriedades terapêuticas: Sedativa, tranqüilizante, calmante, age contra a asma, insônia, tosse, obstruções do fígado e baço, hepatite, histeria, alterações do sistema nervoso, agitação, hipertensão, prisão de ventre, hemorróidas, dor de dente, contusões, palpitações, coqueluche, reumatismos (dores).
Indicações
Utilizado para todos os casos de excitação nervosa e suas conseqüências. Alivia as dores, age no combate às hemorróidas, tosse nervosa e asma. Sendo purgativa, auxilia nos casos de prisão de ventre.
Os alcalóides atuam sobre o sistema nervoso central, agindo como depressores e são absorvidos lentamente pelo tubo gastro-intestinal e excretados pelos rins.
Alguns estudos indicam ainda que um destes alcalóides a erisodina pode ser útil como droga antinicotina, pois foi demonstrado que ele atua como antagonista competitivo e bloqueia os receptores de nicotina.
O principal remédio natural vendido no mundo inteiro hoje em dia contra o stress e a ansiedade, e como sedativo em geral, é a kava kava. Esta planta, todavia, tem sido sujeita a relatórios negativos nos últimos anos a respeito de possíveis efeitos negativos ao fígado. Como o mulungu tem os mesmos efeitos calmantes e reguladores do stress, e tem um efeito positivo no fígado, é indicado como um possível substituto da kava kava.
Modo de usar
Casca: Chá por decocção, um copo de água, com 2 a 4 g de cascas de mulungu.
Tampar e deixar ferver por 5 min. Beber algumas vezes durante o dia.
Contra indicações: O uso excessivo pode causar depressão
Outras observações: É uma árvore nativa muito bonita, com sua floração vermelho vivo. Existem várias espécies de Mulungu ou Eritrinas. Entre elas esta (foto) é a mais vistosa, de grande porte, comum nas matas desta região (leste de MG), e que apresenta floração totalmente destituída de folhas. A época da floração varia entre Agosto e Setembro, mas cada árvore não mantém suas flores mais que uma ou duas semanas.
A árvore espinhosa e pode medir de 6 a 10 metros de altura, cuja casca é de cor avermelhada e suas sementes são vermelhas e pretas, as suas folhas são compostas trifolioladas.
Adapta-se bem em clima quente, sendo a região de Minas Gerais, Matogrosso do Sul até o Rio Grande do Sul, onde mais se encontram estas árvores.
- Nim ou Margosa
Nome científico: Azadirachta indica – A juss, Synantelara azadirachta ou
Melia azadirachta
Partes usadas: toda a planta, folhas, sementes (óleo), frutos, cascas e raízes.
Propriedades terapêuticas: Ação anti-malária, antifúngica, anti-hemorróica, anti-diabética, dermatites, cistites, antidiarréica, vermífuga, antiespermaticida, antibacteriana, antiviral, fertilizante utilizado como adubo orgânico, além de combater úlceras, eczemas e psoríase.
Indicações: É uma planta extraordinária com ação múltipla em diversas enfermidades. O óleo da semente de nim tem feito maravilhas no tratamento de psoríase, reduzindo a coceira, a escamação e a vermelhidão da parte lesionada.
O uso oral do extrato das folhas do nim tem reduzido nos diabéticos insulínicos (tipo I), a necessidade de insulina na proporção de 30 a 50%.
O que dizer do câncer e da Aids? O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos tem experimentado em cobaias, extrato de nim, que tem ação surpreendente na aniquilação do vírus HIV.
Os elementos ativos polissacarídeos e limonóides encontrados na casca, folhas e sementes tem reduzido certos tumores cancerosos. Até nas doenças coronárias, há diminuição da coagulação sangüínea e pressão arterial.
É interessante que na índia, existe um lubrificante vaginal feito com óleo de nim, que evita a gravidez melhor do que os preservativos (camisinha) usados pelos homens. Possui ação repelente de insetos, melhor que os produtos químicos conhecidos.
Esta planta tem forte poder inseticida sem ser tóxica ao ser humano, e ainda serve de alimento ao homem e aos animais, sua madeira é valorizada na fabricação de móveis e ainda está incluída entre as plantas medicinais.
Para se ter uma idéia do valor desta espécie, as sementes do Nim (ou Neem) combatem mais de 200 espécies de insetos. Acredita-se que a árvore do Nim produz um dos melhores biopesticidas disponíveis na indústria.
Modo de usar
Infusão das folhas – 10 g num litro de água, tomar durante o dia.
Cápsula de óleo – 300 mg, 3 cápsulas ao dia.
Pó – 5 gramas em meio litro de água. Tomar 2 copos ao dia.
Outras observações: O Nim é uma planta originada da Índia, trazida para o Brasil em 1992. Trata-se de uma árvore de crescimento muito rápido, que em poucos anos, atinge mais de 10 metros de altura. Produz os seus primeiros frutos entre 3 e 5 anos depois do plantio. Nas condições do Nordeste chega a produzir frutos 2 vezes por ano.
As folhas são verdes escuras com flores esbranquiçadas e perfume peculiar, reunidas em inflorescências densas. O fruto é uma baga ovalada com 1 a 2 cm de comprimento. A polpa é amarelada, quando madura. Sua casca é branca, dura, e sua semente contém óleo essencial, com coloração marrom. Resiste a solos secos e pobres em nutrientes, mas prefere clima tropical, não tolerando temperaturas abaixo de 8° C.
A plantação é feita através de mudas, após o plantio das sementes. O sucesso do plantio está relacionado ao início da estação chuvosa da região.
As sementes possuem óleos: nimbim, nimbinim e nímbidim. Nas flores há minerais como sódio, potássio, cálcio, ferro e cloro, além de dióxido de carbono CO 2, e derivados do enxofre SO 4 e SI O 2.
Outros componentes como o nimbosterol, glicosídeos, nimbosterim, flavonóides: nimbicetim e sesquiterpenos, solamina e azaridactim.
O azadiractim (assemelha-se a um esteróide) é o componente mais importante da semente do nim, estudado durante quase 20 anos. É o mais empregado no controle de pragas, pois não possui ação fitotóxica, não agredindo o meio ambiente e é praticamente atóxica ao homem.
- Nome: Nogueira
Nome científico: Juglans regia L.
Partes usadas: cascas, folhas, nozes.
Propriedades terapêuticas: vermífuga, antidiarréica, hipoglicemiante, anti-séptica, anti-caspa, dermatites, gota, anti-queda de cabelos, litíase renal, antimicrobiana, antiinflamatória e anti-colite.
Indicações: contra pedras nos rins, litíase renal, onde os pacientes que usam o óleo de nogueira eliminam ou dissolvem seus cálculos em média em 48 horas. As dermatites, como eczema seborréica, tem um resultado excelente com a aplicação local do óleo.
Muitas pessoas que tem diabetes do tipo II experimentaram o decoto das cascas ou o chá das suas folhas e tiveram normalizada sua hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue).
O extrato tem ação antimicrobiana, de largo aspecto, incluindo Cândida albicans, Mycobacterium smegmatis, Escherichia colf e Staphylococcus aureus, devido aos seus elementos ativos, juglona e menadiona.
As nozes apresentam um grande valor nutritivo, com um conteúdo protéico melhor do que a carne bovina, superando-a devido a quantidade de seus óleos, minerais e vitaminas.
É também excelente no combate à diarréia e colites, devido a nogalina encontrada em suas folhas, além de ser preciso no tratamento de uretrite (inflamação da uretra ou conduto da urina).
Tem ação adstringente, cicatrizante, e antiinflamatória contra eczema, impetigo, foliculite, tinea, úlceras e hemorróidas.
Modo de usar:
– consumida “in natura”, em decoração de bolos e tortas ou na preparação de pães, doces, bolos e sorvetes;
– infusão de 3 colheres de café de folhas secas em duas chávenas de água: diaperturbações gástricas e intestinais;
– decocção de 10 g de cascas e raízes em um litro de água. Tomar 1 xícara 3 x dia Usar também externamente em dermatologia, frieiras e gargarejos.
Outras observações: Árvore enorme cresce até 30 metros de altura, régia como seu nome indica, prefere terrenos arenosos. Suas folhas tem um largo pecíolo, é hermafrodita e seu fruto contem em seu interior a noz.
É originária da Ásia central, Europa, China e Himalaia, mas adaptou-se bem no Brasil.
Contra-indicações: Em pessoas com estômago sensível a taninos, pode causar mal-estar e vômito e desencadear reações de hipersensibilidade, como irritação dérmica e ocular.
- Nome: Noz-moscada
Nome científico: Myristica fragans Houtt
Partes usadas: sementes (óleo e pó)
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática eczema; estimulante, afrodisíaco, carminativo, auxilia na digestão, vômitos e cólicas intestinais.
Indicações: O gel feito do óleo da noz moscada é utilizado em dores reumáticas, friccionando-o nos locais doloridos. A medicina chinesa emprega a noz moscada para casos de diarréias. Massageia-se locais com dores e gota. Resolve o problema de circulação para pernas inchadas e, na homeopatia é usada nos distúrbios mentais e de memória.
Recomenda-se para quaisquer casos de problemas digestivos, reduzindo as náuseas, vômitos e diarréias. É também utilizada como tempero para sopas.
A miristicina e a elemicina possuem ação moderada inibidora da monoamino-oxidase, e potencializa a ação da triptamina. A administração desta erva não é antidepressiva e sim sedativa.
Modo de usar
Decocção: Para gripes, males pulmonares, asma: colocar em 1 copo de água, 1 noz-moscada bem picada e ferver por 3 minutos. Tomar ainda morno, antes de deitar. Tomar uma xícara por 3 dias.
Xarope caseiro:
Para pernas cansadas e inchadas: xarope de nos moscada. Para infecção na garganta: 2 colheres de azeite, mel, 1 nos moscada ralada, misturar bem. Tomar 1 colherinha pela manhã e 1 à tarde.
Infusão: 2 g de pó de nos moscada para 1 copo de água quente.
Para diarréia: A diarréia de início abrupto na pessoa sadia, está mais freqüentemente relacionada com algum processo infeccioso e 1/2 nos moscada em pó, misturada à uma colher de sobremesa de rum, tomada 2 a 4 vezes diárias, acaba com a infecção e recupera as funções intestinais em 2 ou 3 dias.
Óleos: Para dores reumáticas: O óleo de noz moscada, devido aos óleos essenciais, aplicado com massagens nas partes doloridas, tem resultados excelentes, desde que aplicado 2 vezes ao dia.
Contra-indicação: não deve ser usada por gestantes, pois pode haver contração uterina, levando ao aborto.
- Nome: Pimenta
Nome científico: Capsicum annuum L.
Partes usadas: Fruto e folhas
Propriedades terapêuticas: Combate hemorróidas, gastrites, reumatismos, pleurisias, nevralgias, gota, lombalgias, diarréias, disenterias, hemorragias uterinas, é estimulante da digestão e da circulação sangüínea, antiinflamatória e antiespasmódica.
Indicações: ingerido como alimento, ele desinfeta a mucosa bucal e gástrica, e por sua vez, elimina os germes intestinais sem, contudo destruir a flora intestinal. Atua com eficácia como estimulante gástrico, além de ser também poderoso depurativo e adstringente. Elimina toxinas e pus dos processos infecciosos e é ótimo para tirar dores nas pernas e braços.
A pimenta é usada como componente ativo nos problemas de disfunção erétil (impotência sexual).
A pimenta malagueta é quente e estimulante, podendo ser usada em medicamentos, para resfriados, dores reumáticas, má circulação e bronquite. A pimenta é muito picante e tem que ser utilizada com cuidado.
É indicada também para queda de cabelos.
Modo de usar:
Como saladas, vinagretes, refogados, cozidos e assados. Os de sabor picante são usados no lugar da pimenta.
Uso interno:
Contra alcoolismo – Colocar um pimentão verde dentro de uma garrafa de cachaça, durante 5 dias. Tomar uma colher pela manhã e uma à noite.
Para cabelos sem vida: Suco de pimentão com cenoura e salsinha. Tomar 2 vezes ao dia.
Uso externo
Coloque 10 g do suco picado em um copo de álcool de cereais, colocando uma colher de sopa de glicerina. Deixar durante uma semana macerando. Coe. Aplicar no couro cabeludo, massageando durante 10 minutos. Faça o tratamento pelo menos durante um mês.
Para artrite e reumatismo: Colocar 6 pimentões vermelhos para 100 g de álcool, 100 g de álcool a 60 graus, por infusão, durante 2 dias. Coar e pincelar as áreas doloridas, fazendo uma pequena massagem, que logo passa a dor. Age como antibiótico devido as saponinas.
Contra indicações: Em excesso pode causar taquicardia e hipertensão
Outras observações: Características: herbácea anual, com altura variável de 30 cm a 1 m de altura, folhas alternas, pontiagudas, lisas e pecioladas. As flores são pequenas e brancas. Seus frutos tanto podem ser pequenos como grandes, alongados ou estreitos, redondos ou cônicos, de coloração amarela, verde ou vermelha, de sabor doce ou picante, contendo sementes. Existem diversas variedades do gênero capsicum.
É originária da América tropical, sendo assim o melhor cultivo se dá nas regiões tropicais e sub-tropicais, porque não resistem às geadas. Necessitam de solos argilosos ricos em matéria orgânica, drenados e pouco ácidos.
- Nome: Girassol
Nome científico: Helianthus annuus
Partes usadas: Pétalas, folhas e sementes (óleo)
Propriedades terapêuticas: Balsâmica, antiinflamatória, cicatrizante, expectorante e antidiabética e anti-colesterol.
Indicações: Folhas frescas amassadas são excelentes para fazer cataplasmas, chás, decocções para combater febres, distúrbios estomacais, resfriados, e cardialgia.
As sementes amassadas poderão ser utilizadas como cataplasmas para contusões. úlceras e feridas. Os chás por infusão ou decocção aliviam as enxaquecas, dores de cabeça de fundo nervoso. nevralgias e estados de nervosismo.
O óleo extraído das sementes é aconselhável para males do peito e especialmente, para ajudar a baixar o nível do colesterol do sangue, assim como para diabetes e enfermidades do fígado.
As flores do girassol contém um glicosídeo flavonóide (quercemetrina) que é usado como balsâmico e expectorante para problemas respiratórios.
Modo de usar: As sementes devem estar secas, torradas e moídas, para preparar chás e tinturas. Poderão ser acrescentadas às farinhas para a utilização na culinária, devido ao seu alto valor nutritivo. Das sementes cruas, extrai-se o óleo, também utilizado na culinária. que é ótimo para o coração.
– Folhas: Chá por decocção ou infusão: 30 g de folhas para. 1 litro de água. Ferver por 10 minutos. Este chá é recomendado para asma, expectorante, gripe, infecções estomacais e da garganta, problemas pulmonares, pleurites, males do coração e cardealgia.
– Cataplasma: folhas verdes amassadas (o suficiente para cobrir o local afetado) é indicado para contusões, feridas e úlceras.
– Tintura: macerar 20 ml de álcool a 60% com 2 gramas de folhas secas por 10 dias, filtrar e colocar em vidro, tomar 20 gotas de 3 em 3 horas num cálice de água. Esta tintura é recomendada para malária e para combater gripes.
– Sementes torradas e moídas: como farinha, adicionar nas dietas de pacientes organicamente debilitados. Tônico também para crianças.
– Óleo: extraído das sementes, é um dos mais saudáveis. O óleo de girassol é indicado especialmente na arteriosclerose, para fazer baixar o nível de colesterol no sangue, assim como em casos de diabetes.
As sementes ao natural, em jejum, combatem vermes, inclusive a solitária.
A ingestão de sementes de girassol e/ou abóbora são ótimos para problemas de caspa, por causa do alto teor de ferro e de vitaminas E e do grupo B que elas possuem. Elas ajudam a diminuir bastante o problema e também contribuem na recuperação do brilho do cabelo (além de deixá-lo sedoso).
Além de ajudarem os fios, as sementes protegem contra enfermidades cardiovasculares e contra o envelhecimento da pele.
– Vinho medicinal: Cortar em pedaços, 100 g de ramos secos e 300 g de álcool de cereais.
Deixar macerando por 30 dias. Filtrar e colocar num vidro bem fechado. Decorrido uma semana misturar uma garrafa de vinho branco. Tomar todos os dias em jejum e durante as refeições, uma colher de sopa. Combate pleurite, prevenindo a febre correspondente. Em casos de dor de estômago, ingerir após as refeições, uma colher de sopa.
Outras observações: Pode medir até 2 metros de altura, com folhas de nervura pronunciada, grande, rugosa, cerrada e de forma ovalada, suas flores têm diâmetro de 10 a 25 cm, com pétalas amarelas nas flores femininas. Nas flores hermafroditas, o miolo é avermelhado, com disco volumoso que encerra centenas de sementes, claras ou escuras, que fornecem valioso óleo comestível. A característica desta planta é que as influorescências se voltam para a luz do sol girando sobre o pedúnculo ao longo do dia. É originária da América Central, México e Califórnia. Desenvolve-se em climas tropicais, sub-tropicais e temperados. Resistente à seca e a baixa temperatura. Hoje, é cultivada no mundo todo, embelezando com suas pétalas amarelas e perfumadas, os jardins de milhares de pessoas.
- Nome: Guanxuma
Nome científico: Sida spinosa L.
Partes usadas: flor, folha, raiz e sementes.
Propriedades terapêuticas: Planta emoliente, antiinflamatória, vermífuga, antibiótica natural, tônica, digestiva, depurativa de tumores, para menstruação dolorosa, disenterias, catarro, antitérmica, apendicite, urina presa, digestiva e fortificante dos nervos.
Indicações: As folhas amassadas e aplicadas como cataplasmas aliviam a dor de picadas de insetos (vespas, abelhas, etc…).
Como chá, também pode ser aplicada nos cabelos para controle da oleosidade e queda, proporcionando brilho e volume. Tonifica e elimina impurezas das peles oleosas. O chá das sementes trituradas pode ser usado como vermífugo.
Modo de usar
Folhas: chá por decocção ou infusão – 30 gramas de folhas para um litro de água. Indicado para bronquites, catarros, tosses e outras infecções pulmonares. Também combate a queda de cabelos.
Folhas verdes amassadas colocadas na área afetada: alivia a dor de picadas de abelhas e vespas.
Folhas verdes: utilizadas em banho, tem ação emoliente.
Outras observações: Planta herbácea ou sub-arbustiva. É uma planta anual ou perene que chega até 80 cm de altura no máximo. Possui folhas pequenas, rugosas, com bordas recortadas.
Desenvolve-se em locais úmidos e com sombra, comum em solo adrenoso, campos, lavouras, pomares e jardins, pode ser encontrado na América, África e Ásia.
Propriedades químicas: heterosídeos, saponínicos, ácidos fixos, gomas, mucilagens, taninos, ácidos orgânicos, triterpenos e sais minerais.
- Nome: Hamamelis
Nome científico: Hamamellis uirginiana L
Partes usadas: folhas, cascas
Propriedades terapêuticas: indicada para hemorragias, metorragias, hemoptises e pistaxes, hemorróidas, varizes, flebite( inflamação das veias) afecções da pele e das mucosas, problemas de menopausa, é adstringente, antitumoral, anti-blenorrágica e antiinflamatória.
Indicações: os índios usavam-na como cataplasma em feridas externas. Utiliza-se o chá e os supositórios para hemorróidas, inclusive as sangrentas, bem como para casos de vaginites, eczemas, varizes e hemorragias internas e como compressas, nas úlceras varicosas. É utilizada também na composição de produtos cosméticos.
Atualmente a hamamelis é uma das plantas mais eficazes que se conhece para o combate as afecções circulatórias. As folhas e a casca desta árvore contêm diversos tipos de taninos, entre os quais se destacam os hamamelitaninos, assim como flavonóides e saponinas. Como tônica venoso contrai a parede das veias, ativando a circulação sanguínea no seu interior. Por isso é muito útil no caso de varizes, pernas pesadas, flebites e hemorróidas
Modo de usar
Uso geral
Tintura – 10 a 30 gotas ao dia num pouco de água, tomar de 1 a 3 vezes ao dia nos intervalos das refeições.
Chá por infusão das folhas – 20 g em 1/2 litro de água. Tomar 2 copos ao dia.
Água destilada de hamamellis – recomendada para higiene, ferimentos e descongestionamento da pele causado pelo sol e pelo vento, ou avermelhado e rachado pelo frio.
Uso externo
Decocção – 30 g de folhas e cascas em pedacinhos, em 1/2 litro de água. Ferva durante 10 minutos, depois de coado, acrescente 200 ml de álcool 96°. Com algodão, aplique na parte afetada.
Contra-indicações: sedação, salivação abundante e irritação gástrica
Outras observações: Arbusto de 3 a 5 metros, com ramos ralos, folhas alternadas, ovais, alongadas, flores amarelas. Após a queda das folhas, aparecem as flores e os frutos. Crescem em solos ricos e úmidos, não se adaptam a climas frios. Sua procedência é da América do Norte, Estado da Virgínia e Canadá. Hama: nome grego que significa ao mesmo tempo, e nelis, que significa fruto.
- Nome: Angélica
Nome científico: Angelica archangelica L
Angelica Officinalis
Partes usadas: toda a planta
Propriedades terapêuticas: depurativo do sangue, digestivo, emenagoga, estimulante, estomacal.
Indicações: gases, debilidade estomacal, enfemidade do peito, garganta, pulmões, fígado, rins, bexiga, rouquidão e reumatismo
Planta aromática muito indicada no trato digestivo e na insuficiência de suco gástrico, fortalece o estômago, é tônica, depurativa e sudorífera.
Modo de usar:
Uso interno
Infusão ou decocção: Prepara-se com a raiz triturada, que é a parte mais ativa da planta, à razão de 20-30 g por litro de água.
Também se podem acrescentar folhas tenras e sementes. Toma-se uma xícara antes de cada refeição, até três vezes ao dia.
Uso externo
Banhos: Decocção de 100 g de planta em um litro de água, que se acrescenta à água do banho.
Contra indicações: Não indicado para diabéticos
Outras observações: Originária do norte da Europa e da Ásia, ainda que o seu cultivo e uso se tenham expandido por todo o mundo. Prefere os lugares frios e húmidos, perto de rios e pântanos, costuma medir de 1 a 2 m de altura. O seu caule é grosso em cujo extremo se encontram as flores.
Na Groelândia ocupa grandes extensões, e os habitantes daquele país a usam abundantemente desde tempos remotos. Não sendo uma planta mediterrânea, não chegou a ser conhecida pelos botânicos da antiguidade clássica.
Começou a ser usada na Europa na Idade Média, durante as grandes epidemias da peste. Muitos atingidos pela peste procuravam-na desesperadamente como último remédio antes de se entregarem à morte, já que se tinha divulgado uma lenda, segundo a qual o arcanjo Gabriel a mostrara a um sábio ermitão, para que este pudesse combater a peste. Daí os monges e frades terem começado a cultíva- la nos seus conventos, com o fim de elaborar com ela diversos tipos de remédios, infelizmente todos em forma de licor alcoólico. Hoje ainda se preparam com a angélica os licores Benedictine e Chartreuse.
Digestiva e carminativa é um grande tônico e estimulante das funções do aparelho digestivo. Aumenta o apetite, facilita a digestão, aumenta a secreção de sucos gástricos e elimina os gases e fermentações intestinais. É a planta por excelência para os que têm falta de apetite, os debilitados e os dispépticos.
Tonificante e equilibradora do sistema nervoso: Torna-se muito útil nos casos de depressões, neurose e debilidade nervosa.
Os banhos com água de angélica têm um efeito muito saudável sobre o sistema nervoso.
- Nome: Valeriana
Nome científico: Valeriana officinalis L.
Parte utilizada: rizoma e raízes
Propriedades terapêuticas: Calmante, sedativa, ansiolítica, espasmolítica, relaxante e anti-ulcerogênica. O principal efeito é reduzir o tempo de indução do sono. Os ácidos valerênicos (valerênico, acetóxi-valerênico e hidroxivalerênico) têm mostrado diminuir a degradação do ácido gama aminobutírico (GABA). O aumento da concentração de GABA na fenda sináptica é um fator responsável pelas propriedades sedativas.
Outro mecanismo que pode contribuir para as propriedades sedativas de Valeriana são os altos níveis de glutamina. Existem ainda outros componentes: os monoterpenos se decompõem na presença da enzima oxidase em ácido valerênico e metilcetona; o primeiro tem ação antiespasmódica e o segundo ligeiramente anestésico.
Indicações: É indicado para distúrbios do sono causados por condições, distúrbios mentais, problemas de concentração, excitabilidade, estresse, dores de cabeça, neurastenia, epilepsia, histeria, cardiopatia nervosa, estados de agitação inerentes ao período menstrual, neuralgia e outros estados de ansiedade.
A valeriana tem efeitos tranquilizantes, sedativos, analgésicos, antiespasmódicos e anticonvulsivos e favorece o sono). Produz uma sedação em todo o sistema nervoso central, diminuindo a ansiedade. Também diminui a pressão arterial. A sua ação é semelhante a dos fármacos tranquilizantes (fenotiazinas e derivados), mas não tem nenhum dos correspondentes efeitos tóxicos destes.
Modo de usar
Uso interno
decocção: 10-15 g de raiz triturada por litro de água, beber até 5 xicaras diárias, adoçadas com mel, se desejar. No caso da insônia, tomar uma xícara, entre meia e uma hora antes de ir dormir.
Pó de raiz: Até 1g, 3-4 vezes ao dia.
Contra indicações
O uso prolongado do produto pode causar diarréia e irritação.
Outras observações: A valeriana é usada na fitoterapia desde o renascimento, quando se descobriu a sua propriedade de evitar os ataques epiléticos.
Era recomendada por médicos árabes desde a Primeira Guerra Mundial, para tratar neuroses de guerra.
A valeriana produz efeitos bastante diferentes, quando usada em seres humanos ou em animais. Aos primeiros proporciona um notável efeito sedativo, enquanto ao segundo grupo estimula fortemente.
É dito que os gatos ficam eufóricos quando cheiram a planta, esfregando-se contra ela com grande deleite. Por outro lado, o aroma da valeriana, que se intensifica com a secagem da planta, não tem para os humanos nenhum atrativo especial, é realmente desagradável, é tudo uma questão de gosto.
Cresce nas orlas dos bosques, prados húmidos e margens dos rios da Europa, para desaparecer na região mediterrânea. Naturalizada na América do Norte e na região mais meridional do continente americano. A Valeriana é uma planta perene, sendo bastante resistente a condições climáticas adversas, podendo atingir entre 1 e 1,5 metros de altura. Encontrada nativamente na Europa e região norte da Ásia, e regiões de clima temperado. Suas flores são pequenas e numerosas, de coloração branca ou rosada e roxa, que exalam forte aroma adocicado e peculiar. As partes utilizadas para fins terapêuticos são sua raíz e rizoma. Curiosamente, os gatos e os ratos se sentem muito atraídos pela raíz de Valeriana, tanto é que era utilizada como isca em armadilhas para ratos.
Estudo clínico:
Melhoras na taxa de qualidade do sono foram demonstradas num estudo randomizado, multicêntrico, que envolveu 121 pacientes. Estes utilizaram a dose adequada de Valeriana, uma hora antes de deitarem, por 28 dias. A porcentagem de satisfação no tratamento foi de 66%, quando comparado com o grupo controle.
- Receitas para dormir bem
Crie uma rotina de sono, habituando-se a ir para a cama e a levantar-se sempre à mesma hora;
Evite o cigarro e o café. As bebidas alcoólicas provocam sono sem qualidade;
Não coma muito tarde e, em vez de almoçar à noite, faça lanches. Um banho quente antes de dormir, também ajuda a relaxar;
Se acordar no meio da noite, procure manter os olhos fechados. Nada de ler ou ver TV na cama. Tente não interromper o ciclo do sono;
Não tome remédios para dormir. Além dos efeitos colaterais, eles vão fazer da sua insônia uma doença crônica. Converse com o seu médico sobre isso.
Fazer exercícios físicos durante o dia provoca um cansaço salutar, ajudando a relaxar, física e emocionalmente;
Não adianta mentalizar em busca de sono: as atividades mentais aumentam a circulação de sangue na cabeça e dificultam o repouso do cérebro;
Evite dormir (sestas) durante o dia. Guarde o seu sono para a hora que costuma dormir.
- Nome: Salsaparilha
Nome científico: Smilax áspera L
Partes Utilizadas – Rizoma e raiz
Propriedades terapêuticas: Diurética, sudoríficas, depurativa, aperitiva, tônico do sangue e tonificante da pele.
Indicações : ácido úrico, arteriosclerose, artrite, câncer dos seios, cistite, colesterol, doenças venéreas, gota e herpes
Favorece a eliminação de uréia, de ácido úrico e de outros resíduos orgânicos, e faz descer o nível de colesterol no sangue. Usa-se também nos seguintes casos :
• reumatismo, artritismo e gota;
• doenças dos rins: cálculos renais, nefrites, insuficiência renal;
• Afecções febris: gripe, febres tropicais;
• Inapetência, digestões pesadas;
• afecções dermatológicas: acne e eczemas.
Modo de Usar :
Digestivo estomacal, hepático e intestinal : em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sobremesa da planta picada e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, antes das principais refeições.
Uso geral: Coloque 2 colheres de sopa para um litro de água. Deixe cozinhar por 3 ou 4 minutos a partir do momento em que se inicia a ebulição, após esse tempo, retire do fogo e deixe repousando, tampada, por 10 minutos. Coe e está pronto para o uso.
Tomar de 2 a 3 xícaras ao dia.
Contra indicações : Pode produzir náuseas em doses elevadas. Embora as bagas da salsaparrilha não sejam tão tóxicas como as da hera, não se recomenda o seu consumo. Podem produzir náuseas e vômitos. As partes medicinais da planta são a raiz e o rizoma.
Outras informações: São comuns em bosques secos da América Central e do Sul, e também do Sul da Europa. Subarbusto espinhoso, que trepa a árvores de até 40 m de altura. As suas folhas são grandes, com o bordo circundado de espinhos e em forma de coração alongado. As flores são brancas, e os frutos vermelhos ou enegrecidos.
Esta planta já era conhecida por Dioscórides e Teofrasto. Também a mencionam Laguna e Mattidi. No entanto, a sua popularidade atingiu o auge quando os espanhóis aplicaram o nome de salsaparrilha a várias espécies americanas do gênero Smilax (Século XVII). Estas salsaparrilhas do Novo Mundo eram usadas pelos indígenas como depurativas, e, dado que se lhe atribuíam virtudes curativas sobre a sífiles, geraram-se grandes expectativas, que logo se revelaram infundadas.
Existem variedades da salsaparrilha na Europa, México, Américas Central e Antilhas, Brasil e no Oriente, porém a composição e as propriedades de todas as espécies do gênero Smilax são muito semelhantes.
No Brasil, a salsaparrilha foi uma “grande revelação das florestas” para os portugueses, pois, além das folhas e frutos serem utilizados como condimento na alimentação dos nativos, sua raiz, órgão de maior atividade e que contém amido, smilacina, saponina, mucilagem e extrato alcoólico e aquoso, compunha
preparados tônicos e entrava no tratamento de doenças venéreas, como a sífilis e, em virtude disso, “virou artigo de primeira linha no comércio com a metrópole”. Tanto no passado como no momento contemporâneo da história da humanidade buscou-se a salsaparrilha por esta conter propriedades depurativa, diurética, diaforética, aperiente, eupéptica, emoliente, expectorante, antileprosa, miotônica e soporífica. “Apreciadíssimas pela população”, como afirmaram Rizzini & Mors, as diferentes espécies de salsaparrilha possuem basicamente as mesmas aplicações terapêuticas, quais sejam: função antibiótica usada em gripes, febres e resfriados e em doenças causadas por bactérias; na Medicina Tradicional Chinesa é usada para eliminar toxinas e no tratamento da sífilis; é também empregada contra a psoríase e em dermatoses e, na homeopatia, contra eczemas, verruga, furúnculos e nos casos de gota, reumatismo, artritismo
- Nome: Hera
Nome científico: Hedera helix L.
Partes usadas: folhas
Propriedades terapêuticas: Expectorante, tosses, bronquites, úlceras varicosas, excitação nervosa, hemicrania, menstruação difícil, emenagoga, asma, furúnculos, hidropsia, litíase biliar, hipertensão, gota, leucorréia, anti-ulcerativa, cicatrizante, anti-celulítica, analgésica, vaso-dilatadora, cicatrizante e antiinflamatória.
Indicações: Suas folhas apresentam substâncias antiinflamatórias, e podem ser aplicadas como cataplasma em queimaduras de sol e feridas. É indicada para casos de nefrite, nevralgia, bronquite, edema, menstruação difícil e reumatismo.
De acordo com a dosagem prescrita (em forma de chá), em maior quantidade torna-se vasodilatadora, e em menor, vasoconstritora.
Seu componente (hederosaponina) permite ação contra fungos, hipofunção da glândula tireóide (redução de glicose e triglicerídeos), problemas pulmonares e afecções reumáticas, bem como ativar a vesícula biliar.
Modo de usar
Uso externo:
Infusão – para queimaduras e úlceras varicosas: 10 gramas de folhas de hera frescas para 2 litros de água fervente. Deixar amornar, coar, colocar numa gaze e aplicar na área afetada.
Uso interno:
Infusão – para excitação nervosa, bronquites, tosses 100 ml de água fervente para 6 gramas de folhas. Tampar por 10 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Contra indicações: Não é recomendado aumentar a dosagem, pois outras partes da planta são venenosas, especialmente os frutos.
Não é indicada para gestantes, lactantes e portadores de hipertireoidismo.
Outras obsevações: Arbusto tipo trepadeira ou rasteiro, com folhas verde-escuras brilhantes. Muito usada como planta ornamental, possui frutos tóxicos.
É uma planta histórica ligada a crenças gregas e egípcias, em que acreditava-se que a hera escondia os duendes sob as folhagens, e era tida como símbolo de felicidade e longevidade.
Proveniente da Europa, norte da África, Ásia e Ilhas Canárias, desenvolve-se melhor em lugares úmidos e com pouco sol.
Propriedades químicas: Saponinas (hederina, hederosaponina, hederagenina, hederacosídeo), flavonóides (rutina e quercetina), ácidos clorogênico, terpênico e iodo.
- Nome: Hipérico
Nome científico: Hypericum perforatum L.
Partes usadas: folha, flor
Propriedades terapêuticas: antidepressiva, sedativa, calmante, antidiarréica, vulnerária, antiinflamatória, adstringente, calagoga, anti-séptica, anti-reumática, atua no tratamento de asma, gota, úlceras, dores de cabeça, gastrite, catarro da bexiga e brônquios e afecções cutâneas (queimaduras, contusões, feridas).
Indicações: O chá do hipérico deve ser utilizado para queimaduras, ferimentos e ulcerações, sendo aplicado diretamente no local. Ingerido, atua beneficamente nos casos de acidez estomacal, bronquites, enurese infantil, gota, asma, depressão, afecções das vias urinárias e pulmonares, insônia, insuficiência hepática, nervosismo, bem como para o controle da oleosidade dos cabelos e da pele acalmando-a, e utilizada também em banhos relaxantes. Decorridas 4 a 6 semanas, o estado de ânimo dos pacientes melhora consideravelmente. A hipericina tem ação no sistema nervoso central, auxiliando em casos depressivos.
Modo de usar: Reumatismo e gota: Friccionar o óleo feito com 300 g de sumidades floridas misturado em 500 g de óleo puríssimo. Este mesmo óleo poderá ser utilizado também para úlceras e queimaduras, em compressas de gase.
Enurese infantil: Chá por infusão: para uma xícara de água quente, colocar 2 colheres (chá) de flores. Repousar por 10 min. e coar. As crianças deverão tomá-lo 1/2 hora antes de dormir.
Adultos: Em 1/2 litro de água fervente, acrescentar 1º ou 15 g de flores. Coar e tomar várias xícaras ao dia.
Corrimento vaginal: Chá por infusão: Para 1 litro de água fervente, 15 g de sumidades floridas. Tampar e deixar por 10 min. Fazer banhos de assento.
Para úlceras, queimaduras e chagas (feridas): 500 g de azeite para 300 g de sumidades floridas. Macerar por 8 dias, expor o recipiente ao sol. Filtrar o óleo e guardar num vidro. Usar com gase embebida neste óleo como compressa.
Contra indicações: O excesso poderá resultar em irritações cutâneas ou edemas.
Outras observações: O hiperico é uma das plantas medicinais que gozavam de maior reputação na antiguidade clássica, reputação essa que se tem mantido com o passar dos séculos. É dito que o nome da planta deriva do grego hyper (sobre) porque ela está acima de tudo que se possa imaginar, era considerada também como sendo capaz de espantar os maus espíritos.
É um arbusto perene, silvestre, chegando de 25 a 80 cm de altura. Na Ásia e Europa, é tida como planta daninha, por crescer à vontade. Suas flores são amarelo-douradas e tem forma de estrela. São utilizadas na medicina, devendo ser colhidas logo que desabrocham, inclusive com as folhas.
Adaptam-se em lugares sombrios, é bastante comum na Europa, Ásia, Brasil, Austrália, e outros países da América. Cresce à beira de caminhos, em bosques e prados.
- Nome: Pau tenente
Nome científico: Quassia amara L.
Parte utilizada: folhas casca, ramos.
Propriedades terapêuticas: adstringente, antiespasmódico, aperiente, colagogo, depurativo, digestivo, febrífugo, hepatoprotetor, tônico e vermífugo.
Indicações: anemia, atonia do aparelho digestivo, cólicas hepáticas, debilidade em geral, diarréia, dietas de emagrecimento, disenterias e infecções (com febre), dispepsias, distúrbios gastrointestinais, febre, inapetência, inseticida (moscas, mosquitos, piolhos), má digestão (pela diminuição da secreção gástrica), malária e sarampo.
Modo de usar: infuso, decocto, extrato, extrato fluido, pó, tintura, elixir, vinho, xarope.
– decocção de 2 colheres de sopa de cascas picadas em 1 litro de água por 15 minutos. Tomar 2 xícaras de chá ao dia.
– infusão de 6 colheres de sopa de folhas picadas em 1 litro de água fervente.
Uso externo: banhos nos casos de sarampo.
Contra-indicações Doses altas produzem vômitos. Recomenda-se evitar o seu uso em caso de úlcera gastroduodenal, e, para as mulheres durante a menstruação (provoca cólicas uterinas).
Outras observações
Quassi era o nome de um nativo da Guiana, escravo, que em 1756 revelou o seu segredo para curar as febres a um oficial holandês que o tinha protegido. Tratava-se da quássia-amarga, um arbusto da Guiana
Cresce espontânea e cultivada nas Antilhas, Guiana, Suriname e regiões tropicais da América Central. É um arbusto ou árvore da família das Simarubaceas, com flores vermelhas dispostas em cachos terminais.
Contém resina, mucilagens, pectina, taninos e os alcalóides de sabor muito amargo, que é o princípio ativo mais importante desta planta, ao qual deve as suas propriedades e indicações.
- Nome: Uchi- amarelo
Nome cientifico: Endopleura uchi (Huber) Cuatrec
Propriedades medicinais: antiinflamatória, antimutagênica, antioxidante, antitumoral, antiviral, citostática, depurativa, diurética, hipotensora, imunoestimulante, regeneradora celular, vermífuga.
Indicações: abscessos, afecções intestinais, AIDS (auxiliar coquetel), artrite, asma, bursite, câncer (de mama, pulmão, cérebro, próstata), candidíase, cáries, cérebro (prevenir coágulos), circulação (aumentar), cirrose, cistos, coração (prevenir ataques, doenças, coágulos), diabetes, disenteria, doenças epidêmicas, doenças ósseas, doenças urinárias, envelhecimento precoce, febres, gastrite, gonorréia, gripes, hemorragias, herpes, hipertensão, infecção dos ossos, infecção urinária, inflamação no útero, irregularidade menstrual, leucemia, miomas, pressão sanguínea (reduzir), prostatites, reduzir ação mutagênica do tabaco, reumatismo, rinites, sinusites, sistema imunológico, tumores, úlceras gástrica, viroses.
Parte utilizada: casca.
Efeitos colaterais: não encontrados na literatura consultada.
Modo de usar:
25 g de casca, o mais fragmentada possível, em meio litro de água. Ferver durante 10 minutos. Beber durante o dia.
Outras informações:
Alguns brasileiros consideram essa árvore quase milagrosa. A casca do uxi-amarelo é utilizada no tratamento de miomas, no caso especifico do mioma e do cisto, é necessário tomar meio litro de uxi-amarelo de manhã e meio litro de unha-de-gato pela tarde “, ensina um botânico.
A unha-de-gato é considerada um poderoso anti-inflamatório natural, usado contra gripes e viroses. A erva fortalece o sistema imunológico e também é recurso no tratamento de tumores.
Uxi-amarelo e unha-de-gato. Quantas vezes essa mistura já surpreendeu médicos e pacientes? A professora Carla Ribeiro e a vendedora ambulante Maria Neide Oliveira não se conhecem, mas estão unidas para sempre por histórias muito parecidas. No consultório médico, a professora e o marido olham emocionados mais uma ultra-sonografia. Durante sete anos, o casal tentou, sem sucesso, ter um filho. Os miomas, tumores benignos no útero, não deixavam. Carla fez várias cirurgias para extrair os miomas. Mas, depois de um tempo, eles surgiam novamente. Já desanimada, começou a tomar o chá de uxi-amarelo e unha-de-gato.
O chá foi para redução dos miomas. Comecei em maio e em junho eu engravidei. Um mês depois”, conta Carla. A gravidez é normal. A cada exame, Carla e Mailer ficam mais ansiosos pela chegada do bebê, que já ganhou um nome”. É um milagre, uma emoção maravilhosa. Por isso, colocamos o nome de um anjo: Gabriel “ revela Carla”.Acredito que a gravidez signifique que o chá uxi-amarelo e unha-de-gato atuou e, de alguma maneira, reduziu os miomas que a impediam de engravidar. Com a minha experiência, hoje posso afirmar que ele dá um bom resultado”, diz o médico Afrânio Melo Lins. O médico afirmou que 90% dos pacientes eu tomaram o chá tiveram resultados positivos no tratamento dos miomas e cistos.
- Nome: Avenca
Nome cientifico: Adiantum raddianum – Adianthum capillus
Nome Popular: Cabelo–de–Vênus, Avenca–comum, avenca–do–Canadá.
Parte Utilizada: Folhas.
Origem: Ásia e sul da Europa.
Aspectos Históricos: O nome genérico Adiantum procede do grego “adiantos” – não molhado, referindo-se ao fato da folha repelir a água. Na antiguidade Dioscórides a prescrevia contra a asma, em outras regiões era utilizada como tônico do couro cabeludo. É também conhecida como cabelo de Vênus.
Uso Fitoterápico:
Tem ação: expectorante suave, emenagoga e diurética, diaforética, emoliente, adstringente, tônico, antiinflamatória, anticaspa, antiqueda de cabelos, sedativa.
Indicação:
-Curar ou aliviar tosses catarrais, bronquites, traqueítes, asma.
-Icterícia, insuficiência hepática, esplenite (inflamação no baço), falta de apetite.
-Má digestão.
-Dores reumáticas, amenorréia (falta de regras menstruais), dismenorréia (dores menstruais), falta de urina.
Fitocosmética:
-Queda de cabelo.
-Oleosidade excessiva dos cabelos.
Riscos: Em caso de hipersensibilidade ao produto descontinuar o uso.
Uso Interno:
Adulto:
Infuso: 50 a 60g de folhas secas em 1 litro de água, 15 a 30 g de folhas frescas em 1 litro de água. Tomar 3 xícaras ao dia.
Tintura: 1 colher sopa a cada 8 horas.
Xarope: 30 a 100mL por dia.
Extrato fluido em álcool 25%: 0,5 a 2mL, três vezes ao dia.
Crianças: Metade à 1/6 da dose de adulto, proporcional à idade.
Fitocosmética:
Extrato glicólico: loções capilares, xampus antiquedas, anticaspa e para cabelos seborréicos: 2 a 5%.
- Nome: Barbatimão
Nome cientifico: Stryphnodendron barbatiman
Nomes populares : Paricana , ibatimô , ubatimô , barba de timan , Mimosa barba de timan , angico monjolo , casca da virgindade , verna.
Farmacologia : Casca abundantíssima em estrifno, sendo conhecida no Brasil como um famoso remédio estíptico e corroborante.
Sua riqueza de taninos justifica a sua ação estíptica enérgica.
Parte usada : Casca ou entrecasca do tronco
Origem : Árvore nativa em vários estados do Brasil, desde o Amapá até o Paraná, muito frequente nos cerrados.
Aspectos históricos :
O nome deriva do termo indígena “ Iba Timó” (árvore que aperta).
Usos :
Fitoterápico :
-Adstringente, antisséptica, adstringente das gengivas, tratamento de ferimentos
-Feridas e úlceras externas
-Úlceras do estômago e duodeno, gastrite
-Hemorragias ( uterinas, intestinais, hemoptises, etc ), diarréias e disenterias , blenorragia, afecções escorbúticas
-Debilidade orgânica geral
-Hemorróidas
-Asma, bronquite asmática ( sob forma de tintura )
-Gonorréia ,leucorréia, corrimento vaginal (lavagens vaginais), infecções uterinas
-Inflamação da garganta
-Oftalmias
Cosmético :
-Fabricação de sabão (cinzas)
-Pele oleosa
OBS : Por cocção produz matéria corante vermelha, empregada artesanalmente para tingir algodão pelos tecelões regionais.
É uma forrageira importante na dieta bovina do pantanal (Pott,1988).
Há indícios de que as sementes sejam tóxicas e na época da floração intensa parece causar mortes em larvas de abelhas.
Da cinza da madeira extrai-se a dicoada, uma substância escura que substitui a soda cáustica na fábrica de sabão caseiro.(CERRADO;Almeida,Proença…).
É muito adstringente e empregada em banhos.
Em doses maciças tem propriedades tônicas. É muito comum as mulheres indígenas fazerem banho de assento com o chá da casca de barbatimão, para combater infecções e corrimentos vaginais, evitar doenças venéreas e ainda, muitas usam para constrição vaginal, por isso é também conhecida como casca da virgindade.
O creme básico feito com extrato da casca de barbatimão, é eficaz como cicatrizante de feridas ou úlceras, comprovado pelo pesquisador farmacêutico Dr. João Carlos Polazzo de Mello, com pesquisas realizadas na Universidade Estadual de Maringá – Paraná. Ele comprovou em animais de laboratório, os efeitos cicatrizantes do barbatimão, que considerou superior ao nebacetim, o mais conhecido cicatrizante das farmácias.
Foi comprovado ainda, que o extrato foi bastante eficaz contra as bactérias Staphilococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa, dois micróbios comuns em infecções hospitalares. Há também testes realizados por pesquisadores de Pernambuco, que indicam que a planta tem ação contra tumores.
Na medicina popular emprega-se ainda como depurativo, hipoglicemiante e como tônico, nas anemias.
As cascas das Mimosóideas taninosas utilizam-se na curtimenta de peles.
Doses utilizadas:
Geral: Decocção : ferver 20g da casca em 1L de água (4 a 5 xícaras/dia ).
Uso externo ( Feridas e úlceras externas ) : cascas reduzidas a pó e aplicadas no local ; ou decocção das cascas para uso sob a forma de banhos.
Uso interno:
-Chá por decocção, dosagem bem leve (1 xícara /dia), em casos de úlcera do estômago e duodeno.
-Chá por decocção, dosagem normal(3 a 5 xícaras /dia),para os demais casos.
-Tintura, tomada pela manhã, diluída em um pouco de água, alternando-se com a tintura de carqueja à noite – para casos de asma, bronquite asmática.( OBS: Quanto mais crônica for a asma, tanto mais prolongado deverá ser o uso alternado dessas duas tinturas, que poderá se estender por 2 a 12
meses,ou até mais, quando necessário.
Inflamação da garganta, corrimento vaginal, diarréias, hemorragias:
coloque 2 colheres (sopa) de casca picada em 1 xícara (chá ) de álcool de cereais a 50%. Deixe em maceração por 3 dias e coe em tecido fino. Tome 1 colher (café), diluído em um pouco de água, de 2 a 3 vezes ao dia.
Feridas ulceradas:
coloque 1 colher (sopa) de casca picada e 2 folhas fatiadas de confrei em 1/2 litro de água em fervura. Desligue o fogo, espere esfriar e coe. Aplique na ferida, com um chumaço de algodão 2 vezes ao dia.
Corrimento vaginal: coloque 2 colheres (sopa) de casca picada em 1/2 litro de água fervente. Espere amornar, coe e acrescente 1 colher (sopa) de vinagre branco ou suco de limão. Faça banhos locais, de 1 a 3 vezes ao dia, até que o sintoma desapareça.
- Nome: Calêndula
Nome científico: Calendula officinalis L.
Planta anual cultivada desde a Idade Média, pelas suas qualidades ornamentais: os seus maravilhosos capítulos cor de laranja-vivo desabrocham continuamente desde o Verão até ao Outono. As folhas inferiores são espatuladas, as caulinares lanceoladas, sésseis e alternas. Os capítulos terminais são compostos de flores tubulosas estéreis e de flores liguladas férteis. O fruto é um aquênio curvo coberto de asperidades (em baixo à direita). As calêndulas são originárias da Europa meridional. São cultivadas atualmente como planta ornamental e medicinal. Neste último domínio, são preferidas as variedades de capítulo denso, cor de laranja menos intenso, contendo uma elevada taxa de substâncias ativas.
São colhidos os capítulos inteiros ou apenas as lígulas. A colheita faz-se manualmente, com tempo soalheiro, e as flores são secadas sobre grades de canas, à sombra, num local bem arejado, à temperatura máxima de 35°C. Contêm uma calendulassaponina-ácido-triterpenóide, outros glicosídeos ou calendulosídeos, sucos amargos e um óleo essencial. São usadas para estimular a atividade hepática, a secreção biliar e também para atenuar os espasmos gástricos ou intestinais. Os seus efeitos são, portanto, espamolíticos e colagogos. Em aplicações externas, a decocção, a tintura ou a pomada de calêndulas é aconselhada para as feridas rebeldes, escaras, úlceras nas pernas, inflamações purulentas e erupções cutâneas. A indústria cosmética emprega as calêndulas para amaciar a pele, para banhos e aplicações locais, pois são um excelente cicatrizante. A cor viva alaranjada das pétalas secas é muitas vezes aproveitada para melhorar o aspecto de outras substâncias medicinais.
Indicações e Usos: Antialérgica, cicatrizante, refrescante, antiinflamatória, bactericida e anti-fúngica, esta planta age contra acne, pele seca, feridas e queimaduras. Também empregada como mecanismo auxiliar regulador do ciclo menstrual e calmante de seus sintomas dolorosos (propriedades anti-espasmódicas). Externamente, sob a forma de pomadas, atua com eficácia em contusões, feridas, queimaduras, frieiras, etc. Após a extração dentária, usa-se sob a forma de bochechos. Na indústria cosmética, é utilizada na composição de xampus, cremes e sabonetes, e na indústria alimentícia, como corante natural.
Há registros da calêndula ter sido usada por médicos em campos de batalha, para tratar soldados feridos.
- Nome: Capuchinha
Nome cientifico: Tropaeolum majus
Nome Popular: Capuchinha de flores grandes, capucina, chagas, cinco chagas, mastruço do Peru, flor de sangue, agrião do México, agirão grande do Peru, agrião maior da Índia, capuchinha grande.
Características: É planta trepadeira anual decorativa. Tem folhas verde-brilhantes, e flores roxas, alaranjadas, amarelas e vermelhas. Procedente do Peru, foi introduzida na Europa no século XVI. Chamada também de sapatinho-do-diabo, chagueira, chagas e flor-de-chagas.
Indicações e Usos: Por ter ação antiescorbútica, anti-séptica e tônica do sangue e dos órgãos digestivos, ela pode ser usada nas depressões nervosas, estafas e limpezas de pele e dos olhos. Em geral, atua positivamente em problemas de pele e cabelo: psoríase, espinhas, queda de cabelo, entre outros. Diurética, esta herbácea pode ser eficaz no tratamento de infecções urinárias. Age também como descongestionante das vias respiratórias. Pode ser utilizada na forma de chás e tinturas. Seus frutos, quando secos e reduzidos a pó, são um bom purgante. Em saladas, as folhas, flores e botões florais da capuchinha, ricas em vitamina C, fazem deliciosas combinações com folhas verdes.
Além das propriedades medicinais e da possibilidade de uso na culinária, a capuchinha pode ser usada em paisagismo.
Origem: Peru e México. Foi levada à Europa pelos descobridores.
Aspectos Históricos: Os indígenas das montanhas peruanas há séculos já conheciam e utilizavam as propriedades medicinais dessa planta.
Uso:
Fitoterápico:
Tem ação: purgativa, aperiente, tônica, depurativa, antibiótica, antiescorbútica, estimulante, digestiva, expectorante.
É indicada:
– escrofulose;
– afecções da pele;
– escorbuto;
– afecções pulmonares;
– fortalecedor do couro cabeludo;
– previne a queda de cabelos.
Farmacologia: A presença do composto sulfurado explica o sabor picante do enxofre. O uso das folhas e flores cruas abre o apetite e favorece a digestão, além de ter propriedades antiescorbúticas.
Nas folhas, flores e frutos, encontram-se substâncias anti-microbianas que agem como poderosos antibióticos e bacteriostáticos, atuando sobre infecções das vias urinárias, cistites, nefrites, feridas e úlceras. Além de excelente cicatrizante, regenera e suaviza a pele seca, estimula o crescimento dos cabelos, fazendo-os crescer. É a planta mais utilizada para este fim. Outras vantagens na utilização desta planta, é que a flora intestinal não provoca sensibilidades nem reações alérgicas. Por seu teor de vitamina C, é considerada revigoraste e tonificante, afrodisíaca, bem como reguladora dos ciclos menstruais, auxiliando a circulação sangüínea e coronária.
Modo de usar:
Uso interno
Suco fresco: expectorante e calmante da tosse.
Infusão: 4 colheres de sopa de folhas picadas ou 2 de sementes em 1 litro de água. Tomar 3 a 4 xícaras ao dia. Em uso
Suco (para uso geral): bater num liquidificador, 5 g das folhas num copo de água. Tomar 1 colher de sopa de suco de folhas de capuchinha de 2 em 2 horas. Por decocção: 40 a 50 g de sementes. Ferver por aproximadamente 1/2 hora, num litro de água. Coar e beber 4 ou 5 xícaras por dia.
Uso externo para queda de cabelos: l0 g de capuchinha, 10 g de bardana. Amasse-os e deixe em 100 ml de álcool de cereais, deixando em maceração durante 7 dias. Coar e usar nos cabelos massageando o couro cabeludo.
Outros usos: na ornamentação e alimentação (saladas e frutos em conserva). As flores, folhas e os frutos são comestíveis. Os botões florais sob forma de picles, substituem a alcaparra.
- Nome: Erva-mate
Nome científico: Ilex paraguensis
Partes usadas: folhas
Propriedades terapêuticas: Estimulante do corpo e do cérebro, diurética, digestiva, laxativa, redutora de tensão, sudorífera, analgésica, atua em problemas renais e encefalia.
Indicações: O chimarrão, ou mesmo o chá mate, auxilia na circulação sangüínea, ativando-a e conseqüentemente, melhorando as atividades cerebrais. Tomado após as refeições, estimula a digestão e é laxativo. Banhos aquecidos de chá das folhas embelezam a pele.
No sul do país, mais entre os gaúchos, o seu uso é constante, desde de manhã até a tarde e à noite. Não passam sem o uso da erva-mate.
Esta erva dá vitalidade às pessoas, resistência ao cansaço físico. Ativa a circulação sangüínea, por isso alguns a consideram afrodisíaca.
Modo de usar
Infusão – 1 litro de água fervente para 20 a 40 g de folhas. Tampar e deixar 5 minutos. Beber no máximo 3 xícaras ao dia. É digestivo e laxativo.
Decocção – um litro de água para 20 g de ervas. Ferver por 10 minutos. Misturar à água do banho. Aplicando em compressas nas partes afetadas, é cicatrizante, anti-séptico e age contra queimaduras.
Contra indicações: O chá mate não deve ser consumido em demasia, podendo causar dependência devido à cafeína e à teobromina.
- Nome: Gérmen de Trigo
Nome científico: Triticum satiuum Lank
Partes usadas: Sementes (óleo extraído do germen)
Propriedades terapêuticas: anemia, pressão baixa, emoliente, estimulante, laxativa, remineralizante, antidiabética, avitaminoses, debilidade óssea, depressão psíquica, astenia, nervosismo, raquitismo e prisão-de-ventre.
Indicações: Antes de ser beneficiados, os grãos integrais, possuem quase todas as substâncias nutritivas que necessitamos. O gérmen de trigo é considerado excelente para o desenvolvimento infantil, além de proteger a pele pelo teor de vitamina B, A e E. A existência da celulose regula as funções intestinais, agindo sobre a prisão-de-ventre (consumo de trigo integral). O óleo de gérmen de trigo possui óleos essenciais e vitamina E. A sua fibra executa a limpeza da flora intestinal, eliminando as toxinas. Como se fossem uma esponja.
O óleo de gérmen de trigo ajuda no aumento da irrigação sangüínea, a nível da derme, aumentando a nutrição das células, prevenindo rugas na pele e o seu ressecamento. É conhecido co a vitamina da beleza da pele.
Modo de usar: Uso interno
Para reduzir o índice de açúcar no sangue: comer mingau ao natural. misturado ao leite ou suco de frutas, para suprir a falta de cálcio e vitaminas A e C.
Para regular as funções intestinais: farelo de trigo, adicionado à mingaus, sucos e sopas.
Uso externo
Para amaciar a pele e protegê-la: banhos com o farelo de trigo.
Outras observações: Planta de colmo ereto com folhas planas e compridas, suas glumas são ovaladas e uniformes, com o ápice carenado, espigas, glandes compactas e extremidades pendentes. Seu cultivo é mundial, necessita de solo sílico-argiloso, profundos e com certa retenção de água.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, uma dieta rica em fibras solúveis e insolúveis e pobre em gordura previne alguns tipos de câncer. As fibras insolúveis são aquelas que não se dissolvem na água e são encontradas nos grãos integrais, principalmente no grão de trigo.
São melhores para a saúde do que as solúveis, pois regularizam e eliminam as toxinas do intestino e diminuindo o colesterol.
Os diabéticos sejam tipo I ou tipo II são beneficiados com a ingestão desse cereal. Para a maioria das pessoas, uma maior ingestão de fibras é a chave para benefícios notáveis para a saúde. O trigo é um cereal muito rico em vitamina E.
- Nome Ginseng
Nome científico: Panax ginseng C. A Meyer
Partes usadas: raiz, a partir do 5° ano, quando seus princípios ativos estão completos.
Propriedades terapêuticas: antidepressivo, tonificante, ansiolítica, age nos sistemas cardiovascular e reprodutor. É anti-estressante, combate a impotência sexual, disfunção erétil e frigidez feminina, e insuficiência hormonal.
Indicações: O ginseng acelera o processo enzimático do glicogênio e da glicogenólise, aumenta a produção de ATP (adenosina trifosfato) substância de grande ação energética celular. Tem efeito anabolizante, aumenta a síntese das proteínas, estimula a produção de sangue (hematopoiese) na medula óssea. Tem efeito vasoregulador, ajudando a normalizar a pressão arterial. Seus efeitos afrodisíacos são conhecidos a milênios. Aumenta a capacidade sexual, melhorando a freqüência da ereção masculina e favorecendo ainda, a produção de espermatozóides, estimulando os gânglios sexuais de ambos os sexos. Aumenta ainda a produção hormonal. Atua no estado de hiperglicemia potencializando a ação da insulina.
É tanto estimulante como relaxante do sistema nervoso central (SNC), semelhante à adrenalina.
Modo de usar
Uso interno – decocção – 3 g de raiz em 20 ml de água. Ferver durante 10 minutos, esfriar, coar e tomar até a hora do almoço, pois após, pode tirar o sono de algumas pessoas.
Extratos: 20 gotas, 3 vezes ao dia.
O extrato de ginseng tem efeito estimulador da hemotopoiese, aumentando a atividade na medula óssea e do hematócrito
Contra indicações: Não é indicado durante gravidez, caso de pressão alta e com terapia anticoagulante e menopausa.
Outras observações: É uma planta herbácea perene, de raiz aprumada e dividida, tendo o ginseng folhas de palma e pequenas, flores esverdeadas, que aparecem no fim do verão. É originária das zonas geladas e montanhosas da China, Japão, Coréia e Nepal.
A raiz do ginseng vem sendo utilizada ininterruptamente tem mais de 1000 anos na China, pelas suas propriedades tonificantes. Foi introduzida na Europa a partir do século XVIII e tem sido objeto de numerosos estudos científicos, em função das suas extraordinárias virtudes.
O seu nome científico, Panax, vem do grego pan(todo) axos(cura). Para os chineses, o ginseng é uma autêntica panaceia, curando uma grande variedade de patologias.
Os seus eleitos afrodisíacos deram-lhe uma grande popularidade nos países ocidentais, onde o stress e o uso do tabaco, do álcool e de outras drogas constituem uma agressão contra a potência sexual.
- Nome: Dente-de-leão
Nome científico: Taraxacum officinale/syn.: Leontodon taraxacum L.
Nome Popular: Alface – de – cão, amargosa, dente de leão dos jardins, radite – bravo, salada de toupeira, taraxaco, amor -dos – homens, soprão, chicória – louca, chicória – silvestre, leutodonte, taraxacum.
Planta herbácea vivaz com uma roseta basilar de folhas. No princípio da Primavera, aparecem as hastes florais terminadas por capítulos amarelos, formados exclusivamente de lígulas. Depois da floração, o capítulo transforma-se numa esfera de aquênios com coroas (em cima à esquerda). Toda a planta é percorrida por laticíferos que contém um látex branco não tóxico. O dente-de-leão sempre foi utilizado para tratamentos oculares, como o testemunha, aliás, o seu nome genérico: taraxis = inflamação ocular.
A colheita de rizomas, folhas e flores poderá ser feita dois meses após o plantio.Faz-se a colheita de raízes, caules, folhas e inflorescências. As raízes são muito bem lavadas, cortadas ao comprido e secadas a 50°C no máximo. Os caules são colhidos antes da floração, por vezes com a raiz. As folhas e as flores são apanhadas para curas depurativas da Primavera. Sobretudo as raízes, mas também as outras partes, contêm princípios amargos terpenóides, taraxacina e taraxetina, um glicosídeo, esteróis, ácidos aminados, taninos, até 25 % de inulina e cauchu. A raiz e o caule são amargos estomáquicos que estimulam as secreções gástricas e exercem uma ação colagoga. As folhas novas e frescas são ricas em vitamina C e consumidas em saladas. As flores contêm carotenóides e triterpenos. Em geléia são antitússicas, mas não substituem o mel, que é muito mais eficaz.
Características: Erva perene, originária da Europa, que possui uma grande capacidade de adaptação, distribuindo-se em quase todo o mundo. No Brasil, é encontrada de Minas Gerais até o Sul do país. Tem raiz carnosa e haste ereta, medindo de 30 a 50cm de altura, com um conjunto de flores amarelo-ouro na extremidade. Quando as flores murcham, surgem em seu lugar sementes, espalhadas pelo vento a longas distâncias. Também conhecida como amor-dos-homens, alface-de-cão, taraxaco e chicória silvestre.
Indicações e Usos: O dente-de-leão, contém vitaminas A, B e C e é uma extraordinária fonte de ferro e potássio. Tem sabor amargo, dado por uma substância que funciona como excelente depurativo para todo o organismo. Como todas as ervas, deve ser usado em pequenas quantidades, com moderação. Renova e fortalece o sangue, estimula o funcionamento do fígado e da vesícula, combate a formação de cálculos renais e a anemia, previne a gota, reumatismo e artritismo. Protege e tonifica o sistema sexual. É excelente para doenças ósseas. É diurético e dilui as gorduras do organismo. O suco de dente-de-leão, além de todas essas propriedades, também combate a hiperacidez do organismo e previne doenças das gengivas e cárie dentária. Na culinária, as folhas tenras, inflorescências e rizomas desta planta podem ser consumidos em sucos, saladas e cozimentos. Em uso externo (também na forma de chás), aliviam irritações, escamações e até vermelhidões na pele.
Há registros do século dezesseis reconhecendo o dente-de-leão como excelente erva medicinal, em especial no tratamento de problemas hepáticos.
Parte Utilizada: Folhas, raízes e capítulos florais.
Uso Fitoterápico:
Tem ação: estimulante digestivo, colagogo, colerético, depurativo, diurético, tônico, antireumático, laxativo, antianêmicas, nutritivas, antiflogística.
É indicada:
-anemias;
-fraqueza;
-palidez;
-falta de apetite;
-hepatite;
-insuficiência hepática;
-colecistite (inflamação da vesícula biliar);
-cálculos biliares;
-hidropisia;
-diabetes;
-nefrite, cistete, esplenite (inflamação do baço);
-edemas;
-excesso de colesterol e ácido úrico;
-prisão de ventre;
-distúrbios menstruais;
-reumatismo;
-gota;
-doenças de pele.
Farmacologia: É fonte de potássio para o organismo, estimulando a função renal. O aumento da diurese é devido aos flavonóides. O auto teor de potássio assegura um maior controle dos níveis de espoliação pela via urinária.
Exerce uma influência favorável sobre o tecido conjuntivo, aumentando sua irrigação. Influi sobre a formação de cálculos biliares, modificando os casos de predisposição. Os terpenos em sinergismo com as lactonas são responsáveis pela ação colagoga, favorecendo a eliminação pela via biliar de numerosos catabólitos. É considerado um tônico hepático.
Diminui os acessos de dor em desordem reumática, apresentando moderada ação antiinflamatória, demonstrada em experimentos com ratos. O extrato alcóolico de dente de leão desenvolve ação colerética, tendo aumentado a secreção biliar em ratos em torno de 40%. O composto amargo é responsável pela estimulação da digestão e secreção gástrica. Sua riqueza em zinco o torna também composto antiradicais livres, tendo assim a capacidade de proteger as células hepáticas de danos indiretos (Teske; Trenttini; 1997).
Riscos: É contra indicado em casos de oclusão do ducto biliar.
Adultos:
Folhas secas: 4 a 10g três vezes ao dia ou por infusão.
Infuso: 10g de folhas por litro de água, como tônico e depurativo, 3 xícaras de chá por dia.
Raiz pulverizada: 1g por dose, 4g por dia.
Extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia.
Erva pulverizada: 1g por dose, 3 a 4 vezes ao dia.
Tintura mãe (raiz + folhas): 50 gotas, 3 vezes ao dia.
Decocção: 2 a 3 colheres de chá das raízes em 250mL de água. Ferver 10 a 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia.
Tintura (1:5): 5 a 10mL em 25% etanol, 3 vezes ao dia.
Hebhert Oiveira – Raizeiro
- Nome Eucalipto
Nome cientifico: Eucaliptus globulus
Partes usadas: Folhas e inflorescência
Propriedades terapêuticas: Expectorante, anti-séptica, adstringente, anti-reumática, balsâmica, estomáquica, béquica, febrífuga, sudorífica e antidiabética.
Indicações: É um ótimo remédio para o tratamento de várias afecções pulmonares, incluindo bronquites, asmas, sendo calmante da tosse. O óleo de eucalipto é curativo nas gripes e resfriados com tosse. Por serem voláteis, suas propriedades podem atuar nos pulmões, faringe e amígdalas. Para esse fim, recomendam-se 3 gotinhas do óleo de eucalipto em uma colher de mel, aquecido como xarope. O chá de suas folhas ainda pode ser usado para emplastos, vapores e inalações.
Modo de Usar :
– Afecções das vias respiratórias: em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sobremesa de folhas cortadas em pedaços bem pequenos
– Os banhos de vapor são uma das melhores formas de se aproveitar todas as propriedades do eucalipto. Numa panela com água quente, coloca-se um pouco de folhas de eucalipto, ou de 4 a 6 gotas de essência, por litro de água.
Coloque a cabeça por sobre a panela de forma que o vapor chegue ao peito e a cabeça.
– Essência contra a tosse: Dissolver 2 colheradas de mel em meio copo de água, e juntar 2 ou 3 gotas de essência de eucalipto. Tomá-la em caso de tosse causada por infecções na garganta, bronquite ou catarro brônquico.
Pode-se tomar até 4 vezes ao dia. Para as crianças, é suficiente 2 vezes ao dia
Contra indicações: Não ultrapassar a dose recomendada, pois em doses muito elevadas pode provocar gastroenterite.
Outras observações: Por meados do século XIX, o eucalipto Foi introduzido na Europa e na América, procedente da Austrália e da Tasmânia, países onde chega a atingir mais de 100 m de altura. E uma das árvores mais altas que se conhecem. O eucalipto cresce rapidamente e absorve uma grande quantidade de água do solo. Daí o seu emprego para drenar terrenos pantanosos. No entanto, esta bela árvore cobra um tributo nos terrenos onde se planta acidificando o solo e não deixando crescer outras plantas à sua volta.
As folhas se apresentam de dois tipos, sendo que nos ramos jovens são opostas, ovaladas e pontudas e nos ramos mais velhos são falciformes, com duas faces diferentes. As flores nascem na base do pecíolo. O fruto é uma cápsula angulosa, acompanhado de cálice persistente e contém várias sementes, algumas férteis e outras estéreis. Reproduz-se por sementes, de preferência em regiões de clima temperado, adaptando-se bem a diversos tipos de solos, ricos em sais minerais. As folhas de uma planta adulta devem ser coletadas na época das estações mais frias.
- Nome: Cravo da India
Nome científico: Caryphyllus aromaticus.
Parte utilizada: botões florais secos.
Propriedades : Afrodisíaco, anti-séptico, bactericida, estimulante estomacal, excitante, repelente de insetos, sudorifico, tônico estomáquico, digestivo e odontálgico
Indicação: dor de dente, gases, higiene bucal, vermes e vias respiratórias. Usado como condimento, ativando a secreção gástrica e facilitando a digestão; como aromático, entra na preparação de várias fórmulas. Dos seus subprodutos destaca-se o óleo essencial, pela suas propriedades anti-sépticas e odontálgicas, sendo largamente usado, principalmente na Odontologia.
Modo de Usar :
Infusão de 2 ou 3 cravos em uma xícara de chá para beber antes das refeições;
O cravo-da-índia é um condimento versátil que pode ser usado tanto em pratos doces como em pratos salgados. É normalmente empregado no preparo de caldos, ensopados, doces, pudins, bolos, tortas de maçã, pães, vinhos e ponches quentes e licores. O eugenol, presente no óleo essencial, tem ação bactericida, o que o torna útil para preservar e prolongar a validade de compotas e conservas. Em alguns países, costuma-se introduzi-lo juntamente com dentes de alho dentro de pernis e presuntos. Na Europa, é muito usado para condimentar carnes e salames. Já no Brasil, o cravo-da-índia é usado mesmo para pratos doces, hábito adquirido da nossa colonização portuguesa.
Usado em loções e vaporizações para limpeza da pele do rosto, em produtos de higiene bucal para fazer assepsia e promover um hálito agradável, em banhos de imersão aromáticos e águas perfumadas.
Anti-séptico bucal, dor de dentes, higiene oral e infecções da gengiva : em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de chá de cravos e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Ainda morno, faça bochechos, de 3 a 4 vezes por dia.
Picadas de inseto : coloque 1 colher de sopa de cravos e colher de sopa de alecrim em 1 xícara de chá de vinagre branco. Deixe em maceração por 5 dias, agitando de vez em quando e coando com um pano. Faça aplicações no local afetado, com um chumaço de algodão.
Contra indicações: Não se deve exagerar no consumo do cravo. Ele pode irritar a mucosa da boca. Além disso, quem tem o estômago mais sensível também deve usá-lo com moderação.O óleo essencial pode causar irritação na pele.
Outras observações: Pode me dar um cravinho para eu pôr na boca? diz um mensageiro recém chegado da ilha de Java, a um dos guardas do palácio do imperador chinês, no século III a.C.
Está doendo algum dente, mensageiro?
-Nada disso. É que o novo imperador quer que mantenhamos um cravinho na boca, para termos o hálito perfumado quando nos dirigimos a ele.
Os veneráveis médicos chineses da dinastia Han (206 a.C. – 220d.C.) já mencionam nos seus escritos as propriedades do cravo da índia, e especialmente a sua capacidade de perfumar o hálito. Mas até à época das grandes viagens do século XVI, o cravo como muitas outras especiarias, chegava à Europa vindo da índia, em quantidades muito reduzidas. Isto tornava
as especiarias ainda mais apreciadas.
Por isso, um dos principais motivos que levou Cristóvão Colombo a realizar a sua viagem por mar foi a procura da rota mais curta para os países produtores de especiarias, entre elas o cravo.
O cravo-da-índia é uma planta de porte arbóreo, de ciclo perene e que atinge cerca de 12 metros de altura.
As flores são pequenas, branco-amareladas, agrupadas em cachos terminais. O fruto é do tipo baga e de formato alongado, suculentos, vermelhos e comestíveis. Aroma forte e penetrante. Os cravos-da-índia que usamos na culinária são, na realidade, os botões florais (ainda não abertos) desta árvore.
O seu cultivo é feito por sementes que caem das árvores e colocadas em caixotes com serragem úmida. A germinação tem início após o oitavo dia e as mudas devem ser colocadas em caixotes ou sacos plásticos com terra vegetal, permanecendo sob ripados por uma ano, após o que deve ser transplantadas.
Originário da Ásia tropical. No Brasil é cultivado nas regiões quentes do sul do Bahia, sombreando os cacaueiros, no litoral norte e interior do estado de são Paulo.
- Nome: Damiana
Nome científico: Turnera diffusa, sin Turnera aphrodisiaca
Partes usadas: Folhas
Propriedades terapêuticas: Tônica, estimulante, afrodisíaca, antidiarrêica, diurética, expectorante e adstringente
Indicações: Sífilis, úlceras gastrintestinais, leucorréia, diabetis (em animal há comprovação), má-digestão, diarréias, tosses catarrais, neuratenia, bronquites, dificuldades sexuais masculina e feminina, auxilia no tratamento da paralisia, albuminúria.
As folhas contêm um óleo essencial (rico em cineol, cimo e pineno), o glicósido arbutina, princípio amargo, tanino e resina. As suas propriedades medicinais não dependem de nenhum destes compostos isoladamente, mas resultam da combinação de todos eles.
Modo de usar
Infusão – Uma colher de sopa de folhas esfareladas em um litro de água, beber três xícaras ao dia. Pode ser administrada a crianças, sendo neste caso em doses reduzidas, porém de acordo com a idade.
Externamente é usada em compressas e duchas.
Contra indicações: Gravidez, lactação e hipoglicemia
Licor: Coloque em maceração 35 g de folhas de damiana, duas colheres de sopa de amoras, duas de raiz de angélica e meia de baunilha em 750 ml de whisky, deixe por uma semana. Após esse período filtre com um coador de café e guarde o líquido, junte as ervas com 750 ml de água filtrada ou fervida e aqueça a 80ºC e filtre.
Antes de esfriar completamente junte um copo de mel e após esfriar completamente, adicione a parte que foi feita com whisky. Coloque em uma vasilha escura por mais 30 dias e espere.
Uma pequena dose desse licor é capaz de produzir resultados interessantíssimos, mas não espere resultados imediatos, pois as plantas atuam de um modo bastante lento, contudo eficaz.
Outras observações: A Damiana é um arbusto relativamente pequeno que produz flores pequenas e aromáticas. Floresce do início ao fim do verão e é seguido por frutas muito semelhantementes a figos. É dito que o arbusto tem um odor um pouco parecido com camomila ou Cannabis sativa, devido ao óleo presente na planta. As folhas eram preparadas tradicionalmente em um chá que era usado por pessoas nativas da América Central e do Sul devido seus efeitos afrodisíacos.
Comprovou-se que produz um aumento no número e na vitalidade dos espermatozóides. Na mulher, regulariza o ciclo menstrual e estimula as funções do ovário. Em ambos os sexos tem um eleito revitalizanle c afrodisíaco que, ao contrário de outros estimulantes sexuais, não tem efeitos secundários conhecidos. E indicada em caso de impotência masculina, ejaculação precoce e espermatorreia (derramamento involuntário de sémen ).
- Nome: Louro
Nome científico: Laurus nobilis
Partes usadas: bagas, frutos e folhas
Propriedades terapêuticas: Eupéptica (digestiva) , antiinflamatória, anti-reumática, carminativa, diurética e balsâmica.
Indicações: Como bálsamo anti-reumático, como aperitivo facilita a digestão e alivia as dores reumáticas e artríticas. O óleo extraído do louro serve para combater as dermatoses e as lêndeas. As cascas de louro-preto combatem inúmeras afecções intestinais e digestivas, tais como, catarros e diarréias. É estimulante da secreção do suco digestivo. Elimina gases do conduto digestivo. É excelente para aqueles que tem digestão difícil. É também estimulante da menstruação, regularizando o ciclo menstrual. Indicado em caso de cólicas menstruais.
As folhas e frutos servem como condimentos e temperos .
Modo de usar:
Uso interno
Decocção
Em 1 litro de água. Ferver 20 g de casca de louro. Tomar 1 copo após as refeições.
Infusão
Em 1 litro de água quente colocar 15 g de folhas de louro, deixando descansar por 10 min. Filtrar e beber lentamente em duas vezes – para má digestão.
Estomáquico, aromático e calmante: uso externo: aplicações de óleo de louro ou de pomada de folhas secas pulverizadas sobre as articulações dolorosas nos casos de reumatismo crônico.
Outras observações: O louro é um arbusto perene, com folhas duras, lustrosas e verde-escuras na superfície superior. Apresenta flores bem miúdas, de coloração branca ou amarelo-esverdeada. As folhas do louro podem ser coletadas em qualquer época do ano e tem aroma intenso e penetrante. A árvore do louro pode chegar até um século de existência. Do fruto, se obtém o óleo.
As árvores podem alcançar até 8 metros de altura, originárias da Ásia Menor, são muito comuns nas matas pluviais dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo. É originário dos países Mediterrâneos, de clima temperado.
Diz a lenda que antes de terem começado a soar os trovões, Tibério César já havia posto na cabeça uns ramos de louro entrelaçados. E que, segundo uma tradição romana, o esta planta nunca pode ser sacudida pelos raios e, portanto, quem se colocar debaixo das suas folhas encontra-se a salvo dos flagelos da natureza.
O louro era consagrado ao deus Apolo, patrono dos triunfos, das belas artes e da medicina, e arquétipo da beleza masculina. Os imperadores romanos, os atletas e os guerreiros vencedores eram coroados com uma coroa de louros, que se supunha protegê-los dos raios e de outras forças malignas.
- Milho – Estigma de Milho
Nome científico: Zea mays L.
Partes usadas: estilete ou estiquia ( cabelo de milho) e sementes.
Propriedades terapêuticas: Cistite, nefrite, diurético, ácido úrico, litíase, albuminúria, antiinflamatória, hipertensão e é estimulante da secreção da bile.
Indicações: O chá dos cabelos de milho é um excelente desinfetante das vias urinária devido às suas propriedades antiinflamatórias, sendo indicado no tratamento de cistitecom resultado excelente, regredindo e desaparecendo com o seu uso.
Os que tem problemas com o ácido úrico encontram melhoras com o chá das estígmas, que ajuda também a baixar a pressão alta.
Modo de usar
Chá em infusão – 20 g num litro de água. Tomar um copo, 4 vezes ao dia.
Outras observações: O milho sempre foi um dos alimentos básicos de muitos dos povoadores pré-colombianos do continente americano. Era cultivado, desde o Sul do que agora são os Estados Unidos, até o Peru e à Bolívia, por Peles-vermelhas, Astecas, Maias e Incas. No México encontraram-se restos de milho em túmulos pré-históricos tem mais de 4000 anos.
Conhecido como estígmas ou estiletes, devem ser colhidos tão logo apareçam na espiga, ainda claros e macios, herbácea anual, que atinge até 3 metros de altura. Seu caule é ereto sem ramificações, de caules cilíndricos cheios. As flores reúnem-se em uma espiga cilíndrica. Planta cultivada quase universalmente como colheita de alimento.
- Nome: Marapuama
Nome científico: Ptychopetalum olacoídes Benth
Partes usadas: raiz
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática, ataxia locomotora, estimulante sexual, alopecia, tônico, antidepressívo. Emprega-se como estimulante sexual para ambos os sexos.
Causa excitação sobre o sistema nervoso central, justificando a sua indicação em casos de depressão, esgotamento e outras doenças de nível neurológico.
Indicações: Paralisia facial, astenia circulatória. Nos casos de impotência sexual, tem a propriedade de restaurar a força sexual, ativando o mecanismo neurovascular que atua na ereção. Em clínicas, obtém-se resultados de até 70%. É um excelente antidepressivo. Para queda de cabelos, o chá em infusão dá bons resultados.
Modo de usar:
Uso interno
Decocção: 20 g da raiz para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos.
Tomar 4 copos ao dia.
Para aumentar a potência sexual:
Colocar em 1 litro de vinho moscatel, 10 g de marapuama e 10 g de catuaba,deixar em repouso por pelo menos uma semana e tomar um cálice às refeições.
Uso externo
Reumatismo – 20 g de marapuama com 20 g de gengibre. Colocar em infusão em um litro de álcool, deixando em repouso por uma semana. Massagear a parte afetada 2 a 3 vezes ao dia.
Outras observações: Arbusto atinge até 2 metros de altura, de haste ereta e coroada por pequenos e raros galhos, flores em rácemos e frutos drupáceos. As raízes e as hastes são de coloração parda-avermelhada, suas folhas são pequenas e verdes pela parte superior, e cinza azuladas pela parte inferior, pendentes em ramos longos e finos. Suas raízes possuem estimulante sexual, dando resultado positivo no caso de disfunção erétil.
Além dos já conhecidos efeitos afrodisíacos, da marapuama, sobretudo em conjunto com a catuaba (receita acima), as ervas também podem ser usadas no tratamento estético na melhora da celulite. Pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que o extrato que associa as duas plantas tem propriedades que colaboram com a drenagem linfática e a microcirculação cutânea, fatores que influenciam no aparecimento das deformidades estéticas.
Médicos que acompanharam os estudos e voluntárias submetidas ao tratamento observaram melhora na aparência geral da pele.
- Nome: Porangaba
Nome científico: Cordia salicifolia
Sinonímia: chá-de-bugre, chá-de-frade e louro-salgueiro.
Partes usadas: folhas, frutos e cascas
Propriedades terapêuticas: Anti-obesidade, diurética, cardiotônica, febrífuga, antiviral, antibiótica natural.
Indicações: É indicada para perda de peso, reduz a gordura localizada, além de ser estimulante do aparelho circulatório. É béquica (ajuda tratar tosse) e é usada para combater a herpes. No Japão, é utilizada com sucesso como antiviral.
No caso de emagrecimento, estimula o metabolismo e os processos de eliminação de substâncias em excesso no organismo, favorecendo a perda de peso e a função intestinal.
Promove o aumento da circulação e degradação das gorduras localizadas, também auxiliando na regeneração do tecido conjuntivo, eliminando a celulite.
A maneira convencional de lidar com infecções é tomar antibióticos, o que raramente justifica seu uso. Os antibióticos destróem as bactérias do corpo, tanto as benéficas quanto as nocivas, e uma vez que as gripes são causadas por vírus, os antibióticos são inadequados, tendem a abatê-los, abrindo caminho para infecções posteriores. Isso não acontece com o uso da porangaba, pois os seus princípios ativos fortalecem o sistema imunológico, energizando, melhorando o humor e a sensação de bem estar e equilibrando os sistemas corporais.
Modo de usar
Uso geral – infusão das folhas – 10 g para 1/2 litro de água fervente. Abafar por 10 minutos, esfriar e tomar durante o dia.
Nome científico: Plantago psyllium L.
Propriedades terapêuticas: Laxativa suave, prisão-de ventre, colites e diverticulites. Reduz o colesterol sérico total, reduzindo o LDL-colesterol e aumentando o HDL (o bom colesterol), é antiinflamatório e anti-obesidade.
Indicações: Obstipação crônica, colites e diverticulites, é coadjuvante da evacuação intestinal, pois seus óleos tem propriedades laxativas, favorecendo o amolecimento das fezes e reduzindo a necessidade de esforço para quem sofre de hemorróidas e prisão-de-ventre.
Tem uma ação calmante e antiinflamatória sobre as mucosas digestivas, principalmente em casos de gastrites, úlceras gástricas ou duodenais e colites. Acalma a acidez estomacal (piroses), dores no estômago e cólicas. É cicatrizante, quando se aplica em casos de queimaduras, feridas ou úlceras varicosas.
- Nome: Sene
Nome científico: Cássia angustfolia Vahl
Partes usadas: folhas e sementes
Propriedades terapêuticas: A sene é usada geralmente para tratar de prisão-de-ventre, tanto emocional como crônica. Na medicina Ayurvédica, é usada para problemas de pele, bronquite, anemia, assim como também para prisão-de-ventre. É laxativa e purgativa. Para quem tem o intestino preso, a sene é a melhor erva indicada para um restabelecimento peristáltico. Por sua ação estimulante sobre os órgão abdominais, recobertos de fibras musculares lisas (útero e bexiga).
Indicações: Estimula a mobilidade do intestino grosso, aumentando o movimento peristáltico. É laxante, facilitando a emissão das fezes brandas sem dores ou cólicas, e purgante, provocando a evacuação de fezes liquidas e diarréicas em 6 horas após o uso.
Modo de usar
Uso interno
Infusão – Colocar 15 g de folhas de sene-do-campo, filtrar o líquido e beber antes de deitar. Uma colher de suco das folhas tomar 3 vezes ao dia.
Infusão 1 – 10 g de folhas de sene com 150 ml de água fervente. Deixar sob infusão por 10 min, filtrar e tomar durante o dia.
Contra- indicações: pacientes idosos e debilitados. No caso de lactantes pode modificar e passar para o leite materno, tornando-o amargo. Não é indicado durante a gravidez.
Outras observações: As folhas chamadas comumente de “Sene” são importadas das costas do mar vermelho, da Ásia e da índia. Trata-se de um arbusto pequeno, com numerosos ramos. Suas folhas compõe-se de pares de folíolos e suas flores são de cor amarela, regulares, com sépalas livres. Seus frutos são ovais e possuem sete sementes.
Seu habitat é a Arábia, costas do mar vermelho, África, atualmente é cultivado no Egito, que exporta para as outras partes do mundo.
- Nome: Soja
Nome científico: Gtycine max jL) merr.
Partes usadas: grão, broto e sementes fermentadas
Propriedades terapêuticas: hipertensão, arteriosclerose, fraquezas. diabetes, doenças da pele, nutrientes, calmantes, mineralizante, energética, tônica, anticancerígena, repositora hormonal, e para colesterol alto.
Indicações: Utilizada nas dietas dos diabéticos por não ter amido, substitui o leite animal, podendo ser produzidos queijos, requeijão, margarina, molhos, farinhas, salsichas, bifes, e a chamada carne vegetal ou glúten. Impede que pequenos tumores, conectem aos nossos vasos capilares, que transportam oxigênio e nutrientes, desenvolvam-se.
Os grãos são utilizados como alimentos na forma de farinha de leite, brotos de alto padrão nutritivo, praticamente isento de colesterol, razão pela qual se extrai o seu óleo.
Por ser rica em hidrogênio, substitui a margarina. O leite, por ser de fácil digestão, é recomendado às crianças. Quando congelado, forma pequenos coágulos, diferente do leite animal.
Contém fitosterol e pode perfeitamente substituir o hormônio sintético no caso de menopausa, age da mesma maneira que o estrógeno, porém sem efeitos colaterais.
Modo de usar
Uso interno
O óleo é recomendado para combater a prisão-de-ventre, normalizando as funções intestinais, mudando a flora intestinal e reduzindo o índice de colesterol. Indicado também para queimaduras, convalescenças, infecções e fortalecimento em geral. Usar 1 colher de chá, 2 vezes ao dia.
Grãos – cozidos (alimento) ou com leite, queijo, farinha e brotos.
Leite de soja – nos casos de convalescenças, não se deve tomar mais de 2 copos por dia, por ser um alimento forte, pode provocar diarréias, em especial nas crianças. Deve ser consumido para combater males como: angina, asma e bronquite crônica. Hoje, existe nos supermercados o leite de soja em caixa tipo longa vida.
Do leite, poderá ser feito o iogurte que, acrescentado ao mel, frutas e passas, torna-se bastante agradável. É indicado aos que sofrem de alergias, problemas respiratórios, amigdalites, e inclusive as crianças, devem consumir uma maior quantidade de soja.
O óleo de soja é encontrado nas prateleiras de todos os supermercados, sendo utilizado para cozinhar alimentos. A soja sob forma de farinha, cura tumores, hérnias e outros, se aplica como cataplasma.
Uso externo
Óleo – para problemas cutâneos, aplicar na região afetada. Contra-indicações: durante a amamentação, pois a soja tem ação ressecante, podendo reduzir ou secar o leite.
Outras observações: Possuo caule ramoso e pubescente, de acordo com a espécie, as flores são brancas, amarelas ou violáceas. Seu fruto mede cerca de 8 cm de comprimento, tipo vagem, lembrando grão de feijão. Sua coloração também é variável, de acordo com a espécie, do pardo ao esverdeado ou enegrecido.
No Brasil, apesar de o país ser o segundo maior produtor mundial de grãos de soja, o consumo de soja praticamente se restringe ao óleo. O efeito anticarcinogênico da soja é atribuído aos inibidores da protease, porém as isoflavonas parecem ser os mais proeminentes anticarcinogênicos da soja.
Os outros benefícios além dos correlacionados com a sua ação contra o câncer derivam principalmente da sua ação antioxidante, protegendo o organismo contra os danos celulares que levam ao envelhecimento. O teor de isoflavonas varia segundo a cor da soja, a parte morfológica da mesma e as condições ambientais de cultivo (temperatura, umidade e solo).
A isoflavona aglicona, substância gerada no aparelho digestivo a partir da transformação enzimática da isoflavona glicosilada, agora pode ser obtida por meio de técnica desenvolvida pelo Prof. Yong Kun Park, do Laboratório de Bioquímica de Alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. Absorvida pelo organismo na forma aglicona, a substância atua contra os cânceres de mama e próstata, neutraliza a ação dos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células, ajuda na redução dos níveis de colesterol, atua no combate a doenças causadas por fungos, como micoses e candidíase, e é usada na reposição hormonal, no lugar do estrógeno. Com a nova técnica, a isoflavona aglicona poderá ser oferecida ao consumidor como suplemento alimentar na forma de cápsula ou adicionada como ingrediente a bolos, entre outros.
- Nome: Stévia
Nome científico: Steuia rebaudiana
Partes usadas: folhas
Propriedades terapêuticas: Atua como calmante, agindo no sistema nervoso, é indicada para pressão alta, insônia, depressão, fadiga cerebral, estimula as funções digestivas e favorece a eliminação de toxinas.
Indicações: O uso na forma de chá impede a absorção do açúcar pelo intestino, sendo benéfico aos portadores de diabetes, que podem reduzir a quantidade de insulina tomada diariamente, nesse caso com acompanhamento médico.
O uso também é benéfico para quem quer regular o açúcar da dieta habitual. Nos casos de hipertensão arterial, atua como elemento regulador.
Cita-se também como tônico para o coração, contra obesidade, hipertensão, azia e para baixar os níveis de ácido úrico. É excelente tônico para o sistema vascular, razão pela qual se torna útil nos casos de reumatismo e hipertensão.
Exerce também efeito calmante sobre o sistema nervoso, eliminando a fadiga, a depressão, a insônia e a tensão, estimula as funções digestivas e cerebrais.
Como substitui perfeitamente o açúcar sem alterar o nível normal de glicemia, favorece a eliminação de toxinas e é recomendada nos regimes de emagrecimento.
Os constituintes responsáveis pelas propriedades adoçantes de suas folhas são os glicosídeos, sendo o mais doce o esteviosídeo, que tem um poder adoçante 300 vezes maior que o da sacarose e pode representar até 18% da composição total da folha.
Modo de usar
Uso interno – infusão de 20 g de folhas para 1/2 litro de água fervente.
Envelopes de 1 g – 1 envelope para cada xícara de chá ou café.
Outras observações: É uma planta originária da serra do Amambaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Ostenta folhas membranosas, ovaladas, oblongas e obtusas, com tomentos na face inferior, de até 6 cm. de comprimento. Suas flores pálidas com escamas pardo-esverdeadas, agrupam-se em capítulos. A planta chega a 1 metro de altura e é cultivada através de sementes.
Segundo alguns indianistas, as indígenas usavam-na como adoçante e também para evitar a gravidez, como um anticontraceptivo natural.
A stévia é uma planta indígena, conhecida pelos índios pelo nome de kaá-heê que significa erva doce.
- Nome: Sucupira
Nome científico: Bowdichia nítida S.
Partes usadas: sementes
Propriedades terapêuticas: Apariente, anti-reumática, adstringente, antiinflamatória, antidiabética, anti-hemorróica, eczemas, úlceras, gotas e cistite.
Indicações: Considerada energética, depurativa e antisifilítica, o óleo da sucupira produz bons resultados no tratamento de feridas e úlceras.
No tratamento de problemas respiratórios, principalmente bronquite, tem dado resultados incríveis, devido à ação da sucupirina, que tem agido como antiinflamatória e anticongestionante pulmonar.
Modo de usar
Uso interno: Infusão ou decocção das sementes.
Xarope: para fraqueza, infecção pulmonar e tuberculose. Coadjuvante do combate ao câncer pulmonar, bronquite e asma.10 sementes esmagadas, 2 copos de água. Ferver durante 10 minutos. Depois de frio,
acrescentar 250 g de mel. Dosagem diária: 1 colher, 3 vezes ao dia.
Nome: Taiuiá
Nome científico: Cayaponia tayuya Mart
Partes usadas: raízes
Propriedades terapêuticas: Anti-reumática, antinevrálgica, tem efeito energético contra as impurezas do sangue. A raiz drástica enquanto fresca é purgativa, antisifilítica.
Indicações: Os taiuiás têm efeitos energéticos contra impurezas do sangue e é recomendado no tratamento da sífilis, no reumatismo, nas dermatoses, tornando-os excelentes remédios. Tem ação calmante nas dores e é indicado nas nevralgias diversas e ciáticas, assim como nos casos de eczemas e herpes. As raízes são ricas em amido e tem sabor amargo como
fel, são tuberosas, amarelas, purgativas, são usadas na hidropisia, opilação,amenorréia, sífilis, lepra, epilepsia e problemas de estômago.
Modo de usar
Uso interno:
Chá por decocção: colocar 10 g de raízes de taiuiá em um litro de água e ferver tudo por cerca de 20 minutos. Beber quatro xícaras do líquido filtrado por dia.
Uso externo
Óleo de taiuiá – usar como massagem nas dores ciáticas.
Eczema – chá por decocção: banhar com o chá, a parte afetada, e usar o óleo em seguida.
Outras observações: O taiuiá, cuja raiz é um remédio usado contra muitas doenças, tem 5 espécies diferentes desta trepadeira, todas medicinais. É uma trepadeira alta de caule julcado, com raiz tuberosa, esponjosa e amarela, cresce até 2 metros de altura normalmente e 20 cm de diâmetro. Possui flores dispostas em partículas e frutos em forma de vagem.
Nos estados de SP, MG, GO, MS e PA, há outra espécie que é Bowdichia uirgilióides, popularmente denominada do Sucupira-açu. Apresenta folhas com 9 a 21 folíolos oblanjos e revestidos de pêlos, suas flores são enormes de coloração roxa, avermelhada ou parda.
Porém, a sua composição e propriedades terapêuticas são semelhantes.
É originária do Brasil predomina no Amazonas, Mato Grosso ë Nordeste.
Nome: Unha-de-Gato
Nome científico: Uncaria tomentosa (willd) D.C. e Uncaria guianensis (Aubl) Gmel.
Partes usadas: cascas, folhas e raizes
Propriedades terapêuticas: Analgésica, antiinflamatória, antimutagênica, antioxidante, antiproliferativa, antitumoral, antiviral, citoprotetora, citostática, citotóxica, depurativa, diurética, hipotensiva, imuno-estimulante anticancerígena, reumatismo, artrite, amigdalite.
Indicações: Os Incas foram os pioneiros a usar ” la una del gato” passando seus conhecimentos para os índios que a utilizavam nos tratamentos de reumatismo e artrite.
Pesquisas realizadas no Peru, Alemanha, Inglaterra, Áustria, Itália e Brasil comprovam a atuação dos princípios ativos desta planta como excelente antiinflamatória.
Certamente, muitos cientistas e pesquisadores, estão trabalhando para descobrir medicamentos ou imunoestimulantes que fortaleçam nossas defesas naturais contra os agentes infecciosos, e doenças como o câncer. Mas já está sendo amplamente usado, um remédio natural com todas estas potencialidades, que além de ser barato, não causará danos enquanto você o estiver usando. Se você tiver uma infecção, poderá tentar curá-la tomando
algo que faça três coisas: reduzir os sintomas, incapacitar ou destruir determinado microorganismo causador da infecção e fortalecer e seu sistema imunilógico para vencer os agentes infecciosos. de forma que os sintomas, acabaram desaparecendo.
Para ativar nosso sistema imunilógico, deve-se experimentar a unha-de-gato, que já está sendo utilizada em portadores do vírus HIV, sendo notado o aumento dos linfócitos T4 (células de defesa do organismo), com a diminuição das infecções no organismo do aidético.
Pesquisas atestam que a planta tem ação sobre infecções no fígado, e por isso têm sido usada no tratamento do câncer hepático.
Modo de usar
Decocção: 20 g da casca em 500 ml de água. Ferver por 20 minutos, esfriar e coar. Tomar durante o dia.
Cápsulas: usar de 4 a 6 cápsulas ao dia.
1 – A Uncaria tormentosa, com unhas retas. É a principal pois contém todos os princípios ativos, é mais estudada e receitada.
2 – É a Uncária guianenses. É a comum, contem menos princípios ativos, tem as unhas viradas.
No caso das tinturas usar 1 ml por até 3 vezes ao dia
A adição de suco de limão ou vinagre na decocção durante a fervura, ajuda a extrair mais alcalóides e menos taninos da casca. Utilize por volta de 1/2 colher de suco de limão ou vinagre por copo de água.
Outras observações: É um cipó lenhoso, com folhas opostas, ovais, com espinhos semelhantes à unha de gato. Possuem sementes pequenas de cor marrom escura e marrom clara. Existem duas espécies,a unha-de-gato com garra virada (encontra-se na várzea) e a unha-de-gato de garra reta que encontra-se em terra firme.
Unha de gato (Cat´s Claw) é uma das plantas medicinais peruanas de maior importância. No 1º Congresso Internacional desta espécie patrocinada pela Organização Mundial da Saúde, catalogou-se o redescobrimento desta planta amazônica como a mais importante descoberta desde o quinino, árvore peruana descoberto no século XVII.
Tendo em vista os grandes investimentos em pesquisas que vem sendo aplicados em estudos com o objetivo de elucidar ainda mais as virtudes desta planta, colocamos na seção de artigos informações adicionais acerca dela.
- Nome: Urtiga
Nome científico: Urtiga dióica L.
Partes usadas: Raízes, folhas e frutos. É mais comum usar os ramos contidos. A cerca de 10 cm do solo, no verão, devem ser secas à sombra.
Propriedades terapêuticas: Ácido úrico, hemostática, vaso-constritora, anti-reumática, hipertensora, erisipela, hipoglicemiente, remineralizante e anti-artrítica.
Indicações: É indicada para asmas, bronquite, falta de apetite, insuficiência digestiva, irritações na mucosa nasal e incontinência urinária infantil. É depurativa do sangue, melhorando a circulação, aumenta a excreção renal, é tonificante capilar devido à ação do ácido fórmico. Também é usada com bons resultados na queda de cabelos. A loção, de aplicação tópica, externa e usual tem sucesso em tratamentos de úlceras e feridas.
Modo de usar: Para erisipela, urticária, e outras dermatites: uso externo – Infusão das folhas frescas e decocção das raízes): 15 g para 30 ml de água.
Para reumatismo, hemorragias, diabetes: uso interno – Infusão das folhas – 15 g de folhas secas para 100 ml de água quente. Tampar, deixar descansar por 10 minutos e tomar 2 copos durante o dia.
Queda de cabelos – uso externo – decocção das raízes 200 g em meio litro de vinagre de vinho, por 5 minutos. Usar em fricções no couro cabeludo, à noite.
Contra indicações: Não ingerir mais de 100 ml por dia. A urtiga possui pequenos pêlos urticantes nas folhas, que injetam uma substância que irrita a pele. O ácido fórmico e a histamina são os responsáveis por essa substância irritante, encontrada nas plantas recém-colhidas, não secas.
Porém, com a decocção e/ou cerca de 12 horas depois elas desaparecem. É uma das fontes mais ricas de vitamina E, que é estimulante da umidade e protetora do sistema nervoso.
Outras observações: Planta herbácea, armadas de pêlos urentes, possui caule lenhoso, chegando a 80 cm de altura, folhas alternas longo-pecioladas, desenvolve-se em terras pedregosas e não cultivadas, com flores rosas ou brancas.
É de origem européia, existe em toda a América do Sul, sendo comum no Brasil encontrada na beira de estradas.
- Nome: Cascara Sagrada
Nome cientifico: Rhamnus purshiana
Partes utilizadas: casca seca
Propriedades terapêuticas: diurético, emenagogo, estimulante estomacal, laxante, tônico purgativo
Indicações: constipação (prisão de ventre), apresenta ação laxativa, restabelecendo o tônus natural do cólon, restabelece o fluxo menstrual, hemorróidas, fígado, estimula o peristaltismo intestinal
Modo de usar:
– Infuso ou decocto:
. 25g por litro de água.
Tomar até 3 xícaras por dia de estomago vazio
– Laxativo: 50 a 100 ml ao dia.
– Purgativo: 200 ml ao dia.
– Pó da casca: laxativo: 0.2 a 0,3 gr por dia
Cápsulas – 1 cápsula ao deitar.
Contra indicações:mulheres grávidas, nutrizes e pessoas que sofrem de dor de estômago, colite, obstrução intestinal, doenças inflamatórias agudas dos intestinos e apendicite, úlcera duodenal ou gástrica, refluxo do esôfago, diverticulite.
Pode induzir diarréia. Se usada por mais de dois meses seguidos, provoca inflamações crônicas no intestino, cólicas intestinais, dores espasmódicas gastrintestinais e perda excessiva de líquidos e sais minerais.
A casca fresca, sem secagem prévia, pode provocar vômitos, cólicas violentas, diarréias, queda de pulsação e aumento do fluxo menstrual, devido a ramnotoxina e a presença de antraquinonas reduzidas.
Acima de 8 gr./dia pode causar diminuição da pulsação, queda de temperatura e hipopotassemia.
Outras informações: A casca desta árvore era usada pelos índios do extremo ocidente da América e chamou rapidamente a atenção dos espanhóis que colonizaram a Califórnia. A Cáscara-Sagrada é uma árvore arbustiva, nativa da região oeste da América do Norte, pode atingir de 5 a 10m de altura.
Na medicina popular, a parte utilizada da Cáscara-Sagrada são as cascas de seu tronco envelhecidas por pelo menos 1 ano. O principal uso da Cáscara-Sagrada é como purgante de efeito brando, principalmente para pessoas idosas ou em casos de constipação crônica. Também ajuda a melhorar a digestão gástrica. A Cáscara-Sagrada foi muito utilizada comercialmente, sendo o ingrediente ativo de muitos laxantes no mercado americano até a pouco tempo atrás.
- Nome: ANIL
Nome científico: Indigofera tinctoria L.
Parte usada: Folhas, raiz, semente
Propriedades terapêuticas: Antiespasmódico, estomáquico,febrífugo,diurético, purgativo, insetífuga
Indicações: Afecções das vias urinárias, afecções do sistema nervoso, epilepsia, icterícia, dores articulares e nevrálgicas, distúrbios circulatórios, afecções das vias respiratórias, inflamações agudas da pele, hemorragia nasal, intestino, uretrites blenorrágicas, afecções do sistema nervoso, sarna,.
Modo de usar
Cataplasma: folhas frescas utilizadas externamente, previamente esmagadas
Decocção: Ferver 5 g de folhas ou raízes em 1 litro de água. Tomar 1 a 2 xícaras ao dia (icterícia e hepatite. Máximo: 15 g/dia). Dose mais forte feita com a raiz, pode ser usada em bochechos, para odontalgias
Infusão: 5 g por litro de água. Tomar 1 a 2 xícaras por dia
O sabor do chá é algo salgado.
Outros usos: sementes e raízes, pulverizadas, são utilizadas para afugentar insetos. Das folhas é extraído o corante anil
Contra indicações: a planta tem índigo, altamente tóxico, o qual após aquecido em altas temperaturas dá origem a indigotina (substância corante pura que se cristaliza em pequenas agulhas brilhantes de coloração e reflexo cúprico). Não usar dosagem acima da recomendada.
Outras observações: Na homeopatia o anileiro tem indicações para os seguintes casos: dores articulares e nevrálgicas, distúrbios circulatórios, afecções das vias respiratórias, inflamações agudas da pele (com erupções de vesículas) e hemorragia nasal. As folhas têm propriedades antiespasmódicas e sedativas, estomáquicas, febrífugas, diuréticas e purgativas, com ação direta sobre a última parte do intestino, empregadas contra as uretrites blenorrágicas e as afecções do sistema nervoso.
Ainda com ação contra a epilepsia e icterícia. As folhas machucadas são usadas topicamente contra a sarna. A raiz é odontálgica e útil na cura da icterícia. Outrora empregavam na mordedura de cobras. As sementes depois de pulverizadas tem ação insetífuga, ou seja afugenta insetos. É planta reputada antídoto do mercúrio e do arsênico.
É originário da Índia, sendo sendo uma planta muito popular no Brasil, vegetando espontaneamente em quase toda parte. Há algum tempo o anileiro era bastante cultivado no Brasil para extração do anil, cuja exportação chegou a atingir considerável vulto. Ultimamente com a fabricação de matérias corantes sintéticas em larga escala, o uso do anil, corante de bela cor azul, inodoro e sem sabor tem sido relegado ao esquecimento. Existe pouca bibliografia referente ao anil. O corante anil sintético data de 1880, passando então esta erva cada vez mais cair no desuso e desinteresse.
Há muitos processos para a produção do corante azul extraído do anil. Todos os processos são complexos e incluem fermentação. Traços do corante azul natural foram encontrados nas antigas tumbas egípcias datadas de 3000 anos. Quando as rotas entre Europa e Índia foram estabelecidas no século XVI, o corante índigo foi trazido para a América do Norte.
Existem muitas espécies no Brasil para o gênero Indigofera, algumas usadas como forrageira, outras como adubo verde. No norte do país, por exemplo, temos a Indigofera pernambucencis. Em Mato Grosso, encontra-se a Indigofera lespedezoides, denominada de timbó mirim ou timbozinho, sendo uma espécie que fornece notável quantidade de anil.
- Nome: Cipó Cravo
Nome científico: Tynanthus panurensis (Buneau), Tynanthus fasciculatus (Vell. Conc)
Parte usada: caule, folha e raiz
Propriedades terapêuticas: afrodisíaco, analgésica, anti-reumática, digestivo, estimulante, fortificante.
Indicações: diarréia, estômago, gases, impotência devido a fraquesa genital
Modo de usar:
-tintura: tomar 1 a 5 ml 3 vezes ao dia
– infusão da vinha ou das folhas: tomar um copo como digestivo e estimulante do apetite
Outras observações:
Mesmo quase completamente devastada, a Mata Atlântica ainda reserva surpresas em sua vegetação nativa. Já bastante utilizada na medicina popular, só agora a espécie Tynnanthus fasciculatus originária desse bioma brasileiro, teve suas propriedades farmacológicas estudadas.
Estudo 1- Uma pesquisa do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) comprovou que o extrato da planta Tynnanthus fasciculatus, conhecida popularmente na Mata Atlântica como cipó-cravo ou cipó-trindade, possui efeito analgésico e não apresenta toxicidade quando testada em camundongos.
A pesquisa pode ser o primeiro passo para que a eficácia medicinal da substância seja comprovada também em seres humanos.
Usada há séculos como remédio caseiro para combater a má digestão e as dores de estômago, o cipó-cravo começou a ter suas propriedades estudadas cientificamente pois ainda não havia estudos farmacológicos sobre esta espécie vegetal, constando apenas avaliações sobre seus componentes químicos.
Os testes in vitro mostraram que a Tynnanthus fasciculatus tem efeito antioxidante. Isso sugere que a planta pode ter componentes que inibem a ação dos radicais livres no cérebro e no restante do organismo.
A toxicidade da planta foi medida por meio da administração oral de diferentes doses do extrato em camundongos, que foram observados por 14 dias. Os resultados mostraram que não houve mortes nem perda de peso em nenhum dos casos estudados.
Já os efeitos analgésicos do cipó-cravo foram avaliados por meio de dois métodos. Os camundongos que receberam doses do extrato da planta permaneceram sobre uma chapa metálica aquecida sem demonstrar incômodo em relação ao estímulo do calor.
Um outro experimento mostrou que os animais que consumiram o cipó-cravo apresentaram reações inferiores à dor abdominal quando comparados aos que não haviam ingerido o extrato. O estudo verificou que, com uma dose de 500 mg/kg, já foi possível reduzir o número de contorções pela metade, o que comprovaria a ação analgésica da planta nesses animais.
Segundo a pesquisadora da Unifesp responsável pelos estudos, Rita Mattei, as próximas avaliações clínicas sobre a ação farmacológica da planta deverão ser realizadas em seres humanos para que a substância se torne reconhecida e seja liberada comercialmente como um produto fitoterápico. (Fapesp)
Estudo 2 – Nos últimos anos tem aumentado a procura de substâncias de origem vegetal na busca constante da resolução das disfunções sexuais, especialmente masculinas. O cipó-cravo, Tynnanthus fasciculatus, é uma planta utilizada como medicamento caseiro para combater má digestão e dores no estômago, e também adotada popularmente como estimulante geral e afrodisíaco. Foram avaliados os efeitos da infusão do caule de cipó-cravo na biometria corporal e nos compartimentos tubular e intertubular do testículo de ratos Wistar adultos. Utilizaram-se 30 ratos machos em idade reprodutiva, divididos em 3 grupos, sendo um grupo controle, que recebeu água destilada e dois que receberam infusão do caule de cipó-cravo nas doses de 100 e 200mg/animal/dia, respectivamente. A dose de 200mg promoveu aumento significativo no peso testicular, no peso do parênquima testicular, no volume dos túbulos seminíferos, no comprimento total dos túbulos seminíferos, na produção espermática diária total e na produção espermática por grama de testículo. O tratamento com T. fasciculatus reduziu a proporção volumétrica e volume de tecido conjuntivo e proporcionou aumento de macrófagos do intertúbulo. A dose de 100mg promoveu aumento do volume das células de Leydig, o que pode ser justificado pelo aumento do número de células de Leydig e confirmado pelo maior valor do índice Leydigossomático. Os dados apresentados permitem sugerir que o tratamento com infusão do caule de T. fasciculatus, na dose de 200mg, promoveu maior produção espermatogênica, não sendo observadas estruturas que demonstrassem alterações no parênquima testicular ou mesmo o comprometimento da espermatogêne.
- Nome: Poejo
Nome científico: Mentha pulegium L.
Partes utilizadas: Toda a planta
Propriedades terapêuticas: amebicida, aperiente, digestivo, estimulante, tônico estomacal, sudorífera.
Indicações: acidez, ardor do estômago, arroto, bronquite, catarro, cólica estomacal e intestinal, debilidade geral, debilidade do sistema nervoso, diarréia, distúrbio gastroentestinal, dor de cabeça, enjôo, gases, gripe, hidropsia, histeria, insônia, palpitação do coração, reumatismo, rouquidão, tontura, transtorno menstrual, tosse, vermes.
Modo de usar
Preparo e dosagem:
Infusão: 20 g de planta fresca em 1 litro de água, ou 4 a 5 g por xícara de chá, ou ainda 1 a 2 g da planta seca por xícara de chá, tomar 1 a 2 xícara por dia.
O infuso deve ser tomado 10 min. antes das refeições, juntamente com o suco de 1/2 limão, estimula as funções gástricas.
Cosmética: O poejo presta-se a um delicioso banho estimulante. Ferva 100 g de folha em 2 litros de água por 10 minutos, coe e dissolva 2 colheres de sal grosso e acrescente à água da banheira.
Outros usos: serve para afugentar pulgas e mosquitos.
Afecções bucais (feridas, sapinhos, aftas): coloque 1 colher de sopa de folhas picadas em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos. Desligue o fogo e abafe por 15 minutos. Coe e adicione 1 colher de chá de bicabornato de sódia. Faça bochechos, de 2 a 3 vezes ao dia.
Tosses (expectorante e protetor de mucosa): em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de folhas picadas, 1 colher de sopa de quiabo bem fatiado e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos, coe e adoce com um pouco de mel. Tome 1 xícara de chá , de 1 a 3 vezes ao dia. Para crianças dar somente metade da dose.
Conta indicações: A pulegona é citada por possuir efeito tóxico em altas doses. Devido à presença do borneol, não se recomenda o uso de planta por grávidas, especialmente nos 3 primeiros meses.
Outras observações: Muito antes de existirem os sprays inseticidas, a sabedoria popular já utilizava a vaporização do poejo para afugentar os parasitas. Poejo vem do latim pulex (pulga), pois os antigos Gregos e Romanos já utilizavam os seus vapores para matar as pulgas.
As propriedades medicinais do poejo já se conhecem desde há milênios. Dioscórides, o grande médico e botânico grego do século I DC , dizia que tinha “força de aquecer, emagrecer e de digerir”, ou seja, encheu demasiadamente o estômago, pede uma xícara de poejo para ajudar a fazer a digestão.
Alguns povos da antiguidade usavam o poejo para confeccionar coroas empregados em cerimônias religiosas. Os antigos chineses também já faziam referências a suas virtudes calmantes e antiespasmódicas. É uma planta vivaz, perene, de 30 a 50 cm de altura. Folhas verde vivo, pequeninas e de cheiro parecido com hortelã pimenta, caules frouxos, rastejantes, lançando raízes nos pontos em que entram em contato com o solo.
Pede clima ameno, com muita claridade mas sem incidência direta de sol, solo leve e rico em matéria orgânica, úmido. Se vista contra a luz, observamos nas folhas numerosos pontos clatos, que armazenam o óleo essencial.
As flores róseas ou violáceas se agrupam formando bolas que surgem a partir da metade superior dos ramos. É uma espécie de menta que se diferencia das outras por possuir odor mais forte. É cultivada ou nasce espontaneamente em regiões de solo mais úmido, necessitando receber, no mínimo, 4 horas diárias de luz solar direta. A melhor reprodução se dá através dos ramos da planta-mãe, plantados, de preferência, na primavera ou outono, em solo bem adubado, profundo e úmido, espalhado-se com grande facilidade.
- Nome: Abacate
Nome cientifico: Persea gratissima
Parte utilizada: folha, fruto, semente, óleo, botões florais. As folhas devem ser usadas secas porque as verdes causam palpitações cardíacas
Propriedades terapêuticas: Adstrigente, afrodisíaco, antianêmica, antidiarréico, antiinflamatório, antireumático, antioxidante, anti-séptico das vias respiratórias, anti-sifílica, antiuricêmico, balsâmico, carminativo, cicatrizante, colagoga, depurativo, umectante e vermífugo.
Indicações: Abscessos, ácido úrico, afecções hepáticas, aftas, anemia, amigdalite, artritismo, indisposição, infecção da bexiga, bronquite, cansaço, caspa, cefaléia, cistites, cólica, diarréia, disenterias, dispepsia, distúrbios da digestão, diurético, dor de barriga, dor de cabeça, eczemas do couro cabeludo, edemas, verminoses, vesícula biliar e liberar a menstruação.
Modo de usar
Uso interno – – infusão uso geral 2 colheres de sopa de folhas secas ou flores picadas em 1 litro de água. Tomar 3 xícaras (chá) por dia.
Em caso de gases intestinais e problemas renais, as folhas podem ser usadas como chá, tomando duas xícaras, duas vezes ao dia. Para tratar irregularidades na menstruação, pode-se usar o chá das flores, uma xícara, duas a quatro vezes ao dia. Em casos de diarréia, disenteria e vermes, usam-se os caroços torrados e moídos numa decocção de duas colheres (café) em uma xícara de água morna, três vezes ao dia.
– Caroço, por infusão: anti-helmíntico;
– infusão das folhas secas: diurético, doenças renais, hepáticas e da bexiga, artritismo, gota e acido úrico, ativas a excreção biliar;
– extrato fluído: 2 a 10 ml ao dia;
– extrato seco: 1g ao dia;
Fruto in natura: obstipação intestinal, diurético, elimina cálculos renais, contra artritismo e contém muitas vitaminas;
– pó do caroço, diluído em água para dor de barrigas;
Uso externo:
Uso externo:-para tratar cefaléia ou nevralgia, preparam se as folhas em água quente, que depois de mornas são colocadas sobre a cabeça. O resultado é imediato. O chá também pode ser usado sob a forma de compressa, várias vezes ao dia.
– decocção da semente ralada: compressas locais varias vezes ao dia como antiinflamatório;
– caroço ralado e posto em álcool: fricções (contra reumatismo).
O Óleo de abacate: Extrai-se da seguinte maneira: Deixam-se amadurecer os frutos até ficarem aparentemente apodrecidos. Fervem-se numa panela com água, e o óleo que vem à superfície recolhe-se com uma colher. Posteriormente filtra-se com um pano para eliminar as impurezas.
Este óleo aplica-se em fricção sobre a pele da zona afetada, ou sobre o couro cabeludo.
Outras informações: “Árvore-testiculo” dos índios mexicanos, que é o que significa ‘aguacate’ abacate) na língua indígena, foi utilizada desde tempos muito antigos pelos Astecas e os Maias como substituto da carne. A sabedoria popular destes povos levou-os a descobrir as excelentes propriedades nutritivas e calóricas deste fruto que, à luz dos conhecimentos científicos atuais, suplanta a carne
pelas suas qualidades. Com efeito, o abacate proporciona de 160 a 200 calorias por 100 g, quantidade próxima das 230 calorias fornecidas por um bife de vitela de 100 g, mas com a vantagem, entre outras, de não conter nenhum colesterol. As gorduras do abacate, muito digestivas, são quimicamente semelhantes às do azeite de oliveira. O seu conteúdo em proteínas, embora menor que o da carne, tem a vantagem de não produzir resíduos, como o ácido úrico, que acidificam e sobrecarregam o metabolismo.
O abacateiro é uma árvore de belo porte, que chega a 20 m de altura. Suas folhas são abundantes, de cor verde ou castanho-clara. O fruto tem a forma de uma grande pêra, com uma enorme semente e polpa gordurosa, amarelada, de excelente sabor. É oriundo da América Central e cultivado em regiões tropicais.
Existem 3 tipos de abacate: o mexicano, o guatemalense e o antilhano, este último cultivado no Brasil.
O uso regular do abacate na alimentação beneficia as artérias, reduz o colesterol e a pressão arterial e dilata os vasos sanguíneos. O ácido oléico, seu principal componente de gordura monoinsaturada, bloqueia a toxidade do mau colesterol, conhecido como o destruidor das artérias. O abacate também age contra a prisão de ventre, perturbações digestivas.
Melhora o funcionamento da vesícula biliar, é balsâmico e ajuda a normalizar distúrbios na menstruação.
Especialistas em doenças cardíacas desaconselham os ácidos graxos (gorduras saturadas) de origem animal, pois elevam os níveis de colesterol no sangue, acumulando-o nas artérias e obstruindo-as. A degeneração das veias circulatórias acaba provocando acidentes vasculares.
Por isso os especialistas recomendam a ingestão de gorduras monoinsaturadas, como a do abacate.
O grupo dos ácidos monoinsaturados atua de modo seletivo, eliminando o LDL,
responsável pelo acúmulo de colesterol no sangue. O abacate é antiinflamatório, auxilia na desintoxicação do fígado. Suas substâncias ativas,
testerol e lecitina, são eficazes no tratamento das artroses, reumatismo e gota. O chá de suas folhas ou o pó do seu caroço torrado e moído acabam rapidamente com diarréia. O uso do caroço triturado e tostado, em forma de chá, elimina a tênia e outros vermes intestinais.
Externamente, elimina a caspa, fortalecendo os cabelos e combatendo a calvície. O abacate é rico em nutrientes, contém proteínas, ferro, hidrato de carbono e substâncias minerais. A sua polpa é rica em vitaminas A, B 1, B 2, E, açúcar, fitosterol, lecitina, tanino e ácido oléico, linoléico e palmítico. O abacate possui ainda glutationa, um anti-radical livre, capaz de bloquear diversos agentes cancerígenos.
As vitaminas do abacate agem contra problemas da visão, participam do crescimento dos ossos e atuam no processo de renovação da pele.
- Nome: Goiaba
Nome Científico: Psidium Guayaba L.; P. piriferum L. ( variedade branca ); P. pomiferum L. ( variedade vermelha)
Partes utilizadas: raízes, casca, folhas, fruto e botão floral
Propriedades terapêuticas: Adstringente, antidisentérico, vulnerária, antibiótica, estomáquica, emenagogo, anti-inflamatório, febrífuga, tônica, laxativa – (fruto maduro), aperitiva, anti-helmíntico – (fruto verde).
Indicações: afecção da garganta, aftas, bronquite, catarro intestinal, constipação, diarréia, disenteria, estômago, estomatite, febre, gegivite, hemorragia, indisposição gátrica, inflamação, tosse, ulceração da cavidade bucal, vermes, cólera infantil, diarréia, distúrbios da digestão, enterite, escorbuto, fermentações gastrintestinais, gastroenterite, hemorragia interna, incontinência urinaria, inchaço dos pés e tuberculose.
Modo de usar:
– decocção de 30g de folhas em 1 litro de água. Tomar 1 xícara, 3 a 5 vezes ao dia
Este chá pode ser utilizado para preparar o soro caseiro, basta adicionar sal e açúcar nas quantidades recomendadas, que deve ser fornecido para crianças com diarréia (antidiarréico e reidratante). Em gargarejos e bochechos, a infusão atua nas inflamações da boca e garganta
– fruto in natura como alimento;
– folhas torradas e depois umedecidas com água morna como cataplasma para varizes.
Outras observações: Gostosa, nutritiva, combate o câncer e a diarréia. É originária da zona tropical do continente americano, desde o México até o Brasil. Outros consideram-na uma fruta tropical brasileira. O historiador e pesquisador Dr. Roberto Barbosa afirma que seu nome vem do tupi – Koiab, que tem o significado de sementes juntas ou aglomeradas, ficando goiaba em português e guajana em espanhol.
Começa a frutificar no primeiro ano de plantio, atingindo sua produção plena após o terceiro ano. O seu tão apreciado néctar aromático é constituído de 65% de água, 10% de frutose e 25% de polpa. Existem duas espécies principais de goiaba: uma em forma de pêra, com casca avermelhada, e outra arredondada, de coloração-verde clara por fora e branca por dentro. As variedades mais comuns são a serrana, a brava e a azeda. Existe também a kumagari, desenvolvida pelos japoneses, é da espécie branca, e a paluma, desenvolvida pelo professor Fernando, aposentado da USP, maior estudioso das espécies no Brasil. O nome paluma é a soma das iniciais dos nomes de suas três filhas. A goiaba tem grande quantidade de vitamina C. Uma goiaba média ultrapassa a quantidade diária necessária para o nosso organismo. Mas não se preocupe com o excesso, pois ela não é acumulativa e é eliminada pelos rins. Esta vitamina é eficaz no combate a infecções e viroses. A vitamina A, presente na fruta, melhora a visão, pele e mucosas. A vitamina B 2 beneficia a formação de hemácias; a B 3 atua na melhora da circulação sanguínea e em casos de esquizofrenia.
Os minerais presentes são: cálcio, ótimo para combater a osteoporose; ferro, Necessário para a produção de hemoglobina e contra a anemia; fósforo, para os neurônios e crescimento celular. O tanino, presente nas cascas, possui propriedades adstringentes e antivirais. É ótima para combater diarréias. Há muitas pessoas que evitam a ingestão desta fruta pelo o fato de ela prender o intestino. Se for consumida com a casca, isso não ocorrerá. Além de ser estomáquica, a sua casca é eficaz contra a diarréia e disenteria, principalmente para crianças.
As folhas da goiabeira podem ser empregadas em infusão contra inchaço das pernas, hemorragias e gastrite. A goiaba é protetora do coração e do câncer (licopeno) além de fortalecer o sistema imunológico.
O mais importante elemento encontrado na goiaba vermelha (não na branca) é o licopeno, pigmento vermelho encontrado também no tomate e na melancia. A Universidade de Harvard estudou-o e chegou à conclusão de que o licopeno bloqueia muitas espécies de câncer.
A química paranaense Ornelia Porcu, em seu doutorado pela UNICAMP, pesquisou a goiaba vermelha e constatou que a quantidade de licopeno nela existente equivale ao dobro da encontrada no tomate. Além de ajudar na prevenção do câncer, bloqueia a ação de muitas espécies de carcinomas, principalmente da próstata e da mama.
Muitos estudos tem comprovado a importância da goiaba como alimento funcional, pelo seu teor de taninos e flavonóides, bem como sua atividade antioxidante, anticoagulante e antimicrobiana e novas pesquisas não param de surgir elucidando todas as qualidades desta fruta, portanto tenha sempre a mão uma bela goiaba Que gostosa que ela é in natura, com casca, bem lavadinha… seu paladar e seu organismo agradecem.
- Nome: Folha de Pitanga
Nome científico: Eugenia Uniflora L
Parte utilizada: Folhas e frutos
Propriedades terapêuticas: adstringente, anti-reumática, antidesintérica, calmante, febrífuga e vermífuga.
Indicações: Reumatismos, febres e diabetes. Combate também bronquite infantil, gota, hipertensão, ansiedade e previne formação de rugas sendo eficaz contra o envelhecimento da pele.
Modo de usar:
– fruto ao natural ou polpa em refrescos, sucos, sorvetes, doces, geléias,
– infusão das folhas 3 colheres de sopa em 1 litro de água, beber de 3 a 4 xícaras por dia
– em gargarejos é indicado para infecções da garganta e em jejum durante o dia ajuda em dietas de emagrecimento.
Diarréias infantis, verminoses e febres infantis: Até 1 copo, após cada evacuação;
Bronquites, tosses e febres: Adoce com mel e tome 1 colher de sopa de 2 a vezes ao dia. Para crianças dar somente metade da dose.
Bronquites, tosses, febres, verminoses, hipertensão arterial e ansiedade: coloque 2 colheres de sopa de folhas fatiadas em 1 xícara de chá de alcool de cereais a 70%. Deixe em maceração por 7 dias e coe.
Beber 10 gotas diluídos em um pouco de água, 2 vezes ao dia.
Pele oleosa: coloque 1 colher de sopa de folhas fatiadas em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe ferver por 5 minutos e coe. Espere esfriar e adicione o suco de 1/2 limão e 3 gotas de própolis. Misture bem. À noite, lave o rosto, enxugue e aplique com um chumaço de algodão. Deixe agir durante a noite toda.
Outras observações: Arvore ou arbusto pequeno, de tronco um pouco tortuoso e de casca fina. Tem ramificação densa e fina, formando longa ramagem pendente. As folhas são delicadas, opostas, de formato oval-alongado, com nervuras que partem de um eixo longitudinal, e caem antes do aparecimento das flores. Se amassadas, quando frescas, exalam um odor suave e agradável, em virtude de seus numerosos canais produtores de óleo aromáticos.
A sua frutinha é que chama a atenção, pois é pequena, em forma de um pequeno balão, arredondado e achatado nas extremidades, com 8 hastes, formando sucos longitudinais.
Quando maduros, exibem uma coloração vermelha. São suculentos, de sabor agridoce e muito apreciados ao natural, ou transformado em doces e licores. Os passarinhos são os responsáveis por sua propagação, pois comem os frutos e espalham as sementes. Aprecia clima quente e úmido, e não mostra exigências quanto ao solo, mas crescem bem em terrenos profundos, férteis, bem drenados, sílico-argiloso ou arenosos. A pitangueira é um arbusto tipicamente brasileiro, espalhado pelo litoral como um arbusto rasteiro. Em certas localidades pode chegar a até 8 m de altura.
Suas flores são brancas, pequenas, muito bonitas e de um intenso e característico perfume. É também usada nos ritos afro-brasileiros.
No Nordeste, é conhecida e muito apreciada; principalmente numa bebida tradicional, o conhaque ou o licor de pitanga ou, ainda, conhaque tropical.
Suas folhas contém um alcalóide, a pitanguina, semelhante a quinina, com propriedades anta-reumáticas e antigota. É ótima para que tem problemas digestivos.
É rica em fibras insolúveis, que limpam o trato intestinal e melhoram a sua função, sendo útil em qualquer problema digestivo. A vitamina A, encontrada em sua composição, beneficia os diabéticos, que lutam contra infecções. Melhora a visão e tem efeito preventivo do câncer. Contém também vitaminas do complexo B, coadjuvantes na formação de células vermelhas do sangue, protegendo o coração contra a síndrome da morte súbita e vitamina C, importante para os fumantes, que necessitam do dobro de vitamina C recomendada por dia (60 a 80 mg). Os fumantes têm níveis reduzidos desta vitamina no sangue e em suas células brancas. Ela ajuda também a reduzir o colesterol e a aumentar a imunidade. Os minerais encontrados são: cálcio, necessário para os ossos e dentes, além de evitar a hipertensão; ferro, que participa do processo completo da respiração e combate a anemia ferropriva; fósforo, que combate o cansaço mental e é um tônico geral.
- Nome: Ameixa
Nome cientifico: Prunus domestica Linné
Propriedades terapêuticas: laxativo; recomendável para evitar a prisão de ventre e manter o intestino sempre desembaraçado, anemia, arteriosclerose
resfriado, tosse e rouquidão.
Indicações: resfriado, rouquidão, tosse e vermes. Boa para hipertensão, ácido úrico e prisão de ventre. A ameixa é uma fruta cultivada desde os tempos remotos. No Japão, é muito utilizada na medicina oriental, especialmente a variedade japonesa umebushi, que tem presença obrigatória na macrobiótica, com virtudes terapêuticas confiáveis, principalmente para combater a anemia, devido à sua grande quantidade de ferro.
Modo de usar:
Frutos secos: Muito importante na dieta diária, podendo ser consumidos diariamente misturados aos cereais (aveia, granola) ou simplesmente puros.
Infusão: Em um litro de água fervente, coloque 2 colheres de sopa da folha e deixe levantar fervura. Desligue o fogo e abafe por dez minutos. Tomar de 2 a 3 xícaras ao dia.
Para combater a prisão de ventre, coloca-se ameixas secas de molho em um copo de água à noite. Logo na manhã seguinte tanto as ameixas como essa água devem ser ingeridas em jejum. Esse tratamento deve ser repetido por vários dias
Outras observações: Tem sabor levemente ácido e é muito apreciada pelo povo japonês. Chama a atenção pelas suas variedades de cores, que vão desde carmesim, branca, amarela, azul-escura e preta.
Ela nasceu no Sudeste Europeu e Ásia Ocidental; mais tarde foi cultivada e Modificada pelos americanos, que formaram novas espécies. Pertence à família Rosacea, a mesma da jabuticaba, cerejas e damasco, existindo hoje mais de 300 variedades. Na Alemanha é conhecido um licor de ameixas chamado Zwetschen Wasser, que significa aguardente de ameixas.
O fruto, ainda verde, é colocado em sal grosso, conforme uma técnica milenar,
acrescentando-se ervas tissô e deixando em repouso por um período de 6 meses a 3 anos.
Assim, fica pronta a conserva de ameixa salgada ou umebushi, que ajuda a normalizar o ph do sangue. O óleo extraído do caroço é utilizado na Índia como substituto do óleo de amêndoas.
As ameixas secas são também uma boa fonte de potássio, útil para os praticantes de esportes. Os Estados Unidos (Califórnia) são os maiores produtores de ameixa seca, com 70% da produção mundial.
Possui um elemento químico chamado hidroxifenilsatina que, junto com as fibras, ajuda no peristaltismo intestinal, combatendo a prisão de ventre. As fibras da ameixa ajudam o bolo alimentar a seguir seu caminho mais rapidamente, pois não são digeridas pelo organismo; absorvendo bastante água e agindo como esponja, eliminam as fezes e as toxinas, que passam com facilidade pelo cólon, na parte final do intestino, eliminando assim, todos os resíduos intestinais.
Ela contém vitamina C (ácido ascórbico), que ajuda a melhorar as funções dos
linfócitos e dos monócitos, responsáveis pelo ataque aos vírus e às bactérias, além de aumentar o sistema imunológico e combate o mau colesterol.
Embora contenha pouca quantidade de vitamina A, ajuda a melhorar a visão, o
Sistema imunológico e a prevenir infecções. A vitamina B 6 ajuda a controlar o diabetes, os problemas de pele e a catarata. É também útil contra câncer de pele, principalmente o melanoma. Ajuda no combate à síndrome do túnel de carpal ou carpio, que é a compressão de um nervo do pulso ou pé, causando a sensação de, alfinetadas ou choques, com dor. É rica em minerais como: potássio, útil para quem usa diurético, em regimes de emagrecimento, e para repor o potássio, para atletas profissionais ou mesmo amadores que malham muito. O potássio é também bom controlador do desenvolvimento muscular e também do sistema nervoso central. As ameixas secas são ricas em potássio, para quem tem problemas de hipertensão (pressão alta).Tem alto teor de fósforo, indicado para nervos e neurônios. Tem muito magnésio, que está classificado como o mineral mais importante para o coração. Mais de 300 enzimas diferentes do nosso organismo dependem desse mineral.
Quem tem crises regulares de enxaqueca, não precisa antecipar o futuro com visitas diárias ao médico para um alivio mais prolongado. O magnésio da ameixa é um bom preventivo. Também é muito energética, indicada para os que malham e para atletas por evitar o cansaço físico. Possui ainda pectina.
Contém ainda ferro, que beneficia o equilíbrio sanguíneo e acaba com a anemia ferropriva, agindo na formação das hemácias.
Portanto consumi-la in-natura, em compota, bolos, geléias ou em passas, é muito bom para a circulação, para evitar a retenção de líquidos, para o coração e para aumentar o sistema imunológico.
Da polpa da ameixa se fazem sucos, geléias, bolos, sorvetes e pudins.
É muito calórica em uma dose de 100 g temos 187 calorias.
- Nome: Carambola
Nome científico: Averrhoa carambola L
Parte utilizada: Flores, folhas e frutos
Propriedades terapêuticas: aperiente, antidisentérica, antiescorbútica, febrífuga, refrigerante e vermifugo.
Indicações: afecções dos rins e bexiga, diabete, disenteria, escorbuto, febre, picada de insetos e de animal peçonhento. O caldo da carambola é usado popularmente para eliminar ou atenuar manchas de ferrugem em panos e em objetos de metal.
Modo de usar:
– in natura ou na forma de geléias, sucos, doces, compotas, sorvetes e como ingrediente para coquetéis de sabor tropical e refrescante;
– folhas amassadas em aplicação externa contra picadas venenosas;
– suco da fruta como vermífugo e febres;
– fruto indicado para eczemas, afecções dos rins e bexiga;
– decocção das folhas indicado nas diabetes.
– Salada de Carambola – corte algumas carambolas em tiras finas, acrescente sal a gosto, vinagre, cebolinha, pimentão, tomate, salsa e azeite.
Outras observações: Fruta ácida e exótica, com muitos minerais. A carambola é uma fruta diferente das outras frutas, cuja beleza encanta as pessoas que a
colhem, pois tem uma forma delicada, com 5 gomos compridos de coloração que passa de verde quase translúcido, até um amarelo gema brilhante. quando cortada ao meio, em sentido transversal, apresenta o aspecto de estrela, com 5 pontas perfeitas. Quando verde, o fruto é adstringente e “amarra” a boca. Quando maduro, é adocicado, mas bem ácido.
As suas pequenas e exuberantes flores apresentam pétalas em número de 4 a 5, de coloração violeta, bordadas de branco nas laterais, que antes da frutificação, cobrem toda a árvore, exalando um perfume exótico. Suas folhas são verdes brilhantes, muito sensíveis, bastando tocar levemente uma delas, para que se fechem uma a uma. As crianças se divertem tocando-as e fazendo-as fechar. À noite, sem que ninguém as toque, elas se fecham como se dissessem: “estou com sono, chegou a hora de dormir”. Talvez essa característica seja para se proteger de agressões externas.
Por séculos, foi considerada árvore ornamental, chegando até 7 m de altura. É nativa da Ásia tropical, talvez da índia e mesmo da China, países onde a população não se atrevia a comer esta fruta exótica. Na índia, possui o nome sânscrito de Kurmurunga. Somente em 1818, foi introduzida no Brasil, pelo agrônomo francês Paul Germain, que a levou ao Nordeste, mais especificamente para Pernambuco. Dizem que foi lá que o povo começou a comê-la, considerando-a como fruta. Mais tarde, foram feitas análises químicas
que comprovaram sua riqueza em minerais, vitaminas, taninos e ácido oxálico. Daí, foi um passo para se espalhar por todo litoral brasileiro, sendo transformada pela indústria alimentícia em geléias, compotas, xaropes, conservas, picles, vinhos e sucos.
Na medicina alternativa, seu suco é utilizado como fonte de muitos nutrientes e é recomendado para amenizar disenterias, diarréias e febres. Isso porque a fruta contém tanino, que possui propriedades hemostáticas, anti-sépticas e tonificantes. É muito utilizada como antidiarréico por suas propriedades adstringentes. Os taninos são excelentes inibidores enzimáticos e atuam como antienvenenamento por determinados alcalóides. Ela é rica em vitaminas: A, ótima contra infecções, protetora da pele e da visão; vitaminas do complexo B e vitamina C, fundamental para a manutenção da saúde, prevenção de resfriados, pressão alta e câncer: Possui minerais como ó cálcio, vital para outras funções de nosso organismo, além de fortalecer os ossos, prevenindo a osteoporose. Combate a hipertensão, os cardiologistas são fascinados pela relação que o cálcio tem com a pressão.
Contém ferro, importante para crianças e mulheres que chegam à menopausa e idosos, que têm maiores tendências a apresentar deficiência de ferro, mineral essencial para a hemoglobina e para combater e prevenir a anemia. Possui fósforo, que controla o cansaço mental e neurônios e também cálcio, que previne contra as doenças da gengiva, que é a causa principal da perda de dentes em adultos. O cálcio impede a mandíbula de encolher, fornecendo mais força para os dentes. Alivia as dores ósseas, câimbras musculares e problemas menstruais.
O suco da carambola pode ser esfregado na pele, diminuindo a coloração de manchas seni (manchas provocadas pelo sol), devido à presença do ácido oxálico.
- Nome: Erva Baleeira
Nome Científico: Cordia verbenacea
Parte Utilizada: Folhas
Propriedades terapêuticas: Tem ação antiinflamatória, analgésica, tônica
Indicações: reumatismo, artrite reumatóide, dores musculares da coluna, nevralgias, prostatites, contusões. Possui uma ação anti-inflamatória muito potente, além de ação anti-séptica e cicatrizante. Desta forma esta planta pode ser e já está sendo utilizada como um excelente cicatrizante externo para ferimentos e cortes de forma geral, na forma de pomadas e cremes e chá.
Modo de usar:
Uso Interno:
Em 1 xícara de chá coloque 1 colher de folhas picadas, adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá), 1 a 3 vezes ao dia.
Uso Externo:
3 colheres de folhas picadas em 1 xícara de álcool de cereais. Deixe em maceração por 5 dias e coe. Aplique nas partes afetadas com algodão, cobrindo em seguida com um pano. Repetir a compressa a cada 4 horas.
Outras informações
É um poderoso remédio, e já era utilizada pelos índios no Brasil, há séculos. Ela pertence à família do confrei, e é considerada como a que engraxa as dobradiças. É particularmente freqüente e indesejável nas regiões litorâneas do sudeste e sul do país, onde chega a formar grandes infestações.
Uma planta nativa da Mata Atlântica, conhecida pelo nome de erva-baleeira ou maria-milagrosa, fornece o óleo essencial para um dos maiores laboratórios do Brasil produzir uma pomada antiinflamatória e cujos testes clínicos junto a centenas de pacientes mostraram ser tão eficaz para casos de dores musculares quanto o principal antiinflamatório do mercado. Sobre este creme ainda, estudos comparativos demonstraram, que o creme de erva baleeira apresenta menos efeitos colaterais, como vermelhidão na pele.
No entanto, há séculos, nossos indígenas já sabiam disso: registros na obra “De Medicina Brasiliensi”, de Gulielmus Piso, indicam que os indígenas brasileiros utilizavam esta planta como um poderoso antiinflamatório. Ainda hoje, a medicina popular se rende aos poderes da erva-baleeira, especialmente nas comunidades litorâneas, onde ela é usada na forma de pomada, extrato ou folhas maceradas para curar ferimentos provocados por acidentes com peixes nas pescarias. Especula-se, inclusive, que o nome “baleeira” seja inspirado justamente nesta associação com o uso da planta por pescadores e por ser abundante nas regiões litorâneas.
Seu uso popular é largo e variado: é usada contra artrite, reumatismo, artrose, contusões e em todo tipo de inflamação, inclusive na forma de bochechos para aliviar dores de dente e tratar inflamações bucais. Além disso, é indicada contra úlceras. Seus poderes como cicatrizante e antiinflamatória é que fizeram a fama desta planta. Em algumas regiões, as folhas da erva-baleeira são cozidas e aplicadas sobre feridas para acelerar a cicatrização.
Erva-baleeira: direto da natureza para a farmácia
Segundo José Roberto Lazzarini, diretor médico e de pesquisa e desenvolvimento da Aché, empresa que lançou o antiinfamatório à base de erva-baleeira, em forma de creme, “trata-se do primeiro antiinflamatório tópico feito a partir do extrato de uma planta brasileira – existem antiinflamatórios de plantas medicinais, mas de outras origens, como África e outros países”.
Patenteado no Brasil e no exterior, o novo produto pertence à classe dos fitomedicamentos, fármacos que têm em sua composição apenas substâncias ativas extraídas de plantas. Pela regulamentação da Anvisa, eles nunca podem ser misturados a princípios ativos sintéticos, vitaminas ou minerais. Além disso, as mesmas normas aplicadas para a produção de medicamentos devem ser seguidas para a produção de fitomedicamentos, como a comprovação de eficácia e de segurança.
O processo de pesquisa e desenvolvimento do novo medicamento levou sete anos, investimentos na ordem de R$ 15 milhões e envolveu pesquisadores de três universidades nacionais como Unicamp, Unifesp e PUC-Campinas. São necessários 800 quilos da erva para se obter um litro de óleo essencial, no lançamento do produto haviam plantados cerca de 12 hectares de ervas que garantiriam a extração de 120 litros anuais de óleo.
Há mais de 12 anos, o farmacologista Jayme Sertié, da Universidade de São Paulo, coordenou uma equipe que isolou a Artemetina – substância (flavonóide) presente nas folhas da erva-baleeira, que apresenta poderosa ação antiinflamatória e cicatrizante. Além da Artemetina, análises dos componentes orgânicos desta planta revelou a presença de outros flavonóides, triterpenos, óleo essencial, alontóina, açúcares.
A planta
A erva-baleeira (Cordia verbenacea) é uma planta da Família das Borragináceas, originária de áreas litorâneas da América do Sul. Ela ocorre em todo o território brasileiro. Popularmente ela recebe outros nomes: maria-milagrosa, baleeira, maria-preta, salicina, pimenteira e catinga-de-barão.
- Nome: Garcinia
Nome científico: Garcinia cambogia
Parte utilizada: cascas secas dos frutos, frutos
Propriedades terapêuticas: hepática, diurética, hipocolesterolêmica, lipolítica. Reduz a absorção do colesterol e triglicérides. Aumentar a sensação de saciedade (diminuir a fome)
Indicações: obesidade, inibição de apetite, colesterol, triglicérides, lipídios polares. Uremia, problemas no fígado devido malária. É rica em fibras auxiliando o funcionamento do intestino. Como emagrecedor, diminui o desejo de comer doces e ajuda a absorver a gordura no sangue, melhorando os níveis de colesterol. Atua como inibidor de apetite, pela redução do hormônio orexina, a planta atua no centro da fome, diminuindo o apetite, sem agir no sistema nervoso central.
Modo de usar: 3 vezes ao dia, antes das principais refeições
Infusão: Coloque 1 colher de chá do (pó Garcínia ) em um copo de água e dissolva o produto. Bebe 3 vezes ao dia antes das principais refeições;
Capsulas: 500 mg até 3 vezes ao dia ( uma hora antes das principais refeições);
– fruto: uremia, fígado.
Contra indicações: contra indicado para gestantes, nutrizes e crianças. Em doses altas podem causar diarréia, cólica, náusea e vômito.
Outras observações:
A Garcinia cambogia é uma pequena árvore originária das florestas da região do Camboja, Sul de África e Polinésia e cultivada na Índia e em países do Extremo Oriente. Na Índia, a Garcínia ou “Tamarindo do Malabar” é usada desde há centenas de anos, quer na Medicina Ayurvédica, quer na culinária tradicional, incluída na preparação do caril e na conservação de alimentos, sem qualquer registo de toxicidade. A Garcínia pertence à família das Gutiferáceas e as partes da planta mais utilizadas são a casca seca e polpa do fruto. O fruto da Garcínia tem, aproximadamente, o tamanho de uma laranja, parecendo-se, no entanto, com uma pequena abóbora.
Propriedades
O Ácido Hidroxicítrico (na forma de hidroxicitrato) é um inibidor efetivo da síntese dos ácidos graxos. Isto se dá pela interrupção do fornecimento de Acetil Coenzima A (ACoA), elemento essencial no processo de biossíntese de ácidos graxos (unidade fundamental dos triglicerídios e lipídeos polares) e colesterol
O AHC (ácido hidroxicítrico) é muito semelhante ao ácido cítrico, substância que dá a característica ácida na laranja, limão e outras frutas cítricas.
O AHC apresenta três ações para promover a perda de peso:
1. Agente bloqueador de gorduras – os hidratos de carbono, ingeridos em excesso, são transformados e armazenados como gordura. Neste processo é necessária a participação de uma enzima chave, a ATP-citrato liase. O AHC liga-se a esta enzima bloqueando-a, inibindo consequentemente o armazenamento de gordura;
2. Mais glicogénio – as calorias que não são armazenadas sob a forma de gordura vão ter outro destino. Ao bloquear a ATP-citrato liase, o AHC tem a capacidade de transferir as calorias para formar glicogénio (forma de açúcar armazenada nos músculos e no fígado);
3. Redução do apetite – o AHC controla o apetite através de uma maior síntese de glicogénio, ou seja, quando as reservas de glicogénio estão altas, os receptores do açúcar no fígado são estimulados e enviam um sinal de saciedade ao cérebro (sem estimular o sistema nervoso central). Outro processo assenta na capacidade do AHC em estimular a libertação da serotonina, um neurotransmissor vital envolvido no controlo do apetite. Trata-se também de um modo completamente natural de alterar a fisiologia do organismo e promover a perda de peso.
A garcinia é um produto natural, sem os efeitos colaterais dos produtos que agem no nível do SNC, não acarretando sono, alteração nos batimentos cardíacos, elevação de pressão
Aumenta levemente o nível de glicogênio no fígado, que envia um sinal de saciedade ao cérebro, reduzindo o apetite. Aumenta o metabolismo basal. Aumenta o metabolização da gordura no organismo.
Em relato de pessoas que consumiam seus frutos, observaram-se perdas substanciais de peso. Com isso, principalmente a partir da década de 60, muitos estudos botânicos, farmacêuticos e médicos começaram a ser realizados. Atualmente, após muitas pesquisas científicas, a Garcinia cambogia tem obtido um grande sucesso no tratamento da obesidade e em regimes de emagrecimento, e tornou-se um produto revolucionário nos Estados Unidos,
O extrato da Garcínia cambogia começou a ser usado comercialmente como auxiliar na redução do peso e combate à obesidade por volta de 1991. Um dos primeiros estudos realizados nos Estados Unidos, reuniu 50 pessoas que foram distribuídas em dois grupos. Os dois grupos receberam uma dieta controlada, sendo que o primeiro passou a usar também o extrato da Garcinia cambogia, enquanto o segundo recebeu placebo. Ao final de dois meses, o grupo que utilizou o extrato de garcínia apresentou redução de 5,2 Kg, já o grupo que recebeu placebo apresentou redução de 1,6 kg.
O sucesso da Garcinia cambogia no tratamento da obesidade e em regimes de emagrecimento em vários países, especialmente nos Estados Unidos, segundo especialistas, ocorre não só por sua eficácia, mas também porque a planta atua por mecanismos exclusivamente metabólicos, sem interferir no Sistema Nervoso Central.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome: Babosa
Nome Científico: Aloe vera L. Webb
Parte Utilizada: utilizada:seiva das folhas
Propriedades terapêuticas: adstringente, anestésica, anticancerígena, anti-hemorrágica, antiinflamatório, antioftálmica, antí-pruritico, anti-séptica, antitóxico, bactericida, cicatrizante, colerética, dilatadora capilar, emoliente, estimulante granulatório, fungicida, hidratante, limpador natural.
Indicações: acne, alopecia, anemia, arteriosclerose, artrite, colite, constipação, cancro (de pele, digestivo e do cólon), dermatite, disenteria, doenças dos olhos, dor de cabeça, dor muscular, erupção cutânea, esclerose múltipla, estimulante do crescimento, ferimentos externos, gripe, hipertensão, hidratar a pele, infecção de pele, inflamação em geral, inflamação intestinal, insônia, queda de cabelo, queimaduras do sol e do fogo, reumatismo, rins, seborréia, tuberculose, úlceras pépticas e estomacais.
Modo de usar:
Uso interno:
Resina, polpa, tintura e suco das folhas: antiinflamatória; analgésica; anti-séptica; emoliente; adstringente; colerética; vulnerária e anticancerígena;
Suco fresco: anti-helmíntico;
Gel ou sumo de aloés: Toma-se 1 2 colherada, 3 ou 4 vezes ao dia, dissolvida em água ou suco de frutas. Normalmente, toma-se com as refeições.
Em caso de úlcera gastroduodenal, recomenda-se tomar meia hora antes de cada refeição, e antes de se deitar para dormir.
Resina (deixa-se as folhas penduradas com a base cortada para baixo por 1 ou 2 dias, esse sumo é seco ao fogo ou ao sol. Quando bem seco, pode ser transformado em pó): 0,1 a 0,2 g dissolvido em água com açúcar, como laxante;
Uso externo:
Cataplasma 3 vezes ao dia: queimadura;
Tintura (50 g de folhas descascadas, trituradas com 250 ml de álcool e 250 ml de água. Coar em seguida): usar em compressas e massagens em contusões; entorses e dores reumáticas.
Folha; seiva e polpa: queimadura, antioftálmica, entorse, contusão, hemorróida, dor reumática e queda de cabelo.
Contra-indicações: Não deve ser utilizado durante gravidez e amamentação, durante a menstruação. Ter muito cuidado com uso interno, pois em doses acima do normal podem provocar nefrites. O uso externo deve ser preferido. O uso externo da polpa ocasionalmente pode ressecar excessivamente a pele, neste caso é também contra-indicada para tratamento de doenças cutâneas. Em doses elevadas podem ocorrer desmaios, hipotensão, hipotermia e nefrite.
Uma de cada 200 pessoas aproximadamente, é alérgica ao aloés. Se, poucos minutos depois de espalhar umas gotas de sumo de aloés sobre a pele das costas e aparecer uma ligeira mancha é sinal de alergia ao aloés, o usuário deverá recorrer a outro tratamento.
Outras observações e um pouco de história
Seria bom que pudesses conquistar a ilha de Socotra, lá no oceano Indico – diz Aristóteles ao seu discípulo, o grande imperador e conquistador Alexandre, o Grande.
– Ali abundam as palmeiras tamareiras, o incenso e, sobretudo, o aloés, que nessa afortunada ilha cresce por toda a parte.
– Aprecio as tâmaras e o incenso; mas diz-me, mestre Aristóteles: para que queres as plantas do aloés? – Majestade, nós, os botânicos, médicos e sábios desta nobre cidade de Atenas, chegamos a conclusão de que não existe melhor cicatrizante do que o gel de aloés. Os soldados dos nossos exércitos, que cairem feridos em combate, encontrarão no aloés o melhor dos seus remédios.
– Isso interessa-me muito, Aristóteles. Quero que os meus soldados disponham dos melhores tratamentos. Mas. diz-me: como tendes chegado â conclusão de que o afoés é tão bom cicatrizante?
– Pois é muito simples, Majestade. Observamos que, quando se corta uma das suculentas folhas do aloés, se produz uma rápida cicatrização da sua própria superfície, cuja finalidade é evitar que se perca o precioso suco que contêm. A lógica natural diz-nos que, se a planta é capaz de regenerar eficazmente a superfície danificada das suas próprias folhas, também atuará cicatrizando as feridas dos seres humanos que estejam em contato com elas.
Sabemos hoje que o aloés pertence ao grupo das plantas, caracterizadas por fecharem as suas folhas logo que se produza qualquer corte ou ferida nelas. Deste modo evitam a perda de água. O aloés foi aplicado para sarar as feridas de muitos ao longo da história, soldados gregos, gladiadores romanos e guerreiros de diversos impérios foram tratados com aloés. Houve também um soldado muito especial, que cerca de quatro séculos depois de Aristóteles e de Alexandre, o Grande, morreu em pleno campo de batalha, domo se fez com outros, também a ele se aplicou aloés sobre o seu corpo ferido e magoado, ainda que já depois de mento. Referimo-nos a Jesus Cristo, o libertador e salvador da humanidade, um lutador infatigável contra o mal, de quem se disse que “pelas suas feridas fomos sarados” (S. Pedro 2: 24). O corpo de Jesus foi tratado com aloés e mirra, segundo relata o capítulo 19 do Evangelho segundo S. João.
Resumidamente podemos ainda elencar de forma geral todos os efeitos farmacológicos de mais essa maravilha da natureza
– Efeito laxante a Aloina é um purgante potente e sua ação é no cólon, ativando a mucosa, por isto, pode ser sob a forma de enemas.
Efeito antineoplásico – Extratos alcóolicos de aloes demonstraram atividade citóxica “in vitro” ao serem adicionados a cultura de células, a a erva foi testada em alguns tipos de câncer;
Efeito cicatrizante – Em diversos estudos clínicos e em animais de laboratório, o aloes tem demonstrado atividade antiinflamatória local e cicatrizante. Em úlcera de conjuntiva artificialmente induzida em coelhos. A administração local de solução a 10% de aloes diminui o tempo de cicatrização aos controles. Resultados animadores foram também obtidos com laceração cutâneas provocadas em ratos. Com queimaduras, sérias clínicas como trabalhos experimentais demostraram maior velocidade de cicatrização após a aplicação local de pó da erva;
O Aloes inibe a produção de histaminas no estômago, o que proporciona a redução da produção de ácido. (É este o efeito de muitos medicamentos.) Esta planta permite a cura e protege da ação do ácido além de impedir o crescimento da H. pylori;
Efeito colagogo – O aloes administrada a cachorros anestesiados aumenta o fluxo de bílis, sendo o efeito de duração longa;
Efeito anestésico – Extratos de aloes contendo saponinas, antraquinonas e esterois demonstraram atividade analgésica em camundongos;
Efeito hipoglicemiante – Em vários estudos em humanos e animais de laboratório, a administração do aloes reduziu os níveis plasmáticos de glicose.
- Nome: ALFAFA
Nome cientifico: Medicago sativa
Parte utilizada: Toda a planta
Propriedades terapêuticas: Aperiente, depurativo, digestivo, energético, nutritivo, protéico, reconstituinte do organismo.
Indicações: afecção nervosa, cistite, convalescença, escorbuto, estimula a evacuação, lactação, rins e úlcera.
É usada como alimento humano, seu brotos, devido ao seu alto teor proteínico e por ser um alimento de baixa caloria e agradável sabor. Pode ser usada na forma de saladas ou sopas
Modo de usar:
Infusão geral: 2 colheres de sopa ou até 30g por litro de água. Tomar de 2 a 4 xícaras de chá por dia.
Sumo fresco: Um copo, tomado de manhã, constitui um excelente tônico.
O Extrato seco: 0,5 a 1g por dia.
Outras observações:
A alfafa (Medicago sativa) é uma leguminosa perene de origem asiática, transportada inicialmente para a Grécia e depois para a Europa Central. Foi introduzida no Brasil pelos espanhóis, sendo, hoje, cultivada em boa parte do país. A planta é forrageira e dura vários anos, renasce depois de ser cortada e chega a atingir 70cm de altura. Suas flores são miúdas e de cores amarela e violeta e quando coberta delas, adquire uma bela aparência, se constituindo numa bonita planta ornamental.
Foi a primeira espécie forrageira a ser domesticada, devido a sua boa adaptabilidade aos mais diferentes tipos de clima e solo fez com que se tornasse conhecida e cultivada em quase todas as regiões agrícolas do mundo e é considerada a “rainha das forrageiras” pelos norte-americanos, devido ao seu elevado valor nutritivo e por produzir forragem tenra e de boa palatabilidade (os animais a absorvem com certa facilidade). Tem de duas a quatro vezes mais proteína bruta do que o trevo-branco (Trifolium repens) e a silagem de milho (Zea mays), além de ser mais barata.
Que sorte tem os animais, de lhes darem alfafa para comer! Desde os tempos mais remotos, os animais têm desfrutado das vantagens dessa nutritiva planta, enquanto os humanos a desprezam, por a considerarem pouco refinada para aparecer nas suas mesas.
Graças à moderna química, conhecem-se hoje as excelentes propriedades dessa humilde planta.
Os brotos tenros germinados da alfafa são muito ricos em cálcio (500 mg por 100 g, o triplo do que existe no leite), fósforo, provitamina A em forma de betacaroteno, vitaminas C, B e K, enzimas, aminoácidos essenciais e outros nutrientes, além de fibra vegetal.
Por isso, a alfafa possui propriedades remineralizantes, tonificantes, de proteção contra as infecções.
E especialmente indicada em caso de:
• anemia por deficiências vitamínicas ou minerais;
• raquitismo e desnutrição;
• úlcera gastroduodenal;
• dispepsia e fermentações intestinais pela sua riqueza em enzimas;
• prisão de ventre, pelo seu conteúdo em fibras;
• hemorragias nasais, gástricas e uterinas.
Recordamos que qualquer perda de sangue anormal deve ser objeto de consulta médica.
- Nome: Melão de São Caetano
Nome científico: Momordica charantia- L.
Parte Utilizada: Futos, hastes, folhas e arilo das sementes
Propriedades terapêuticas: adstrigente, adstrigente da cútis, afrodisíaca, aperitiva, estomáquica, anti-helmíntica (frutos, anti-hemorroidário, antidiabética, antimicótica, antifebrífugo, antivenéreos (frutos cozidos), antileucorréico, anti-reumático, cicatrizante (folhas), colerética. Depurativo do sangue, emenagoga, emético (folhas), emoliente, estomáquico, febrífuga, hemostáticos (frutos maduros), hipotensora, hipoglicêmica (folhas), laxante, purgativo (folhas).
Indicações: afecções biliares, catarata, cólicas abdominais, colite, cravos, dores de ouvido, dor reumática, escabiose, enxaquecas, febre, fígado, hemorróidas (especialmente a raiz, infecções da pele, irrigação vaginal, leucorréia, malária, menstruações difíceis, mordida de cobra, picadas de insetos, problemas gástricos, pruridos, queimaduras, resfriado, úlceras malignas e vermes
Contra indicações: gestantes, nutrizes e crianças, as sementes contém compostos tóxicos, não devendo ser ingeridas em grandes quantidades
Modo de usar
Infusão geral: 10 g de folhas ou duas colheres de sopa por litro de água, beber de 3 a 4 xícaras por dia
Infusão mais concentrada indicada nos casos de picadas de insetos, pruridos e úlceras malignas
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome: Abobora
Nome científico: Cucurbita máxima
Dentro do mesmo gênero de plantas desse gênero – Cucúrbita – temos 27 espécies que são rasteiras ou trepadeiras, anuais e perenais, nativas na América tropical e subtropical. São conhecidas como abóboras e têm propriedades medicinais equivalentes.
A Cucurbita maxima é originária do Peru e chegando à Europa depois da conquista espanhola em 1532. Também conhecidas como abóboras são a Cucurbita moschata, que pode ter-se originado no México, mas era conhecida desde 5.000 anos atrás nas Américas do Sul e Norte, e Cucurbita pepo que é mexicana de origem, mas cresce na América do Norte meridional há mais de 8.000 anos. O uso de sementes de abóbora na medicina chinesa data do 17º século.
As partes usadas são as sementes que são retiradas dos frutos completamente maduros e postas a secar rapidamente ao sol. Contêm até 50% de óleo, albuminas, um glicosídeo, a cucurbitina, uma resina, minerais, especialmente zinco que é útil no tratamento da próstata aumentada e outras substâncias ainda desconhecidas. Continuam a ser um meio de combate sempre atual contra os parasitas intestinais. Como um remédio para parasitas intestinais, as sementes de abóbora são menos potentes que Driopteris filix-mas (samambaia), mas é mais seguro para mulheres grávidas, pacientes debilitados e crianças. As sementes são consumidas cruas, sem casca, na dosagem de 200 a 250 sementes para adultos e de 50 a 100 sementes para crianças. Não provocam qualquer efeito irritante secundário. Usa-se, por vezes, para os mesmos fins, uma decocção de sementes de abóbora com óleo de rícino.
Além de água, as abóboras-porqueiras contêm também açúcares, albuminas, gorduras, vitaminas e muitas substâncias minerais. São consumidas sob a forma de compota ou marmelada. O suco fresco é diurético, e o seu consumo recomenda-se no caso de afecções renais. As sementes também são consumidas assadas e adicionadas ao pão. A abóbora é também uma boa planta polinífera e melífera, tanto mais que a sua floração é prolongada.
A cucurbilacina contida nas pevides de abóbora atua em particular sobre a próstata, desinflamando-a e travando a sua hipertrofia (crescimento excessivo).
Isto deve-se ao fato de que a cucurbilacina bloqueia a divisão das células glandulares da próstata (ação antimitótica), processo com o qual trava o crescimento desta importante glândula. O doutor Klein, médico vienes, observou que, na Transilvânia a hipertrofia prostática era uma doença quase desconhecida. Um colaborador de Klein chegou á conclusão de que isso se devia provavelmente ao fato de que os habitantes dessa região do Centro da Europa consumiam grandes quantidades de sementes de abóbora. No entanto, há a considerar que embora as sementes da abóbora possam travar o crescimento da próstata, e com isso aliviar os incômodos citados, em nenhum caso podem fazer desaparecer o crescimento excessivo já Formado,
Segundo Rondale, o efeito benéfico para a próstata, do consumo destas sementes, pode dever-se a sua riqueza no oligoelemento zinco, e nos ácidos
gordos linoleico e oleico, a que alguns chamam impropriamente vitamina E.
- Nome: Camomila
Nome científico: Matricaria chamomilla L./syn
Parte Utilizada: Capítulos florais.
Nomes Populares: Camomila – comum, camomila vulgar, camomila legítima
É uma planta herbácea anual com caule ereto, ramificado, apresentando algumas folhas divididas. No cimo do caule aparecem capítulos isolados com receptáculo arqueado e oco, flores tubulosas amarelas e liguladas, brancas na periferia. O fruto é um aquênio. Espécie sobretudo européia, asiática e norte-americana, largamente cultivada e melhorada devido às suas enormes virtudes medicinais. Entre as variedades regionais tradicionais, entre as quais a camomila de origem tcheca tem um lugar de primeiro plano (Flores chamomillae bohemicae), desenvolvem-se cada vez mais cultivares tetraplóides e outros que contêm elevadas percentagens de compostos ativos.
São colhidos os capítulos três a quatro vezes por ano, quando o tempo está bom. Os capítulos são secados em camadas finas, à sombra, num local bem arejado, ou num secador a uma temperatura máxima de 35°C. Contêm até 1% de óleo essencial, azul claro após destilação (azuleno, camazuleno), bisabolol, farneseno, flavonas (pigmentos amarelos), glicosídeos cumarínicos e um grande número de outras substâncias ativas.
Indicações terapêuticas: Os capítulos de camomila têm um efeito anti-inflamatório, desinfetante, diaforético e lenitivo. É uma das plantas medicinais mais freqüentemente usadas, sobretudo em medicina infantil. A infusão, na dose de uma colher de sopa de flores secas por litro de água, é usada em caso de gripe (sudorífero e calmante), de perturbações gastrintestinais ou de diarréias. A sua ação desinfetante é particularmente interessante nas inflamações das vias urinárias. Em aplicações externas, a camomila serve para preparar compressas e banhos para feridas de cura difícil.
Para esses fins medicinais, a única parte que se aproveita desta herbácea é a flor. Seu chá é utilizado para combater diversos problemas de saúde:tem ação antiinflamatória, alivia as cólicas, é calmante, relaxante, combate a insônia e a acidez do estômago. Isto porque ela protege as mucosas do sistema digestivo. Sob a forma de compressas sobre os olhos, o chá de camomila funciona como um calmante, ajudando a limpar, desinflamar e aliviar a irritação causada pela poluição. Na estética, ela também presta um importante papel: hidrata a pele e clareia o cabelo.
Costuma-se plantar a camomila ao redor da casa pois ela simboliza a prosperidade.
Farmacologia: A atividade terapêutica da camomila é determinada pelos princípios ativos lipofílicos e pólos hidrofílicos.
Aspectos Históricos: Os egípcios dedicavam a camomila ao sol e adoravam-na mais do que a qualquer outra erva, pelas suas propriedades curativas.
Na Grécia, a camomila florescia abundantemente, distinguindo-se desde a antiguidade pelo seu aroma peculiar. O nome Matricária deriva do latim “mater” ou talvez “matrix” – útero, por ser utilizada em doenças femininas.
Uso Fitoterápico: No sistema digestivo- em casos de inflamações agudas e crônicas da mucosa gastrintestinal, podendo ser utilizada em casos de colite, cólicas biliares e meteorismos e como auxiliar na reconstituição da microbiota normal.
– Insônia, afecções nervosas, histeria;
– Afecções da pele em geral (feridas, úlceras, etc), inflamações dos olhos, cólicas abdominais com gases, hemorróidas;
– Estomatite, gengivite, aftas;
– Dores de ouvido, nevralgias (sobretudo facial);
– Menstruação dolorosa e excessiva;
– Reumatismo, dores musculares, dores na coluna, dores ciáticas;
– Eczemas, úlceras externas, dermatite;
– Nefrites, pielites, cistites;
– Cólicas abdominais,diarréias , náuseas;
– Gastrite, azia e má digestão;
– Febre intermitente, nevralgia.
– Óleo : É colhido das cabeças das flores da Matricaria reculita, pela extração de solvente ou destilação a vapor.
Aplicações externas e massagens:
– Calmante
– Redutor de estresse
– Dor de cabeça
– Enxaqueca
– Dores em qualquer parte do corpo
– Problemas do fígado
– Inalações como imunoestimulante, calmante e relaxante.
Uso como fitocosmético:
– Preventivo de rachaduras de peles sensíveis e secas;
– Adstringente, calmante, bom para feridas;
– Para clarear os cabelos;
– Males do couro cabeludo;
– Antiinflamatório da pele, nos casos de acne e queimaduras do sol.
– Óleo: contra acne,alergias,calmante para inflamações da pele ( bom para hiperalergia e/ou hipersensibilidade).
Contra indicações: Deve ser usada com cautela por gestantes, pois há indicações de que possua ação emenagoga. Alguns autores citam que se deve ter muito cuidado ao usar o infuso evitando o contato com os olhos.
– Pode desenvolver dermatite de contato ou fotodermatite em pessoas alérgicas a outras plantas da família Compositae( Asteraceae).
-Deve ser evitada por mulheres grávidas ou em período de lactação.
Uso Interno:
– Pó: 2 a 8g, três vezes ao dia.
– Infusão a 5%: 2 a 3 xícaras ao dia, entre as refeições.
Uso Externo:
– Extrato fluido: 5mL em 250mL de água.
– Infusão: embebido em algodão ou gaze para compressas.
– Óleo: aplicações externas e massagens.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome: Funcho
Nome cientifico: Foenicolum vulgare Mill
Nome Popular: Erva – doce, fiolho de florema, fiolho doce, erva – doce – de – cabeça, funcho – doce.
Parte utilizada: Folha, fruto, raiz e semente
Propriedades terapêuticas: Aromático, carminativo, sedativo, emenagogo e curativo.
Indicações : O chá das folhas e sementes é digestivo, favorece a secreção do leite materno.
O funcho é originário da região do Mediterrâneo, norte da África e oeste da Ásia. Também conhecido como anis-doce ou maratro, foi introduzida no Brasil pelos primeiros colonos europeus, tamanha a importância medicinal que lhe atribuíam. De caule ereto, ramoso, dá pequenas flores amarelas e pode chegar a 2m de altura. Existem várias espécies e variedades de funcho, cujas sementes variam muito de sabor. É muito confundido com o anis, porque ambos recebem, em diferentes regiões, o nome de erva doce.
Indicações e Usos: Suas folhas são muito ricas em fibras (material importante para o bom funcionamento intestinal) e podem ser consumidas como verdura, em saladas cruas; contém boa quantidade de vitamina C, cálcio, fósforo e ferro, e doses menores de vitamina B. As folhas do funcho têm uma ação especial sobre as secreções das glândulas, notadamente sobre a formação de leite. Estimula a digestão impedindo a formação de gases intestinais. Considerada uma verdura “leve”, é indicada em todos os processos inflamatórios do estômago e intestinos. Também tem uma ação diurética. Suas sementes – que chamamos equivocadamente de “anis” – têm sabor doce, quase picante, e são muito usadas em bolos, doces, pães e licores. O chá das sementes tem um suave efeito expectorante (elimina catarros e secreções), combate cólicas e gases e ativa a formação do leite materno. No período da amamentação, esta erva estimula a produção de leite. Mastigar sementes de funcho perfuma o hálito.
Aspectos Agronômicos: O funcho se propaga pela semente, a qual normalmente é plantada no local definitivo da cultura.
Ele não deve ser cultivado perto de Coentro pois estas duas plantas se cruzam com facilidade e resultam em sementes de péssimas características aromáticas e sem as qualidades medicinais necessárias.
Era uma das nove ervas sagradas para os Anglo – Saxões, devido aos seus poderes contra o mal. Além disso, tem propriedades curativas. Em 812 d.C., Carlos Magno declarou que o funcho era essencial em qualquer jardim imperial.
Contra-indicações: não usar na gravidez e em asmáticos com forte tendência alérgica.
Uso Fitoterápico: Tem ação: carminativo, antiespasmódico, tônico, galactogogo, expectorante, emenagogo, estomáquico, estimulante, purificante, antiinflamatório, rubefasciente, aromático.
Indicado em:
-dores musculares e reumáticas;
-anorexia;
-bronquite e tosses;
-distúrbios urinários;
-problemas oculares: conjuntivite, inflamações;
-distúrbios digestivos: dispepsias, flatulências, cólicas, diarréias, azia, vômitos.
-estimulante de secreção láctea.
-males dos rins.
Farmacologia: Devido aos óleos voláteis que contém, atua no aparelho digestivo, relaxando a musculatura estomáquica, aumentando o peristaltismo intestinal e reduzindo a produção de gases.
Favorece a secreção brônquica, removendo o excesso de muco do aparelho respiratório. Age prevenindo espasmos e cólicas do organismo. Estimula as funções biológicas. Seu teor em sais de potássio conferem-lhe propriedades diuréticas. Favorece a secreção láctea, sendo muito útil na amamentação.
Estimula a dilatação dos capilares, aumentando a circulação cutânea. Em altas doses estimula o fluxo menstrual.
Uso Interno:
Extrato fluido em 70% de álcool: 0,8 a 2ml três vezes ao dia.
Infusão das sementes: 10g em 1 litro de água fervente. Tomar 3 a 5 xícaras ao dia.
Pó: 0,5 a 1,0g, três vezes ao dia.
Tintura: 1 a 5mL por dose.
Essência: 1 a 10 gotas em solução alcoólica, 2 vezes por dia.
Raiz: decocção: 25g em 1 litro de água. Tomar 3 xícaras ao dia, no tratamento de gota.
Vinho medicinal (tônico): macerar por dez dias 30g de sementes em 1 litro de vinho. Coar e tomar 1 cálice antes dormir.
- Nome: Manga
Nome científico: Mangifera indica L.
Propriedades terapêuticas: adstrigente, balsâmico, diurético, expectorante
Indicações: afecções das vias respiratórias, anemia, asma, bronquite, catarro crônico, contusão, coqueluche, diarréia, dispepsia, doença gastrointestinal, escorbuto, estomatite, febre, gengivite, sarna, tosse, tuberculose e verminoses. Rica em vitaminas, ajuda o sistema imunológico.
Modo de usar
Decocção: As folhas novas são tidas como antiasmáticas e dão um excelente peitoral, que se usa contra a bronquite. Bebe-se com mel de abelhas. Usa-se o decoto no enxague da boca em caso de infalmações da gengiva.
A casca do tronco é usada, em decocção, contra as afecções febris. Tomam-se duas xícaras por dia.
Xarope – com polpa e mel ou infusão de folhas adoçadas com mel. A resina da planta da manga contém um óleo essencial – a terebintina – que, dissolvida em um copo de água fervente, é eficaz para bronquites. Não pode ser usado por diabéticos.
A polpa contém um pouco desta substância que ajuda a pele a ficar hidratada e macia. O caroço seco e moído, tomado com água, elimina os vermes intestinais e evita corrimentos vaginais.
A polpa serve para fazer molhos picantes e picles, mas somente com a manga verde. A madura pode ser usada para doces e sorvetes.
Que tal um sanduíche de manga? Corte a fruta pela metade em sentido longitudinal, retirando o caroço. Misture sorvete, um copo de água, açúcar mascavo ou mel, e recheie esta cavidade. Leve ao congelador (por aproximadamente meia hora). Dá para quatro pessoas ou para uma pessoa gulosa.
Na Índia, faz-se com a manga uma bebida chamada panna. Espreme-se a polpa da manga e mistura-se com sal, melaço e cominho.
Contra indicação: Os diabéticos podem consumir, porém com cautela, sem abuso, a manga contém considerável nível de glicose (frutose) que, em grande quantidade, pode ser prejudicial.
Outras observações: Apreciada pelos reis do mundo antigo, esteve na mesa de muitos monarcas, desde a rainha Vitória, da Inglaterra, até o reinado de seu filho Eduardo VII. A manga também teve seu lugar de honra na Europa, onde Alexandre Magno foi um dos primeiros a experimentála e a propagar seu sabor pela Europa.
Oriunda do Paquistão, hoje existem mais de mil espécies diferentes de manga. A maioria delas é encontrada na índia, onde a fruta é considerada o “principal alimento dos pobres”. Integrada à mitologia indiana e associada ao hinduísmo, foi sempre usada nos cultos de adoração a Saraswati, deusa da sabedoria e das artes indianas. Cada mangueira pode atingir 15 m de altura e dar até 4 milhões de flores. Seu tronco pode chegar a 2 m de circunferência.
Se todas as flores descem frutos, os seus galhos chegariam ao chão. Mas assim mesmo uma só árvore pode produzir em sua vida 35 mil frutos. A maturação deste fruto leva em torno de 120 dias. Suas folhas têm coloração verdeclara, escurecendo sua tonalidade mais tarde.
Chegou ao Brasil através dos navegantes portugueses, na época do descobrimento. Hoje o Brasil é o segundo maior produtor desta fruta.
A manga é rica em vitamina A, deixa a pele saudável e é benéfica para a visão.
Inúmeras são as variedades de mangas coloridas e aromáticas todas são deliciosas ao paladar: E repleta de nutrientes, vitaminas e fibras.
A manga é rica em nutrientes. Na casca do fruto há grande quantidade de taninos, que possuem propriedades adstringentes, anti-sépticas e tonificantes. Contém as seguintes vitaminas: A, que evita a cegueira, protege contra formação do câncer, retarda o processo de envelhecimento e aumenta a imunidade; B 1; B 2 e B 5, que ajudam a manter a saúde dos nervos; da pele, a tonalidade muscular do aparelho gastrointestinal, além de ser uma ótima combinação de antioxidantes, de fácil digestão e vitamina C que previne o câncer e aumenta a imunidade.
Entre os minerais destacam-se: potássio, importante para o perfeito batimento
cardíaco e controle do excesso de menstruação; além de ser indicado para os atletas, que perdem muito potássio devido ao stress e também para diabéticos; – fósforo, que ajuda na conversão de alimentos em energia; cálcio, que é ótimo pára os ossos e dentes, para o controle dos batimentos cardíacos e no combate a osteoporose. Contém muitas fibras que, além de ajudar a diminuir o nível de colesterol e a estabilizar o nível de açúcar no sangue, têm grande importância nos movimentos do intestino, evitando a prisão de ventre.
É excelente depurativo do sangue e ajuda a evitar a acne. Também é indicada para prisão de ventre, tosse rebelde, problemas respiratórios, asma e bronquite, hipertensão e diabetes.
Manga com leite faz mal? Os “coronéis”, donos de enormes fazendas, que usavam os escravos negros para todas as espécies de tarefas, tinham bastantes mangueiras (alimentos naturais dos escravos). Para evitar que os escravos tomassem leite, alimento muito valioso na época, usado para fazer requeijão, manteiga, etc… espalhou-se que manga com leite matava.
- Nome: Hibiscus
Nome: Hibiscus sabdariffa L.
Parte utilizada: folhas, flores.
Propriedades terapêuticas: Demulcente, colerética, hipotensora, diurética, colerético, laxante, antiespasmódica, adstringente, expectorante, protetor da mucosa estomacal, digestivo, laxante suave, e fluidificante do suco biliar.
Indicações: dieta de emagrecimento, fortalecimento dos cabelos, espasmo gastrintestinal, cólica uterina, má digestão, gastrenterite, hipertensão, constipação intestinal, falta de apetite, ativar a excreção da urina, infecções da pele, varizes, hemorróidas.
Modo de usar:
Infusão geral: 3 colheres de flores, por cada litro de água. Adoçar com mel e beber a gosto, como refresco;
– saladas, cruas ou refogadas, geléias, sucos;
– chá das flores ou folhas;
Digestivo estomacal; refrescante intestinal; diurético; protetor da mucosa, em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de flores picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, de 1 a 3 vezes ao dia. Podem ser acrescentadas algumas gotas de limão.
Geléia de flores, em um pilão, coloque 5 colheres de sopa de flores frescas e amasse bem até adquirir uma consistência pastosa. Em seguida,adicione 3 colheres de sopa de açucar cristal. leve a o fogo brando e deixe em fervura, mexendo sempre com uma colher de pau, para não grudar no fundo da panela. Quando adquirir o ponto de geléia, desligue o fogo e, ainda quante, acondicione em vidros até a boca e tampe. Espere esfriar e armazene em geladeira. Utilize como geléia no desjejum.
Contra-indicações: pessoas em tratamento de desintoxicação etílica não devem utilizar tintura alcoólica.
- Nome: Algodão
Nome científico: Gossypium herbaceum L
Partes utilizadas: Toda a planta
Propriedades terapêuticas: catarro, desinterias, diarréia, dismenorréia, distúrbios do climatério, dores musculares, estancar hemorragias, ferida, furúnculo, hemorragia, inchaço, infecções renais, inflamação, menorragia, metrorragia, queimadura, queimaduras, restaurar o fluxo menstrual, síndrome pré-menstrual, trabalho de parto.
Modo de usar:
Infusão: 10 gramas em 1 litro de água; 4 a 5 xícaras por dia
Folhas e flores: Empregam-se, por infusão, para os seguintes casos: catarros, disenteria, diarréia, enterite. O sumo das folhas cura feridas. As folhas machucadas, postas sobre queimaduras, proporcionam alívio imediato.
Sementes: Preparadas por infusão, são úteis na amenorréia e dismenorréia.
Óleo, extraído das sementes: massagem de articulações e músculos para aliviar dores, furúnculo, ferida da pele.
Raiz: A casca da raiz fresca, por decocção, pode ser empregada nas afecções das vias urinárias, para restaurar o fluxo menstrual, estancar hemorragias, síndrome pré-menstrual, distúrbios do climatério, afecções das vias urinárias, digestão, doenças da pele (espinhas, cravos, dartros e boubas), amenorréias, dismenorréias, inflamações e dores do útero e do ovário, retenção de placenta, provocar contrações uterinas;
Tem propriedades diuréticas. Pelo seu poder e contratilidade das fibras musculares lisas, produz contrações uterinas.
Tem igualmente boa ação hemostática, pelo que se emprega nas metrorragias.
Contra indicações: Deve ser evitado durante a gravidez
Outras observações:
O algodão é a fibra de maior relevância na produção têxtil mundial, por volta de 47% dos têxteis do mundo contém algodão, segundo dados da Organic Exchange. O algodão é conhecido como uma fibra natural porque vem do cultivo da terra, após o plantio da semente e o desenvolvimento da planta, nasce uma flor cuja cor varia entre os tons de branco, amarelo, vermelho e roxo. Depois vem o fruto, chamado de maçã ou capulo que, quando amadurece, sua casca, que tem a forma de uma estrela de cinco pontas, abre e revela a pluma. É quando se vê as lavouras repletas de brancos pontos ou, no caso do algodão colorido, em cores.
Apesar de o algodão ser considerado uma fibra natural, sua produção é a cultura que mais polui a natureza, pois é a maior consumidora mundial de agrotóxicos que são substâncias químicas, derivadas do petróleo, que poluem o solo, o ar, a terra, a biodiversidade e contaminam a saúde dos agricultores e dos consumidores. Estudos recentes indicam que são utilizados 160g de agrotóxicos para produzir algodão suficiente para confeccionar uma camiseta que pesa 250g.
O Brasil está entre os 5 maiores consumidores de agrotóxicos do mundo
- Nome popular: Alfavaca, Alfavacão, Manjericão
Nome científico: Ocimum basilicum L.
Parte utilizada: folhas, flores, raízes, Óleo essencial, sementes.
Indicações terapêuticas: Digestivo, antiespasmódico gástrico (reduz contrações musculares involuntárias), galactógeno (produção de leite), béquico (acalmador da tosse) e anti-reumático. analgésica, anti-febril, anti-séptico, aperiente, aromática, aromatizante, calmante, carminativa, estimulante digestivo, estimulante, estomacal, expectorante, excitante, hidratante, relaxante, revigorante, sedativo, sudorífera, tônica
Indicações: Indicações: afta, amigdalite, angina, antraze, aumentar a lactação, bico do seio rachado, bronquite, cabelo, cãibra do estômago, catarro, cólica, debilidade de nervos, dispepsia, doença das vias respiratórias, dor de cabeça nervosa, dor de garganta, enxaqueca, espasmo, espinha, estagnar o sangue, febre, ferida, flatulência, fraqueza, frieiras, furúnculo, garganta, gases, gastrite, gripe, infecções intestinais, dos rins e do estômago, insônia, intestino, pele, picada de inseto, problemas digestivos, resfriado, reumatismo, rins, tosse, tuberculose pulmonar, vermes, vias aéreas, vômito.
Modo de usar:
Infusão de 2 colheres de sopa de folhas e inflorescências picadas em 1 litro de água fervente. Tomar 3 xícaras do chá morno por dia;
É recomendado para problemas digestivos em geral na forma de infusão, antes das principais refeições. Recomenda-se este mesmo chá adoçado com 1 colher (de sobremesa) de mel para problemas das vias respiratórias;
Uso externo: O chá infuso morno, usado em bochechos: aftas, estomatite, males da boca; em gargarejos: amidalite, faringite, laringite, etc.;
Cataplasma : folhas amassadas sobre a ferida;
Chá das folhas ou sementes em maceração: compressas sobre o bico dos seios rachados durante a lactação;
Tintura: macerar 20g de folhas frescas em 80 ml de álcool de cereais por uma semana. Usar 30 gotas em 1 copo de água 2 ou 3 vezes ao dia;
Brotos podem ser consumidos como salada;
Oleo essencial na culinária (em molhos, carnes, peixes, frangos, omeletes e saladas) e repelentes de insetos;
Com a raiz prepara-se um xarope para combater a tuberculose pulmonar.
Contra indicações: Aconselha-se sua utilização na gestação apenas sob supervisão médica tendo em vista eventuais reações alérgicas.
Outras observações: Subarbusto anual, com forte aroma, de 30 a 50 cm de altura. É muito cultivada em quase todo o Brasil em hortas domésticas para o uso como condimento culinário e medicinal, sendo inclusive comercializada na forma fresca em supermercados. Existem também alguns com folhas arroxeadas.
É uma erva aromática, restaurativa, que alivia espasmos (contrações musculares involuntárias), baixa a febre e melhora a digestão, além de ser efetiva contra infecções bacterianas e parasitas intestinais.
Seu chá é considerado estimulante digestivo, antiespasmódico gástrico (reduz contrações musculares involuntárias), galactógeno (produção de leite), béquico (acalmador da tosse) e anti-reumático
- Nome: Bétula
Nome científico: Betula alba L.
Parte utilizada: folhas jovens, casca da árvore, seiva e óleo essencial
Propriedades medicinais: adstrigente, colerético, colagogo, depurativo, diaforético, diurético, dor astrítica moderada, dor muscular, febrífuga, gota, infecções do sistema urinário, reconstituinte, resolutivo, reumatismo, sudorífico, tônico geral.
Indicações: Acido úrico, cálculos renais, calvicie, caspa, celulite, cistite, colesterol, dores, febre, gota, insônia, problemas de pele, seborréia e triglicérides.
Modo de usar:
O Infusão de 20 a 40 g de folhas e/ou cascas por litro de água. Pode-se tomar até um litro por dia.Como se torna um pouco amarga, convém adoçá-la com mel ou açúcar escuro. A adição de uma grama de bicarbonato de sódio aumenta a eficácia do chá de bétula, pois os seus princípios ativos dissolvem-se melhor num meio alcalino
Infusão de uma colher de sopa de folhas jovens picadas em em ½ xícara de água quente;
Infusão de 60 g de casca por litro de água. Deixar repousar, tampado por 30 minutos. Tomar 3 xícaras ao dia: cálculos renais, insônia.
Calvicie – infusão ou suco fresco de folhas jovens;
Uso externo: caspa, seborreia, dor muscular, problemas de pele.
Receita com bétula para celulite
Pela manha faça massagem na área afetada com óleo de coco durante 10 minutos;
Beba 3 xícaras de infusão de folhas e casca de bétula durante o dia;
Prepare uma decocção de folhas de hera, fazendo-a ferver em fogo lento durante 15 minutos; deixe repousar e arrefecer. Coe o preparado e embeba panos de algodão no líquido. Aplique-os sobre a área afetada durante 10 minutos. Tome um banho rápido e enquanto o fizer, massgeie novamente a área. Depois do banho, faça um passeio curto a passo acelerado.
- Nome: Quina Amarela
Nome científico: Cinchona calisaya Wedd
Partes utilizadas: folhas, casca da raiz, casca dos ramos, casca do tronco
Propriedades terapêuticas: adstrigente, antimalárica, aperiente, bactericida, cicatrizante, digestiva, estomáquica, febrifuga, fungicida, tônica e vulnerária
Indicações: adstrigente para a garganta, convalescência, coração, diarréia, desinteria, dor de dente, dor de garganta, estimulante do apetite, fadiga geral, febre, hemorróidas, problemas urinários, prisão de ventre, malária, prevenção de gripe e resfriado, palpitações do coração, sarna e sarampo.
Modo de usar:
Infusão com meia colherzinha (de café) de casca de quina triturada ou reduzida a pó por cada xícara de água. Toma-se uma xícara antes de cada refeição, sem exceder a 4 xícaras por dia;
Infusão de folhas para problemas urinários;
Infusão de folhas e casca indicado em febres, dor de dente, sarampo, malária, estimulante do apetite, fadiga geral, diárreia, desinteria, dor de garganta, prevençao de gripe e resfriado, palpitações do coração, funções cardíacas, hemorróidas;
Decocção das cascas para convalescência;
Uso externo
Folhas esfregadas contra o corpo em caso de sarna;
Folhas e casca como adstrigente para a garganta e para queda de cabelo.
Contra indicações: gestantes e crianças
Outras observações: A quina é uma autêntica riqueza nacional para os países andinos da América do Sul. Crê-se que os Incas já conheciam as suas extraordinárias propriedades febrífugas desde tempos muito antigos, mas que as mantiveram em segredo para que os conquistadores espanhóis ficassem debilitados pela malária. Designam-se com o nome de quinas as várias espécies de árvores do género Cinchona, da família das Rubiáceas. Conhecem-se umas 18 espécies Todas as espécies de quina, exceto a quina-vermelha, têm as mesmas propriedades. As variações entre umas e outras devem-se a sua diferente concentração de quinina (princípio ativo). Os condes de Chinchou, vice-reis do Peru, quando regressaram a Espanha em 1640, trouxeram consigo da América, um bom carregamento de casca de quina. Devido aos seus espetaculares resultados para baixar a febre e como tonificante, o seu uso estendeu-se rapidamente por toda a Europa, em forma de pós, extratos e cozimentos.
Em 1920, os farmacêuticos franceses Pelletier e Caventou conseguiram isolar os princípios ativos da quina: os alcalóides quinina e cinconina, entre outros. Atualmente, milhões de pessoas em lodo o mundo se beneficiam da quina e dos seus derivados, tanto para a profilaxia (prevenção) individual tomo para o tratamento da malária. O desenvolvimento de outros fármacos antimaláricos, tanto de origem sintética quanto naturais, como a cloroquina e a primacrina, resultaram na diminuição do uso farmacológico da quinina. Entretanto, é ainda o fármaco mais eficiente contra a malária, além de ainda ser utilizado com exito nas zonas rurais, onde acesso aos medicamentos sínteticos ainda é difícil, principalmente nos seguintes casos.
Inapetência: Todas as quinas, mas especialmente a quina-vermelha, têm um acentuado efeito aperitivo e tonificante e são muito digestivas; Cicatrizante: Externamente, a quina é um bom anti-séptico e favorece a cicatrização; também usada em bochechos e gargarejos e estomatite São aplicadas compressas sobre qualquer lipo de feridas;
Como tónico capilar para queda de cabelos, oferece bons resultados tanto que já existem no mercado ampla linha com extrato de quina.
- Nome: Joazeiro (JUÁ)
Nome científico: Ziziphus joazeiro Mart
Partes utilizadas: folhas, frutos, casca e raiz
Propriedades terapêuticas: adstrigente, antiinflamatório, anti-gripal, cicatrizante, desopilante, expectorante, febrifuga, higienizante, sudorífero e tônico capilar.
Frutos: ricos em vitamina C.
Indicações: caspa, febre, gengivite, má digestão, mal do estomâgo, ógãos sexuais, placa bacteriana, crescimento e queda de cabelo e vias urinárias.
Usa-se as cascas do tronco do Juazeiro para baixar a febre. Também é muito utilizado para casos de caspa, queda de cabelo e seborréia. A casca do fruto contém saponina, podendo ser utilizada como sabonete para resolver problemas da pele, para limpeza bucal, cremes e loções.
Modo de usar:
Decocção de folhas e cascas cascas: lavar o couro cabeludo, gargarejo (gengivite etc), males do estômago;
Decocção da raiz: má digestão, febres e problemas nos orgãos sexuais e das vias urinárias;
Frutos consumidos “in natura” ou na fabricação de geléias e doces.
Fitocosmético (fabricação de) shampoos, loções (doenças da pele), produtos de higiene bucal;
Contra indicações: gestantes e crianças. Por conter saponina, a planta é considerada tóxica e deve-se ter cuidado em seu consumo
Outras informações:
O juazeiro é encontrado no Nordeste do país, especialmente na caatinga e campos abertos do polígono da seca. A madeira é empregada em construções rurais, marcenaria, para lenha, confecção de mourões e de carvão. A árvore proporciona sombra, além de possuir qualidades ornamentais, podendo ser empregada com sucesso no paisagismo em geral, especialmente na arborização de ruas e jardins. É uma árvore, encontrada em ambiente natural de caatinga e cerrado, de médio porte, com ramos tortuosos protegidos por espinhos. Entretanto, a espécie se adapta bem a locais mais úmidos, onde torna-se árvore elegante com cerca de 15 metros de altura. Suas folhas assemelham-se às folhas de canela, exceto pelo tom verde mais claro e consistência mais membranácea. Suas flores são pequenas, de cor creme, dando origem a frutos esféricos, também pequenos, de cor amarelada, doces, com uma semente em seu interior.
A árvore é reputada por diversas propriedades medicinais. Entre seus componentes químicos, destacam-se Vitamina C, cafeína, ácido betulínico e saponinas (estas últimas consideradas tóxicas, se em grandes quantidades). O extrato do juazeiro, o juá, é empregado na indústria farmacêutica em produtos cosméticos, principalmente xampus e cremes, bem como em cremes dentais. Frutos comestíveis ao natural ou com geléia. A casca do fruto é rica em saponina, além de ser um excelente tônico capilar para prevenir a calvície e caspa, quando em infusão ou macerada e anti-seborreica. A água do fruto serve para clarear e amaciar a pele. As cascas são usadas no tratamento de dermatoses. O produto da maceração da entrecasca e administrado via oral com propriedade estomacal para tratamento de blenorragia, dispepsia e indigestão. Esta planta tem sido empregada na medicina popular como expectorante, no tratamento de bronquites, tosses e de ulceras gástricas, utilizando, para isto, o xarope da folha.
O juá é uma planta que possui algumas ações farmacológicas, como efeito cardiotonico direto, ação hipotensora, ação relaxante da musculatura lisa da traquéia e outras que podem justificar a base da terapêutica desta planta na medicina popular.
- Nome: Gingko
Nome científico: Ginkgo Biloba L
Propriedades Medicinais: adstrigente (folhas), anti-fungal, anti-helmíntica, antiblenorágica, antiinflamatória, antioxidante, antiplaquetária, bactericida, béquica, cardiontônica, condicionante, tônica, vasodilatadora periférica.
Indicações: Problemas circulatórios e declínios das funções mentais Esse fitoterápico já era usado pelos chineses há milhares de anos. Chamada pelos japoneses pelo nome de Yin- Kuo, que significa fruto de prata, É considerado sagrado pelos budistas, sendo as suas árvores plantadas nas entradas de todos os templos. Envelhecimento celular, perda de memória, varizes, úlceras varicosas, cansaço nas pernas, artrite, isquemia cerebral, combate radicais livres, auxilia na oxigenação cerebral, angiopatias (prevenção), ansiedade, asma, audição (deficiências), promover a sensação de bem-estar-geral, bronquite, câncer, recuperar a capacidade intelectual, cafaléia, batidas irregulares do coração, ácido hialurônico, digestão, enxaqueca, prevençao de isquemia, labirintite, microvarizes, problemas respiratórios, depuração, processos vasculares degenerativos, combater os radicais livres, aumentar a resistência capilar, rinite crônica, vertigens e zumbidos.
Parte utilizada: folhas, frutos e sementes
Modo de usar
Uso interno
Infusão: 2 a 3 colheres de sopa em 1 litro de água – tomar até 4 xícaras ao dia;
-pó das folhas: 600 a 900 mg ao dia, em 3 doses antes das refeições;
-extrato seco: 120 a 10 mg ao dia;
– sementes: asma, tosses e incontinência urinária;
– com Tilia spp. Para desordens circulatórias;
– com Morus Alba para asma e tosse.
Uso externo
É muito usado em fitocosméticos, xampus e sabonetes;
Usar a infusão acima em compressas sobre as mãos ou os pés com problemas circulatórios;
Cataplasmas de folhas esmagadas, sobre a zona afetada.
Outras observações: A Nogueira-do-Japão ou Ginkgo biloba é uma espécie vegetal que combate os radicais livres e auxilia na oxigenação cerebral, dentre
diversas plantas que funcionam na medicina alternativa. É uma das plantas mais conhecida em todo o mundo. A palavra ginkgo tem origem chinesa que significa damasco prateado. A palavra biloba vem do formato bilobado das folhas,bi=duas,lobado=lóbulo. São árvores que atingem uma altura de 20-35 metros. Foi descrita pela primeira vez, por volta de 1690, mas apenas despertou o interesse de pesquisadores após a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos em 6 de agosto de 1945 lançaram a boma atômica sobre Nagasaki e Hiroshima, perceberam que todas as plantas num raio de 120 quilometros devastada pela boma tinham morridos e após algumas semanas , isto em setembro, viram que começou a brotar uma árvorezinha de ginkgo biloba e a formar folhas. Foi a única planta que sobreviveu e desafiou à radiatividade. Suas folhas contêm elementos incríveis como: ácido butanóico, antocianina, bioflavonóides, catequina, Vitaminas do complexo B, pró-vitamina.
A (beta-caroteno), vitamina C (ácido ascórbico), glicosídeos flavonóides (principalmente ginkgobilina, quercetina kaempferol), além de minerais. Ele possui substâncias ativas capazes de melhorar a insuficiência vascular cerebral e periférica e é usado para auxílio ao tratamento de distúrbios de memória e concentração, vertigens, zunido no ouvido e labirintite. Além disso, o Ginkgo Biloba contém poderosos antioxidantes.
Extrato da folha do biloba é um dos fitomedicamento mais receitados por milhares de médicos na Europa, onde é usado tratar os sintomas da doença de Alzheimer, demência vascular, da claudicação periférica, aumentando a potência sexual além de curar algumas espécies de zumbidos no ouvido. É também um dos 10 medicamentos naturais mais vendidos nos Estados Unidos. Nestes pais o ginkgo é classificado como um suplemento dietético.
O extrato de Ginkgo é usado na Europa e Estados Unidos para problemas circulatórios e declínios das funções mentais. Sua utilização facilita o fluxo sanguíneo no cérebro, recupera a memória rapidamente e a função mental. Regulam batimentos cardíacos, melhora a ereção em homens e evita dores nas pernas. O extrato é útil também para tonturas, tinidos e zumbidos do ouvido e enxaqueca,dois estudos franceses confirmaram que o uso de ginkgo biloba ajudou a tratar 80% das pessoas com enxaquecas.
Os elementos glicosídeos da flavona (substâncias orgânicas responsáveis pelas propriedades antioxidantes e anticoagulantes da planta) e 6% de lactonas terpênicas (basicamente substâncias químicas denominadas gingcolídeos e bilobalídeos, que melhoram o fluxo de sanguíneo e são consideradas protetores dos neurônios).
Ações consideradas mais relevantes
– Forte ação neuroprotetora;
– Inibe a agregação plaquetária;
– Aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro;
– Aumenta a transmissão nas fibras nervosas;
– Retira da circulação compostos lesivos conhecidos como radicais livres;
É muito importante para o atleta, pois fornece oxigênio para os músculos na hora dos exercícios. Além disso, protege o sistema cardiovascular e livra o corpo de perigosos poluentes. Ginkgo Biloba aprimora as funções mentais ao elevar a quantidade de oxigênio que chega até o cérebro, ajudando o nadador a se concentrar mais nos seus movimentos e a ter mais noção de espaço dentro da sua raia.
- Nome: Alcachofra
Nome científico: Cynara scolymus L
Parte utilizada: folhas, cabeção e raiz
Propriedades terapêuticas: antiesclerótico, anti-tóxico, colagogo, depurativo, digestivo, diurético, hepático, hipotensor, laxante, colérico, febrífugo, hipoglicemiante, antiuréica, anticolesterogênica.
Indicações: ácido úrico, afecções hepatobiliares, anemia, anúria, arteriosclerose, ativar a excreção biliar, diabete, bócio exoftálmico, cálculos da bexiga e rins, clorese, colesterol, convalescença, debilidade geral, diabete, diarréia, dispepsia, diurese, doenças do coração, eczema, emagrecimento, escorbuto, escrofulose, estômago, febre, fígado, fraqueza, gota, hemofilia, hemorróidas, hipertensão, hipertireoidismo, icterícia, inflamação interna, má-digestão, má formação do sangue, malária, males gástricos e renais, obesidade, pneumonia, pulmões, raquitismo, regimes de emagrecimento, tosse e sífilis.
Modo de usar:
Infusão: folhas picadas (2 colheres de sopa) em 1 litro de água. Tomar 1 xícara (chá) 3 vezes ao dia, após as refeições;
Decocção na proporção de 30g de folhas para 1 litro de água, cozinhas por 10 minutos e tomar 1 xícara 3 vezes ao dia;
Decocção como diurético: Ferver 20g de raízes de alcachofra por cinco minutos em 1 litro de água. Deixar o líquido amornar, adoçar e tomar na dose de 3 xícaras ao dia.
Extrato
Coloque 2 colheres (sopa) de folhas fatiadas em xícara de álcool de cereais a 70%. Deixe em repouso por 5 dias e coe. Tome 1 colher (café) diluído em um pouco de água, antes das principais refeições (máximo de 25 ml ao dia);
Vinho medicinal
Coloque até 20g colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por cinco dias, agitando às vezes e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições;
O alcachofra é muito utilizado na culinária cozido ou assado e seu miolo como ingrediente principal de tortas e pizzas, neste caso principalmente na culinária tipicamente italiana.
Contra-indicações: lactantes e em casos de fermentação intestinal
Outras observações:
A alcachofra foi considerada afrodisíaca durante o século XVI, embora não se lhe tenha prestado muita atenção como planta medicinal. Foi só em meados do século XX que ganhou um grande prestígio como remédio para as doenças hepáticas e biliares. Atualmente, os extratos de alcachofra entram na composição de vários preparados farmacêuticos, em virtude das suas notáveis ações medicinais sobre o fígado e o metabolismo.
Na verdade, a alcachofra (Cynara scolymus) que consumimos é uma flor imatura, pertencente à mesma família das margaridas e dos girassóis. Conta-se que ela saiu do jardim e foi para a mesa na época do Império Romano, quando suas propriedades nutritivas e medicinais foram descobertas passando a ser privilégio apenas da mesa de nobres e reis.
Considerada uma iguaria exótica, esta hortaliça parece ter sido feita para ser deliciada a cada pétala e não para ser devorada. Afinal, dela consumimos apenas a parte carnuda das “pétalas” e o “fundo” da flor, depois de retirados os espinhos. O trabalho é compensador, se levarmos em conta suas excelentes propriedades nutritivas e medicinais: a cada 100g comestíveis, encontramos boas doses de vitaminas do complexo B, potássio, cálcio, fósforo, iodo, sódio, magnésio e ferro. A lista de suas qualidades terapêuticas também é digna de registro. Para começar, o sabor amargo estimula as secreções digestivas. A água do cozimento da alcachofra é um verdadeiro chá de efeito diurético, estimulante da vesícula biliar e ativador da digestão
Os princípios ativos da alcachofra, que se concentram sobretudo nas folhas, são a cinarina (princípio amargo) e alguns flavonóides derivados da luteína. É muito rica em enzimas, inulina (hidrato de carbono muito bem tolerado pelos diabéticos), potássio e magnésio. Embora a alcachofra propriamente dita, isto é, o capítulo floral, também participe dos efeitos medicinais que descrevemos, para conseguir uma ação terapêutica importante, é preciso usar sobretudo as folhas, o caule e/ou as raízes da planta.
Estudos científicos evidenciaram que o mecanismo de ação da alcachofra deve-se ao estímulo da produção da bile no fígado, aumentando, conseqüentemente, a secreção biliar. A alcachofra também apresenta atividade diurética, observada após o segundo dia de tratamento, alcançando o máximo no quarto dia. Atua como colerético e colagogo, sendo indicado em casos de problemas relacionados ao mau funcionamento do sistema hepatobiliar, que levam à dispepsia por má digestão de gorduras. Estudos também evidenciaram a cinarina foi capaz de reduzir as concentrações médias de colesterol e triglicérides.
O sumo de folhas cruas de alcachofra é muito indicado como sendo um grande eliminador de substâncias tóxicas do organismo.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome: Jurubeba
Nome científico: Solanum paniculatum L.
Partes usadas: folha, raiz e fruta
Propriedades terapêuticas: estomáquica, descongestionante, diurética, colagoga, emenagoga, cicatrizante, afrodisíaca, hepática e antidiabética.
Indicações: Digestivo, tumores do útero e do abdômen, tem resultados com o uso da jurubeba, icterícia e erisipela, afecções no fígado, hepatite, úlceras, feridas e diabetes. É indicada também para casos de impotência sexual.
É excelente contra infecções do estômago, baço e fígado. É conhecido também por seu poder energético e é usado como bebida afrodisíaca. O folclore do Norte e Nordeste do Brasil diz que o homem pode ficar forte como um leão, é por isso que se recomenda o seu uso na impotência sexual.
Modo de usar
Uso interno: hepatite, icterícia e cistites – chá por efusão: 30 g de folhas verdes em 1/2 litro de água. Tomar durante o dia.
Raízes: chá por decocção – 200 g em 1 litro de água. Como afrodisíaco, o chá é colocado na cachaça.
Uso externo: cicatrizante de feridas, úlceras – Infusão 1 colher de sopa de folhas ou mais ou menos 5 g, com um copo de água fervente. Tampar e deixar por 10 minutos. Aplicar como cataplasma na área afetada.
Folhas amassadas: mucilagens, aplicar sobre a parte afetada 2 vezes ao dia.
Digestivo: 10 g de raízes picadas. Ferver em 10 ml de água. Coar e misturar com suco de limão. Tomar durante o dia.
O suco: possui propriedades diuréticas
Outras observações: O uso continuado (meses) é tóxico devido a presença de alcalóides e esteróides em sua composição.
Outras observações: O nome vem do tupi, jupeba (espinho chato). É uma pequena árvore que cresce a 3 metros em altura, podendo chegar a 5 metros, comum no norte de Brasil e outras partes tropicais de América do Sul. Existem dois tipos de Jurubeba: macho e fêmea. Os usos indígenas de Jurubeba são muito mal documentados, mas seu uso medicinal sempre foi bem documentado é listado como uma droga oficial na Pharmacopea brasileira como um produto específico para anemia e para desordens de fígado e digestivas.
- Nome: Kava-kava ou Kawa Kawa
Nome científico: Piper methysticum
Partes usadas: raízes e folhas
Propriedades terapêuticas: antidepressiva angústia nervosa, estado de tensão nervosa, agitação, ansiedade, insônia, anti-brônquica, anti-reumática, anti-séptica, urinária, analgésica e indutora do sono.
Indicações: os principais constituintes do kava-kava são as kavalactonas. Elas agem primariamente no sistema límbico, parte primitiva do cérebro que afeta todas as outras atividades cerebrais e é o centro das emoções e do instinto.
Acredita-se que o kava-kava possa promover o alívio da ansiedade e elevar o humor, alterando a maneira pela qual o sistema límbico influencia os processos emocionais.
As kavalactonas também possuem ação relaxante muscular, causando amortização motora e relaxamento da musculatura esquelética, sem, no entanto alterar a respiração.
Estudos farmacológicos mais profundos têm demonstrado que as kavalactonas são capazes de se ligar aos receptores histamínicos H 3. Os agonistas H 3, como é o caso das kavalactonas, quando presentes no Sistema Nervoso Central, causam sedação e exercem efeitos anti-convulsivos, o que explica a ação sedativa e anti-convulsiva do kava-kava.
Em indivíduos com convulsões associadas a um grau de ansiedade, o kava-kava pode ser extremamente efetivo no alívio dos sintomas por possuir um ótimo efeito tranqüilizante, ansiolítico e levemente antidepressivo. Pode também ser associado a um outro antidepressivo natural, como o hipérico ( Hyperícum perforatum).
Modo de usar
Uso interno
Infusão – para alívio urinário e infecção – 5 g de folhas em um copo de água fervente. Coar, esfriar e tomar meio copo, 2 vezes por dia.
Tintura – como relaxante tônico – 30 gotas em um copo de água. Tomar 3 vezes ao dia.
Raízes – ferver durante cinco minutos, 5 g em dois copos de água. Tomar um copo, 2 vezes ao dia.
Cápsulas – Tomar 2 cápsulas à noite ao deitar, para ter um sono tranqüilo.
Contra indicações: gravidez, aleitamento e mal de Parkinson, usuários de ansiolíticos, antidepressivos e outros agentes que causem depressão do sistema nervoso central. Além disso, existem estudos que indicam que o uso continuado de medicamentos a base de kava-kava, podem provocar danos ao fígado.
Outras observações: É um arbusto pertencente a mesma família da pimenta-do-reino. Apresenta folhas enormes que podem chegar a 25 cm de diâmetro. A kava-kava é uma planta nativa das Ilhas do Pacífico Sul, Havaí e aclimatizada na Austrália e Estados Unidos.
Segundo a americana especialista em fitoterapia P. Brevoort, de Oregon (USA), não existe outra planta como a kava-kava, que proporcione um total relaxamento, e ao mesmo tempo, permite uma clareza de raciocínio excelente.
Realmente, esta planta é muito boa para aliviar ansiedade, sem tirar o usuário de qualquer vivacidade. É também usado com bons resultados no tratamento de espasmos musculares e dores de cabeça por stress, além de ajudar em casos de bronquites nervosas.
Desde 1950, a Alemanha tem pesquisado a kava-kava e comprova, que ela é um elemento psicoativo, isto é, um estimulante e um sedativo suave, sendo um substituto seguro dos tranqüilizantes e soníferos a base de benzoapezina, vendidos sob receita médica como Prozac, Vallium e Xanax, usados no tratamento de distúrbios mentais e insônia.
Os pesquisadores europeus chegaram a conclusão de que os elementos ativos da kava-kava, incluindo a lactona, o tornam um dos melhores analgésicos até hoje conhecidos, que pode ajudar a controlar a dor, tanto de tensão nervosa, quanto muscular e ATM.
A lactona tem um efeito depressivo no sistema nervoso central, agindo como antiespasmódico, além de dar proteção com efeito calmante nas vias urinárias e da bexiga.
- Nome: Estragão
Nome cientifico: Artemísia dracunculus L.
Partes utilizadas: As folhas e os capítulos florais.
Outros nomes: Esp.: estragón, dragoncillo, [hierba] vinagrega. Fr.: estragon. Ing.: tarragon, estragon.
Descrição: Planta vivaz aromática, que atinge entre 60 e 80 cm de altura. As folhas são lanceoladas, e as flores, de cor amarelada, agrupam-se em capítulos esféricos e pequenos.
Originário da Ásia Central, embora se cultive algumas vezes se encontre em estado silvestre em toda a Europa e nalguns países do continente americano.
Esta planta aromática é uma das poucas que não crescem espontaneamente nos países mediterrâneos, pelo que não era conhecida na antiguidade grego-romana. Foram os Árabes que a introduziram na Península Ibérica no século IX ou X, de onde se estendeu o seu cultivo ao resto da Europa e à América.
O Estragão é muito apreciado como condimento, pela refinada cozinha francesa. As suas propriedades medicinais, porém, fazem dele alguma coisa mais do que um simples condimento.
Indicações: Toda a planta contém um óleo essencial rico em estragol, felandreno e ocimeno, assim como em hidroxicumarina.
Suas propriedades terapêuticas são:
• aperitivas, digestivas e carminativas (elimina os gases intestinais);
• anti-sépticas para os germes patogénicos do tubo digestivo;
• vermífugas;
• emenagogas: estimula a menstruação.
É indicado também nos casos de inapetência, digestão lenta ou pesada, flatulência, fermentação intestinal e parasitas intestinais (1,2,3).
Modo de usar
Uso interno
1 Condimento: Em saladas e todo o tipo de pratos.
2 Infusão: 30g de planta por litro de água. Tomar uma xícara antes de cada refeição, como aperitivo; e depois da refeição, no caso de se pretender a sua ação digestiva.
3 Essência: A dose recomendável é de 3-5 gotas, 3 vezes ao dia.
Contra indicações
Da essência, não se devem ultrapassar as doses indicadas, já que pode produzir uma forte excitação do sistema nervoso.
- Nome: Língua-de-vaca
Nome científico: Chaptalia nutans
Partes usadas: folhas, raízes e inflorescências
Propriedades terapêuticas: diurética, emenagoga, béquica, tônica, desobstruente e anti-herpética.
Indicações: distúrbios menstruais, úlceras crônicas, dores de cabeça, tosses, afecções da pele, obstipação intestinal, afecções febris e das vias urinárias.
Modo de usar:
– infusão de 1 a 2 colheres das de chá em 1 xícara de água quente. Tomar 3 a 5 xícaras ao dia: dermatoses, afecções das vias urinárias, tosses, catarros pulmonares. Pode ser usado internamente ou em banhos.
– decocção de 1 a 2 colheres das de chá de folhas ou raízes em 1 xícara de água. Ferver por 10 minutos. Tomar 3 a 5 xícaras ao dia: febres e obstipação intestinal;
– xarope das sementes torradas: tosse.
Diurético; cistites; cálculos renais : em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sopa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe, espere amornar e coe.
Afecções pulmonares, bronquites, tosses ediurético : coloque 2 colheres de sopa de raízes, folhas e flores fatiadas em 1 xícara de chá de alcool de cereias a 70%. Deixe em maceração por 7 dias e coe. Tome 1 colher de café ou 10 gotas, diluídas em um pouco de água, 3 vezes ao dia.
No nordeste brasileiro dizem que fica deliciosa refogada, principalmente na comida baiana e também como salada.
Outras observações: Planta herbácea brasileira, muito disseminada por toda a América tropical, ocorrendo no Sul, Sudeste e Centro-oeste, incluindo estados do Norte e Nordeste, principalmente em gramados, pastagens e terrenos baldios. Reprodução por sementes.
É uma planta rasteira, com folhas grandes, ovais, alongadas, apecioladas, verde-escura, inflorescência em espigas, com flores brancas como pequenos jasmins.Tem raiz ramificada.
- Nome: Linhaça
Nome científico: Linum usitatissimum
Partes usadas: sementes
Propriedades terapêuticas: as sementes são emolientes, refrescantes, laxativas, diuréticas e resolutivas, sendo recomendadas no tratamento de queimaduras, furúnculos, varizes, crosta láctea (eczema do lactente) e reumatismo. Atua também em inflamações na gengiva, faringe e boca, problemas urinários, cistites, problemas no fígado e nos rins.
Indicações: é indicado na cura da hemorróida e da prisãode-ventre, pois a linhaça é emoliente. É indicada também nas inflamações do intestino, afecções da garganta, do estômago, dos brônquios e da bexiga, além de aliviar os abcessos, colites, enterites e diabetes.
Já era cultivada na velha Babilônia. Também nas sepulturas egípcias, se tem encontrado sementes de linhaça. Parece que eles não só a aproveitavam por causa das sementes, ricas em óleo, como também chegaram a descobrir a confecção de fileiras e de tecidos de linho.
Modo de usar:
Abcesso – cataplasma – ferver 1/4 de litro de água, acrescentar 60 g de farinha de linhaça e referver por 1 minuto. Estender a pasta por cima de um tecido dolorido e cobrir com uma gaze. Aplicar quente, mas não fervente, pois pode provocar sérias queimaduras. Colocar sobre o cataplasma, um pedaço de lã, para que o calor se conserve por mais tempo.
Hemorróidas e inflamações – água de semente de linhaça – verter 150 ml de água morna sobre 30 g de sementes de linho inteiras. Misturar bem e deixar em infusão por seis horas. Filtrar com um tecido de linho, espremendo bem as sementes para que saia toda a mucilagem.
Esta água de semente de linho deve ter uma parte de mucilagem para cada 30 partes de água morna. Ingerir o líquido.
Uso geral: Duas colheres de sopa por dia, batidas no liquidificador, se mistura em um copo de suco de fruta, ou sobre a fruta, ou com a aveia, ou iogurte no café da manhã ou no almoço. Podem tomar pessoas de todas as idades (crianças, adolescentes e anciãos). Inclusive mulheres grávidas.
Outras observações: A linhaça é uma planta herbácea anual, ereta, sem pêlos e abundantemente ranuosa na extremidade. Mede de 30 a 80 cm de altura. As folhas superiores mostram-se estreitas, longas e pontiagudas e as inferiores, mais largas. As flores tem carolas com 5 pétalas azuis. Produz cápsulas globosas, contendo pequenas sementes achatadas. É originária da Ásia e África, a linhaça é uma planta que se desenvolve facilmente nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
É considerada como um alimento funcional, ou seja, que contém, além de seus nutrientes básicos (carboidratos, proteínas, gorduras e fibras), elementos que podem diminuir o risco de algumas doenças, pois seu uso contínuo pode proporcionar aumento da defesa orgânica e redução do ritmo de envelhecimento celular.
Na composição da semente de linhaça estão presentes proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos poliinsaturados (Ômega 3 e Ômega 6), que lhe conferem a propriedade de alimento funcional. A semente de linhaça é a mais rica fonte de Ômega 3 existente na natureza.
Os investigadores do INSTITUTO CIENTÍFICO PARA ESTADO DA LINHAÇA DO CANADÁ e dos Estados Unidos têm enfocado sua atenção no rol desta semente na prevenção e cura de numerosas doenças degenerativas.
Muitos estudos estão sendo desenvolvidos para confirmar os benefícios do consumo regular da semente de linhaça. Alguns desses estudos afirmam que a linhaça poderia ajudar a baixar os níveis de colesterol, pois é rica em fibras solúveis. Também esta sendo estudada outras funções e tem benefícios como:
— Rejuvenescedor
— Baixa de peso e anemia
— Auxilia no combate ao câncer: de mama, de próstata, de colón, de pulmão, etc…
— Auxiliar no combate à acne.
— Auxiliar no equilíbrio hormonal, amenizando distúrbios causados pela TPM e menopausa;
— Auxiliar na diminuição do risco de aterosclerose;
— Auxiliar no controle Diabete – da glicemia
— O consumo regular de linhaça favorece o controle dos níveis de açúcar no sangue;
— Para o auxílio na redução de colesterol ruim, dos sintomas de TPM, menopausa
— Para combater a agressividade e a obesidade
— Condições da Pele e do Cabelo
Além disso, é a maior fonte alimentar de lignanas, compostos fitoquímicos parecidos com o estrogênio, que teriam propriedades anticancerígenas, principalmente em relação ao câncer de mama e cólon. Ainda contém vitaminas B1, B2, C, E e Caroteno e minerais como ferro, zinco, alguma quantidade de potássio, magnésio, fósforo e cálcio.
- Nome: Losna ou Absinto
Nome científico: Artemisia absinthium L
Partes usadas: folhas e flores
Propriedades terapêuticas: Digestão deficiente, antiinflamatória, males dos rins e do estômago, icterícia, gastralgia, hidropsia, respiração difícil, azia, secreção difícil da urina, histerismo, leucorréia, envenenamentos, afrodisíaco, epidemias, anti-helmíntico, menstruação escassa, dilatação do fígado e baço, males hepáticos e antidepressiva.
Indicações: Os azulenos agem como antiinflamatórios, as lactonas e os sesquiterpenos tem ação de efeito antitumoral. A tujona é um estimulante cerebral. A losna é uma eliminadora de vermes por excelência, e também é um excelente repelente de insetos.
Para a utilização com vermífugo, problemas de menstruação difícil, febres, dores de estômago, cólicas de fígado e rins, aplicar sobre o local como cataplasma ou tomar chá. Esta planta desenvolve efeito tônico sobre o estômago combatendo-lhe a acidez, e ela tem propriedades de reduzir, como tônico amargo, a duração das doenças. É indicada principalmente para problemas de estômago, atonia, queimação e úlceras, com resultados surpreendentes.
Os princípios amargos são utilizados na fabricação do licor de absinto. A losna produz em algumas pessoas uma grande sensualidade devido à tujona.
O índice alcoólico do licor de absinto ultrapassa 55%, proibido em nosso país pelo ministério da saúde.
Contra-indicações: O uso excessivo não é indicado porque prejudica os glóbulos vermelhos do sangue, além de provocar perturbações psíquicas. O suco ao natural é tóxico, mas através da infusão, elimina-se esse efeito. Não é indicada para lactentes, pois deixa o leite amargo, nem para gestantes, pois pode ser abortivo. A essência pode provocar convulsões.
Modo de usar:
Uso interno
Por infusão: Uma colher de chá de losna para uma xícara de água fervente.
Tampar por 10 minutos, coar e tomar de 2 a 3 vezes ao dia.
Maceração: 3 gramas em 100 ml de vinho, repousar por 5 dias. Filtrar e tomar um cálice pequeno, antes das refeições, 2 vezes ao dia.
Extrato fluído: tomar 10 gotas, 2 vezes ao dia.
Outras observações: Planta herbácea, de fácil cultivo, perene, mede de 50 cm a 1 m de altura, com folhas glaucoesbranquiçadas de sabor amargo, flores de cor amarela, pedunculadas, reunidas em pequenos capítulos pendentes. Exala odor e apresenta sabor bem amargo.
A planta é nativa da Europa e da Ásia, hoje ela é cultivada em todos os lugares dando preferência a climas temperados. Seu nome deriva do grego, que significa “sem doçura”, ou amarga. Prefere terrenos secos e pedregosos, ensolarados a arenosos.
- Algas
Nome científico: Macrocystis pyrfera
Partes usadas: toda a alga Família: Phaeophyta
Propriedades terapêuticas: antiviral, antitérmico, remineralizante, combate a anemia, males hepáticos, e ajuda na reconstituição dos tecidos. É recomendado também no combate às rugas, celulite, flacidez da pele, queda dos cabelos, bem como ajuda a conservar a cor natural dos mesmos.
Indicações: as algas marinhas não são plantas pertencentes ao reino dos protozoários. A alga marinha, embora se pareça com uma planta, é mais primitiva do que elas, não possui folha, caule nem raiz.
Na alimentação pode ser ingerida com cereais crus ou cozidos, bolos, no chá, como recheio nos pães ou em forma de pasta. São vários os tipos de algas marrons: hijiki, kelp, wakame (esta para sopa). Os tipos de algas vermelhas usadas como alimentos são: agar-agar, dulse, musgo irlandês.
Principais Algas e suas Funções:
- Chlorella
A chlorella, Chlorella pyrenoidosa, possui como princípios ativos, proteínas (65%), lipídeos (9%), fibras (2%), carboidratos (13%), cinzas, vitaminas e sais minerais e outros componentes como: xantofila, ferro, vitamina E, sódio, vitamina B 1, clorofila, fósforo, ácido fálico, cálcio, vitamina C, ácido pantotênico, vitamina B 12, B 2, ácido nicotínico, caroteno, potássio, magnésio.
A chlorella é uma alga unicelular microscópica, encontrada em tanques e lagos, com grade habilidade de realizar fotossíntese. É uma alga de fácil digestibilidade, possui uma parede celular rica em fibras, que regulam o intestino e promove as funções digestivas. Sua parede celular combate também vírus danosos, aglutina poluentes, mantendo o organismo livre de
toxinas. Estimula os glóbulos brancos a produzir interferon, substância que luta contra vírus e bactérias. Ajuda a suprir as deficiências e atua no fígado estimulando suas funções. As proteínas são integralmente aproveitadas pelo organismo em seu metabolismo, bem como a clorofila e o magnésio que são transformados em elementos fundamentais para o sangue. A presença de cálcio indica que é auxiliar no tratamento de fraturas, enfraquecimento ósseo e osteoporose. O alto teor de fósforo proporciona uma maior e melhor atividade cerebral. Rica em vitaminas do complexo B, principalmente B 12, vital na formação e regeneração de células sangüíneas que juntamente com o ferro, fazem desta alga um produto indicado como coadjuvante no tratamento e prevenção da anemia.
Devido à riqueza de propriedades contidas em sua composição, é indicado como auxiliar no tratamento da obesidade, fornecendo elementos normalmente ausentes em regimes de emagrecimento, além de provocar sensação de saciedade quando ingerido antes das refeições.
Ela é uma alga microscópica de água doce do Japão, conhecida como super alga, e ingerida em grande quantidade através de cápsulas comprimidos e pós, é indicada para tratamento e prevenção de diversos males, devido aos seus aminoácidos (22), vitaminas e sais minerais.
Ela promove pele, cabelos e unhas saudáveis, devido ao beta-caroteno e a vitamina E, que melhoram a aparência, as vitaminas B e os minerais.
Características: essa espécie de alga é a que mais rapidamente cresce, chegando a 30 cm por dia, com isso, alcançando vários metros de comprimento, podendo ser encontrada sob a superfície marinha é encontrado emem todos os oceanos e águas doces.
- Alginato
Açúcares compostos e complexos derivados das algas marrons. São recomendados para os casos de azia e esofagite, além de ser usadas nos alimentos como espessantes, na indústria de comércio e de drogas. Como pomada, tem sido utilizada para ferimentos de diversas espécies, pessoas que ficam doentes por ficarem muito tempo deitadas, incluímos também queimaduras.
- Agar-agar
Retirada das algas vermelhas, o pó branco é uma das substâncias mais utilizadas nas indústrias farmacêuticas e alimentícias. Com o contato da alga com o estômago, tem o seu volume aumentado, protegendo-o contra irritações causadas por outros agentes químicos.
Devido a esse processo, seu uso é indicado para a redução do apetite, nos casos de obesidade. Por não possuir muitos nutrientes, o produto deve ser consumido juntamente com alimentos que facilitam a digestão.
- Fucoilina
Ainda em estudos, porém testados em animais, comprovou-se a interrupção ou o retardamento do crescimento das células tumorais e obteve-se um efeito inibidor na carcinogênese química em ratos.
Musgo irlandês (musgo branco) – derivado das algas vermelhas, utilizado pela indústria farmacêutica e alimentícia. A sua goma é usada para combater as perdas minerais, anemias, em estados de convalescência e nas gestações, como tônico.
Aplicado na forma de cataplasmas, utiliza-se para processos inflamatórios e dores reumáticas, são recomendadas para ativar a circulação, quedas de cabelos, anemia, e males hepáticos.
- Spirulina
Nome científico: Spirulina maxima
Partes usadas: alga inteira
Família: Nostocaceae e Cyanophita
Propriedades terapêuticas: utilizada como complemento dietético, protéico, vitamínico, cansaço físico e mental, anemias, diabetes, hepatites e arterioscleroses.
Indicações: largamente usada em regimes alimentares de poucas proteínas, é indicada para retardo do crescimento, esgotamento físico e intelectual, fadiga mental e física, espasmofilia, anemias, falta de cálcio, vitaminas e sais minerais, excesso de bebidas alcoólicas, fabricação de enlatados e produtos instantâneos, cicatrização e queratinização da pele.
Reduz o índice de cãibras e fadigas musculares nos atletas. Nos tratamentos de obesidade, proporciona impressão de saciedade, quando tomada com o estômago vazio, colaborando com a perda de peso.
É de fácil absorção, tendo 85% de absorção pelo organismo.
Ninguém pode escapar do stress diário da vida atual. Porém podemos reduzir ou minimizar muitos fatores estressantes, que nos roubam as vitaminas e minerais. Em casos de indisposição e queda da vida sexual, os sais minerais encontrados na spirulina, trazem de volta a saúde e a disposição para enfrentar o trabalho do dia-a-dia. As vitaminas encontradas na spirulina ajudam a proteger o corpo contra os efeitos nocivos de uma variedade de carcinógenos e toxinas, incluindo o tetracloreto de carbono, o mercúrio, o benzeno, o ozônio e o ácido nítrico. Ela previne a formação de carcinógenos potentes chamados nitrosaminas, que vem dos nitratos produzidos pela poluição, fumaça de cigarros e de alguns alimentos.
Modo de usar
Para emagrecimento
Chá – 2 gramas em 3 copos de água fervente. Tomar antes das refeições.
Cápsulas – 4 cápsulas ao dia, como suplemento alimentar tomar de 2 a 4 cápsulas ao dia.
Outras observações: é a espécie de alga mais fácil de ser encontrada. Por conter clorofila, carotenóides, e pigmentos azuis, são consideradas como pertencentes do grupo das algas verde-azuladas ou cianobactérias. Tem forma espiral. Desenvolve-se em larga escala nos lagos salgados do planalto mexicano, EUA e Europa. Nestas águas, há grande quantidade de bicarbonato de sódio, potássio, magnésio e minerais, que estão presentes em sua composição.
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- Nome: Cardo-mariano
Nome científico: Silybum Marianum (L.) Gaertn
Partes utilizadas: Folhas, flores, raiz e frutos
Propriedades terapêuticas: Males hepáticos tais como: hepatite aguda e crônica, litíase biliar, cirrose, icterícea, é anti-asmático, hipotensão, constipação, alergias, hipocondria, dispepsias, urticária, varizes.
É também digestivo, estimulante, anti-hemorrágico uterino, galactogênico, antidepressivo, diurético.
Indicações terapêuticas: Combate eficazmente todos os males do fígado, desde o fígado gorduroso até os casos de hepatite B. Quanto à hepatite C, ainda estão sendo realizados estudos para provar sua eficácia. Nos casos de cirrose, comprovou-se que há uma redução na progressão da doença. Medicamentos alopáticos que atacam o fígado, podem ter seus efeitos reduzidos se aliados a ingestão de cardo-mariano. Há possibilidades de sucesso em casos de câncer de fígado. É utilizado também nos casos de sangramento nasal, asma, hemorragias, etilismo, intoxicações por alimentos e asma brônquica.
O Cardo mariano é comprovadamente uma protetor das células hepáticas, por estabilizar membranas, evitando a degeneração hidrópica e a esteatose hepática, além de ajudar a aumentar o leite nas mães que amamentam.
Modo de usar:
As flores e folhas novas sem espinhos, podem ser usadas como saladas e as raízes quando cozidos podem ser consumidos
Chá por infusão: (A mesma porção pode ser usada para fazer em decocção).
Para um litro de água, 30 a 50 g de raízes ou folhas. Beber 3 a 5 xícaras ao dia.
Contra indicações: Em doses excessivas, o chá pode causar queimaduras nas mucosas das vias digestivas, vômitos e diarréias.
Outras informações: Na natureza existe uma planta especial chamada Silybum marianum ou cardo-mariano, que é a resposta da natureza ao bombardeio constante das substâncias tóxicas ao nosso organismo devido à vida moderna.
Ela contém uma mistura de três flavanoligninas que juntas são chamadas de silimarina. A concentração de silimarina é mais alta no fruto, mas também é encontrada nas sementes e folhas.
A silimarina protege contra as mais severas necroses hepáticas, tais como as provocadas pelo tetracloreto de carbono e contra lesões tóxicas do fígado ocasionadas pelas toxinas de cogumelos venenosos. As substâncias ativas do Cardo Mariano também podem ser usadas curativamente, isto é, depois da ingestão de produtos tóxicos. Uma vez que alguns venenos levam algumas horas a serem absorvidos e a chegar ao fígado, a silimarina pode atrasar a sua assimilação, permitindo ao organismo eliminar as toxinas. Contudo, o efeito curativo é mais fraco que o efeito preventivo. Outro efeito terapêutico é devido à silibina, um componente da silimarina. A silibina estimula várias funções das células hepáticas, tais como a proliferação celular, a síntese proteica, a assimilação do oxigénio, a formação de energia, a reparação das membranas celulares danificadas, etc. A silimarina tem uma forte ação antioxidante, protegendo as células hepáticas contra a peroxidação lipídica.
A silimarina estimula a atividade da superoxidodismutase (SOD) e aumenta os níveis de glutatião peroxidase (GSH), os dois principais sistemas enzimáticos envolvidos na neutralização dos perigosos radicais livres do oxigénio. a silimarina tem ainda ação anti-inflamatória e anti-alérgica.
A planta tem muitos espinhos e chega a medir 2 metros de altura e suas folhas grandes e espinhosas, tem manchas brancas ao lado dos nervos. Diz uma lenda que essas manchas brancas que adornam as folhas, são gotas de leite que caíram do seio da Virgem Maria quando fugia com seu filho da perseguição de Herodes. Baseado nisto que vem desde a medicina medieval, a indicação desta planta para as mães em fase de amamentação.
O Cardo Mariano é uma planta medicinal amplamente utilizada na medicina tradicional européia. Na França as raízes, folhas e frutos são usados no tratamento de prisão de ventre crônica, de várias doenças hepáticas tais como a icterícia, cálculos biliares, hepatite e fígado gordo, como descongestionante do sistema circulatório, no tratamento de hemorróidas e úlceras varicosas e, como anti-alérgico no tratamento da asma e urticária. Na Itália, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de doenças do fígado, devido à sua ação desintoxicante do fígado e também pelas suas propriedades diuréticas e cardiotônicas. Na Alemanha e na Hungria, na medicina tradicional, os frutos do Cardo Mariano são usados no tratamento de cálculos biliares devido à sua ação colagoga, estimulante da circulação entero-hepática e protetora do fígado. Na Grécia o Cardo Mariano é usado no tratamento de varizes, pedras da vesícula e na úlcera duodenal. A homeopatia também utiliza as tinturas dos frutos do Cardo mariano no tratamento de doenças do fígado, cálculos biliares, peritonite, pleurite, congestão do útero e varizes.
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Nome: Catinga-de-Mulata
Nome científico: Tanacetum vulgare L
Partes usadas: folhas, flores e óleo essencial.
Propriedades terapêuticas: vermífuga, tenífuga, emenagoga, hepática e contra dismenorréia.
Indicações de uso: Na medicina popular, esta erva também é conhecida como erva-dos-vermes e, desta forma, percebe-se que, tradicionalmente, a sua virtude medicinal que se reconhece é a anti-helmíntica. A catinga-de-mulata tem a propriedade de paralisar os vermes intestinais (lombrigas e oxiúros), e embora não chegue a matá-los, facilita a sua expulsão se em seguida é ingerido um purgante. Também é emenagoga, provocando e regularizando a menstruação. No Brasil, esta planta é muito utilizada para repelir insetos. Trata-se de um inseticida natural. Muitas vezes, as pessoas plantam-na em volta da casa para afastar os insetos em geral. No uso dermatológico, esta erva pode ser utilizada tanto para eliminar furúnculos, como para clarear manchas de pele
Modo de usar:
Tônico amargo – uso interno: distúrbios menstruais: infusão- 20 g de flores em meio litro de água fervente. Filtrar quando estiver morno e tomar duas xícaras ao dia. Estudos dizem que regula o ciclo menstrual e tonifica o útero.
Tênia: decocção- Ferver por um minuto 100 ml de água com 5 g de flores, filtrar e beber esta porção uma vez ao dia.
Vermes: infusão: 200 ml de água fervente, adicionar 10 g de folhas e flores. Coar e tomar sem adoçar, uma vez ao dia, durante uma semana.
Contra indicações:
Gestantes, lactantes e crianças. O ácido tanásico e a tanacetona presentes na planta são tóxicas, podendo causar intoxicações, portanto as doses devem ser determinadas com grande prudência, pois o excesso de consumo provoca intoxicação
Outras observações
Pequena planta silvestre, aromática, lembra limão e cânfora misturados, seu sabor apimentado não é muito apreciado. O caule reto possui cerca de um metro de altura, as folhas são finas, longas, ovais, de cor verde intenso. flores amarelas e tubulosas que desabrocham durante o verão. É originária da Europa, mas aclimatou-se também na América.
Os antigos gregos e romanos consideravam-na símbolo da imortalidade, utilizando-a em cerimônias fúnebres. Na páscoa, muitos descendentes europeus, utilizam-na no preparo de pastéis. A infusão de suas folhas ainda é empregada em banhos aromáticos que os nativos da Amazônia usam na época junina.
- Nome: Cavalinha
Nome científico: Equisetum arvense L.
Partes usadas: Ramos ou talos.
Propriedades terapêuticas: Depurativa, diurética, hemostática, remineralizante, cicatrizante, combate problemas de pele, do tecido conjuntivo, rugas, estrias, , abscesso, eczema, acne, antiperspirante, anti-seborréica, ciática, cicatrizante, clareador de cabelo, digestivo, diurético suave, hemostática, remineralizante, revitalizante, tônica para peles oleosas e vulnerária.
Indicações: A Cavalinha é rica em silício, cálcio e potássio. Seu uso mais comum é como diurético. Também é utilizada como cicatrizante, auxiliar no tratamento de infecções dos rins, osteoporose, úlcera gástrica e reumatismos. Esteticamente, a Cavalinha pode ser utilizada para fortalecer as unhas, dar brilho aos cabelos, limpeza de pele e prevenção de estrias
Modo de usar
Infusão: 2 colheres de sopa da erva picada para 500 ml de água, abafando antes de tomar. Ingerir de 2 a 3 xícaras ao dia
Banho de imersão
Em infusão no combate a celulite; ferva 30 gs da erva em 2 litros de água por 15 minutos. Coe e despeje na banheira. Tome banho de imersão por 20 minutos. Repita 2 ou 3 vezes por semana.Uma infusão mais forte aplicada com bandagens, ou mesmo um cataplasma da erva, aplicada em locais do corpo propensos a celulite, faz verdadeiras maravilhas. A cavalinha ainda é um excelente tônico para peles oleosas
Contra indicações: Não deve ser ingerida por gestantes
Outras observações
Remanescente de plantas pré-históricas, único sobrevivente de um gênero fóssil que existiu antes do aparecimento do homem, há milhões de anos, a cavalinha pertence ao grande grupo das Criptógamas vasculares. A erva é remanescente desse período, quando cavalinhas gigantes se proliferavam à beira dos lugares úmidos, como uma espécie de bambu mais aquático
São plantas desprovidas de folhas, flores e sementes. Constituídas de um rizoma alongado que emite talos aéreos de cor verde-acinzentado, dividida por vários nós, em toda sua extensão, apresentando uma espiga de esporos na sua porção terminal. Não apresenta sementes.
Originária da Europa, desenvolve-se em solos siliciosos que tenham muita água. Ocorre geralmente nas margens de lagos. Seu nome deriva do latino, equi: cavalo setum: cauda ou rabo.
A capacidade de provocar diurese sem danificar a função renal, faz da cavalinha uma das melhores plantas no ponto de vista farmacológico, principalmente se considerarmos que ao mesmo tempo conduz à eliminação do sódio e do ácido úrico. Sua ação remineralizadora, repõem minerais e oligoelementos, dos quais o organismo se encontra em falta. Essa grande quantidade de silício é indicada para problemas nos ossos, como osteoporose; é conhecida também como erva da terceira idade, pois além dos ossos, protege também quem tem problemas de próstata. Diurética e anti-úrica, a cavalinha é usada popularmente para tratar de retenção e irritação das vias urinárias (rins e bexiga), anemias, hemorróidas, hemorragias nasais, inflamações de útero, fraturas e descalcificação de dentes e ossos.
- Nome : Chicória
Nome científico: Chicorium intybus L.
Partes utilizadas: As folhas tenras e a raiz
Outros nomes: Almeirão, chicória-brava, chicória-do-café.
Propriedades e indicações: Conhecida desde o tempo dos Egípcios, e utilizada pelos seus faraós, esta planta foi qualificada pelo insigne Galeno como “amiga do fígado”. Tanto as raízes como as folhas contêm inulina e levulose que favorecem as funções do fígado. Mas a maior parte das suas propriedades medicinais, devem-se aos princípios amargos que atuam estimulando todos os processos digestivos.
• No estômago atua como eupéptica, aumentando a secreção dos sucos gástricos. Por isso, para as digestões pesadas, dá mais resultado uma xícara de chicória depois da refeição, do que uma colherzinha de bicarbonato. Além disso, tomada antes das refeições, é um poderoso aperitivo, que abre o apetite das crianças e dos adultos;
• No fígado, favorece a secreção da bílis (ação colerética), necessária para a digestão das gorduras. Além disso, ativa a circulação portal e descongestiona o fígado;
• No intestino, ativa os seus movimentos (ação laxante). Uma xícara de chicória pela manhã, em jejum, ajuda a vencer a preguiça intestinal e a prisão de ventre. Também tem uma certa ação vermífuga que ajuda a expulsar os vermes intestinais.
Por tudo isto, as indicações da chicória são: inapetência, atonia gástrica, digestões pesadas, dispepsia biliar devida a deficiente funcionamento da vesícula biliar, congestão hepática, hipertensão portal, prisão de ventre, parasitas intestinais.
A chicória possui ainda um suave efeito diurético e depurativo, pelo que se torna indicada nos casos de gota e artritismo.
Modo de usar
1.Salada: as folhas cruas cortadas antes da floração têm um agradável sabor amargo. Podem-se preparar com elas belas saladas silvestres altamente aperitivas, em que se podem incluir dente de leão e alho, temperando-se com azeite e limão.
2. Sumo fresco: Os que desejem uma ação mais drástica, podem tomar o sumo fresco das folhas, que se obtém espremendo-as com um pano ou com um aparelho liquidificador. É muito amargo, mas não há fastio que lhe resista. Para a falta de apetite, recomenda-se tomar meio copo antes de cada refeição.
3. Infusão: Com folhas e raiz frescas, usa-se 30g por litro de água. Tomam-se de 2 a3 xícaras por dia: como aperitivo, antes das refeições; como digestivo, depois. Esta xícara deve adoçar-se o mínimo possível, para se poder conseguir o maior benefício do seu estimulante sabor amargo.
Outras observações: A chicória é um presente para os olhos do caminhante. Essa bela planta conserva, durante uma boa parte do Verão, a refrescante cor azul-celeste das suas flores, contrastando com o tom verde da paisagem. Não se trata, pois, de uma planta que possa passar despercebida, nem sequer a quem não a conheça. Parece sugerir ao caminhante: Utiliza-me! Desfruta das minhas virtudes.
A chicória é uma das plantas mais benéficas, já que as suas extraordinárias propriedades medicinais se adicionam à de proporcionar um agradável substituto do café. Nos tempos de escassez, na falta do dispendioso café, utilizava-se esta humilde planta, tida em pouca estima, talvez por ser tão abundante e barata.
A chicória – dizem alguns com nostalgia – tomava-se durante a guerra quando não havia café. É curioso que, neste caso, o substituto – a chicória – acabe por ser melhor do que o produto original – o café – para muitos que tiveram o prazer de degustar essa deliciosa bebida.
Hebhert Oliveira – Natureza Celestial
- Nome: Castanha-da-índia
Nome científico: Aesculus hippocastannum L.
Partes usadas: sementes, folhas e cascas
Propriedades terapêuticas: tem ação anti-hemorrágica, antiinflamatória, vasoconstritora, anti-hemorróica, fragilidade venosa (flebites, varizes), úlceras varicosas e circulação venosa (venotrópicos).
Indicações terapeuticas: para quem tem problemas de circulação nas pernas, os princípios ativos como aescina, saponídeos, cumarinas, quercetina e outros, tem ação sobre o sistema venoso, aumentando a resistência e o tônus da veia, ativando a circulação sangüínea e ajudando o retorno venoso. Cerca de 20 a 30 minutos após a ingestão da castanha-da-índia, já se pode notar o alívio da dor.
É a melhor planta medicinal com atuação nos problemas de circulação venosa como varizes, e junto com o ginkgo biloba, completa-se o tratamento ativando a circulação arterial, e com a hamamelis, potencializa-se a ação dos anticoagulantes.
Modo de usar
Infusão ou decocção – folhas – 5 g de folhas em 1/2 litro de água fervente, tomar 2 copos ao dia.
Pó – uso interno – para circulação venosa, varizes, hemorróídas e fissuras anais -1 xícara de chá de água fervente para 1 colherzinha de café do pó. Abafar por 10 minutos. Tomar 1 xícara, 2 vezes ao dia.
Uso externo – para hemorróidas, prurido vaginal e anal. – 10 g do pó e 3 colheres de sopa de folhas de mamona em 1/2 litro de água fervente. Amornar e fazer banho de assento.
Banhos cosméticos
Juntar 1 litro de cozimento de folhas em 10 litros de água para tonificar a pele e aumentar a sua elasticidade.
Contra indicações
Gravidez, aleitação, crianças com idade inferior a dez anos em tratamentos com anticoagulantes
Outras observações
Árvore de grande porte, com caule ereto, cilíndrico e ramificado, podendo atingir até 25 metros de altura. As folhas são opostas com 5 a 7 folíolos de tamanhos diferentes, com flores brancas e amarelas, com manchas vermelhas ou róseas. O fruto é uma cápsula esverdeada, eriçada de espinhos curtos, com sementes e caroços.
- Nome: Centella
Nome científico: Centella asiática.
Partes usadas: folhas, parte aérea.
Propriedades terapêuticas
Cicatrizante, depurativa, antibiótica, tônico, estimulante cerebral, anti-reumática, sedativa, vaso-dilatadora periférica, anti-celulítica, antihemorróidas e esquisofrenia.
Indicações de uso
Como depurativa do sangue, restauradora do sistema de defesa do corpo, ajuda no metabolismo da gordura, é indicada para afecções na pele, aplicando-a em forma de cataplasmas.
Favorece o processo de cicatrização, devido aos ácidos asiaticosídeos, que agem como antibióticos. É indicado para eczemas de pele, úlceras. varicosas, hematomas, rachaduras da pele, varizes e celulite, isto com uso interno. No externo pode ser usada para gordura localizada e também para celulite. Controla a ação sobre edemas de origem venosa, orienta tratamento de celulites localizadas. Notadamente ela atua como estimulante da concentração e da atenção.
Contra-indicações
Não deve ser ministrado em pacientes com hipertensão, problemas cardiovasculares ou úlceras. Deve-se evitá-la em casos de sangramento interno, pois pode recomeçar a hemorragia. Não é recomendado para crianças
Modo de usar
Infusão
Pode-se tomar 35 ml de chá, 2 vezes ao dia. Sendo 33 g para 1 litro de água.
Uso externo: misturar 2 colheres de chá com 25 ml de água, sendo recomendado para eczemas.
Tintura: 300 g de folhas frescas bem trituradas, com um litro de álcool de cereais. Tomar 30 gotas com água, 3 vezes ao dia. Para memória e concentração. Para fazer a tintura, é necessário deixá-la depois de misturada durante 10 a 14 dias, agitando durante o período, 2 vezes ao dia.
Deve ser colocado em um lugar escuro. Depois, filtra-se, coloca-se em vidros escuros e fecha-se bem.
Outras obsevações
É uma planta herbácea de tamanho pequeno, vivaz, com caule rasteiro de 30 cm de comprimento. Possui flores brancas, pequenas, e folhas em forma de coração. É conhecida pelos chineses com o nome de Fo-Ti-Tieng), sendo de sabor amargo. É conhecida há 3 milênios na índia, esta erva é nativa da Ásia tropical, desenvolvedo-se em terras úmidas e com sombras muito facilmente, sendo uma planta refrescante. As folhas são suas partes mais utilizadas. Na América do Sul, é facilmente encontrada, principalmente na região Sul do Brasil.
A Centella asiática tem sido usada há milênios como tônico, devido ao seu efeito energizador, porém não possui cafeína em sua composição, apenas alcalóides.
Na medicina tradicional chinesa, é considerada a erva da fonte da juventude, pois acredita-se que aumenta a longevidade daqueles que a usam freqüentemente.
Ela é muito estimulante devido aos polissacarídeos que contém, segundo uma pesquisa no Sri Lanka, publicada em 1999. Houve também um estudo que relatou que dezenas de pessoas que sofriam de úlcera de pele foram beneficiadas devido ao efeito da centella, que contém glicosídeos.
Nome: Canela
Nome científico: Cinnamomum zeylanicum Blume
Partes usadas: óleo essencial e casca
Propriedades terapêuticas: Adstringente, afrodisíaca, anti-séptica, aperiente, aromática, carminativa, digestiva, estimulante, hipertensora, sedativa, tônica e vasodilatadora.
Indicações: Amenorréia, calafrios, choques, diarréia, dismenorréia, doenças atônicas do estomago, dores de cabeça e estomacais, espasmo, gás intestinal, gripe, hipotensão arterial leve, tosses, úlceras estomacais por stress, além de propriedades adstringentes e carminativas.
Modo de usar:
Uso interno
Culinária – Condimentar arroz-doce, bebidas (chocolate, café…) bolos, carne, compotas, frutas, pães, panquecas, pasteis etc
Cosmética: para dar brilho nos cabelos; usada em pastas dentais e óleos bronzeadores;
Saúde: Contra gases abdominais, úlceras estomacais causadas por stress, hipertensão arterial, resfriados e dores abdominais;
Infusão – 1 a 3 g de canela em pó por xícara de chá de água fervente, deixando em Tomar 3 vezes ao dia.
Vinho medicinal: macerar durante 30 dias 30 g de casca em ½ litro de vinho licoroso. Coar e tomar 1 cálice duas vezes ao dia, antes das refeições (tônico e digestivo);
Casca em decocção – ferver por 20 minutos, em 250 ml de água. Tomar durante o dia.
Contra indicações: Não deve ser utilizada por gestantes por causar irritações nas mucosas e pele. O óleo essencial puro deve ser usado com moderação, podendo até queimar a pele.
Outras informações:
A Canela já era conhecida e utilizada pelos Chineses 2500 anos antes de Cristo e era tão apreciada como o ouro. Os antigos Egípcios usavam-na para embalsamar as múmias. A canela também era muito apreciada pelo povo de Israel, e Moisés recebeu indicação divina de usá-la, juntamente com outras especiarias, no óleo santo com o qual se ungiam os objetos do santuário e os sacerdotes (Êxodo 30:23).
A canela foi uma das especiarias que indiretamente contribuíram para o descobrimento da América, pois Colombo navegou para o Ocidente, através do Atlântico, pensando que encontraria a rota para a índia, de onde se sairia a canela, entre outros apreciados produtos orientais. Durante os séculos XVII e XVIII, a canela tornou-se a especiaria mais lucrativa para os holandeses.
A canela continua a ser muito apreciada para usos culinários e possui notáveis efeitos medicinais. Alguns ainda a consideram afrodisíaca.
É uma árvore de seis a 10 metros de altura, mais freqüentemente cultivada no Sri Lanka (o antigo Ceilão). Os árabes, que foram os primeiros a trazer a canela ao Ocidente, criaram um mito para assustar os comerciantes rivais, dizendo que ela só podia ser colhida nos pântanos, no ninho da grande fênix, protegido por serpentes aladas e morcegos.
Os portugueses terminaram por conquistar o Ceilão em 1505, mas as plantas eram mercadorias tão cobiçadas que a ilha terminou tomada pelos holandeses, seguidos em 1798 pelos britânicos. Hoje, as propriedades aromaterapêuticas da canela são bem conhecidas.
Agora como no passado, a canela é usada em desinfetantes bucais e para dar sabor a comidas e bebidas, além de ser utilizada como afrodisíaco. O cheiro da canela também desperta o apetite, revigora e aquece os sentidos e pode até produzir um sentimento de alegria. Existem muitos tipos de óleo de canela entre os quais escolher. O óleo pode ser destilado da folha ou da casca – muito mais potente -, ou também se pode obter óleo de cássia, uma parente menos possante da canela, oriunda da China.
Principais componentes da canela: a casca, mais irritante, contém cerca de 40 a 50% de cinamaldeído, e entre 4 e 10% de eugenol. A folha tem 3% de cinamaldeído e entre 70 e 90% de eugenol. A canela também contém linalol, acetona de metilamina e outros componentes.
Em geral, a canela é usada como estimulante físico e emocional. Pesquisadores constataram que ela reduz a sonolência, a irritabilidade e a severidade e freqüência das dores de cabeça. Em um estudo, o aroma de canela em uma sala ajudou os participantes a se concentrar melhor e trabalhar mais.
- Nome: Bardana
Nome científico: Arctium lappa L.
Parte usada: Fruto, folhas e aizes
Propriedades terapêuticas: Depurativa, diurética (eficaz eliminador do ácido úrico), colerética, laxativa, diaforética, anti-séptica, estomáquica, antidiabética, atua nos casos de insuficiência hepática, dermatoses, antibiótico externo principalmente para bactérias gram-positivas.
Indicações terapêuticas: As folhas de Bardana têm propriedades bactericida e anti-séptica, sendo utilizada desde tempos remotos como remédio para inúmeros tipos de doença de pele como micose, acne, herpes simples, seborréia, furúnculos, entre outros. Purificador do sangue, afecções reumáticas, queda de cabelo, picadas de insetos, torções, hemorróidas, enfermidades crônicas da pele, acnes, eczemas, pruridos, seborréia da face, herpes, vesícula inflamada, cálculo biliar, hepatite viral e cirrose.
Modo de usar
Uso interno
Infusão
Preparar 30g de raiz por litro de água, fervendo por 5 minutos, para ser consumido de 2 a 3 xicaras por dia;
Maceração de 20 a 30g de raiz triturada num litro de água (deixar em repouso durante 6 horas e depois ferver por 1 minuto;
Tomar 2 ou 3 xicaras por dia. Desta forma se reforçam as suas propriedades depurativas.
Uso externo
Compressas: Fazem-se com a mesma infusão ou maceração descritas para uso interno, mas um pouco mais concentrado;
Aplicam-se de 2 a 6 vezes por dia, durante 10 ou 15 minutos.
O Cataplasmas: Com folhas frescas esmagadas ou com a raiz cozida, forma-se uma pasta que se aplica sobre a pele afetada, durante uns 10 minutos, várias vezes por dia.
Loções: Aplicam-se com o sumo fresco da planta.
Contra indicações: O seu uso não é recomendado para crianças e pessoas com diarréias e feridas abertas.
Informações complementares
Esta planta chama a atenção sobretudo pelas suas grandes folhas. É também conhecida como erva dos tinhosos, pergamasso, pegamasso, pegamassa, carrapicho grande, carrapicho-de-carneiro, labaça, pega-pega e carrapichão, sendo muito comum no Japão, Portugal, França, Itália. Naturalmente na América do Sul, nasce espontaneamente até a Argentina e está bem aclimatada no Brasil.
As raízes e as folhas tenras podem ser utilizadas como alimento, podendo a raiz também ser consumida crua. Na Europa as folhas e brotos novos são consumidos como verdura e no Japão é cultivada uma variedade para produção de raízes comestíveis.
No Brasil tem um crescimento vigoroso, sendo considerada uma espécie daninha em pomares e terrenos baldios no sul do Brasil. Antigamente era utilizada em mistura com outras ervas, para clarear a pele, a bardana tem hoje aplicações como depurativo e cicatrizante.
O decocto de suas raízes é eficaz, como purificador do sangue, em doenças reumáticas, afecções reumáticas, afecções renais e distúrbios digestivos. Devido ao seu conteúdo em óleo essencial e em sais minerais ricos em potássio, a bardana é um excelente sudorífico e depurativo. Facilita a eliminação de substâncias residuais através da pele, deixando-a livre de impurezas.
Externamente, prepara-se com elas uma pomada para eczema e uma loção para evitar a queda de cabelo.
Um cataplasma das folhas frescas alivia as dores provocadas por picadas de insetos, torções e hemorróidas, e a sua infusão serve para limpar feridas e inflamações cutâneas.
O extrato das sementes e também suas infusões ou decocções são especialmente indicados para a cura de enfermidades crônicas da pele.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome Erva Tostão
Nome científico: Boerhavia diffusa L.
Parte utilizada: raízes.
Propriedades terapêuticas: antiblenorrágica, antidispéptica, anti-hidrópica, antileucorréica, antinefrítica, desobstruente, diurética, peitoral.
Indicações: afecções hepáticas, albuminúria, anúria, baço, béri-béri, cálculo biliar, cistite, congestão hepática, dispepsia, distúrbio estomacal, edema, engorgitamento do baço, febre biliosa, fígado, hemoptise, hepatite, icterícia, nefrite, nervosismo, picada de cobras, vesícula biliar, retenção de urina, uretrite, vias urinárias.
Modo de usar: -decocção de 20 g de raíz fresca ou 10 g de raiz seca em um litro de água. Depois que ferver deixe durante 10 a 15 minutos. Após, tapar e deixar esfriar. Tomam-se 4 a 5 xícaras ao dia.
- Nome: ENDRO
Nome científico: Anethum graveolens L.
Partes usadas: folhas, flores e sementes
Propriedades terapêuticas: antidiarréica, antiemética, antiespasmódica, antiinflamatória, anti-séptica, aperiente, aromática, carminativa, depurativa, digestiva, diurética, dispepsia, estimulante, estomáquica, galactagoga, hipnótica, laxante, resolutiva, supurativo.
Indicações: aerofagia, ânsia de vômito, aumentar o leite das mães, cólica intestinal em recém-nascidos, em dietas sem sal (rico em sais minerais), digestão, dismenorréia, dispepsia, dor de dente, espasmos gastrintestinais, flatulências, fígado, furúnculo, gases, hiperacidez estomacal, insônia, inflamação dos olhos, limpeza e desinfecção de feridas, queimaduras e úlceras dérmicas, meteorismo, resfriado, soluços.
Modo de usar
Infusão com uma colher de sopa (mais ou menos 10 g) de sementes, em meio litro de água. Tomar 2 ou 3 xícaras diárias, depois das refeições.
– vinho: ferver em ¼ de litro de vinho tinto 1 colher das de café da semente do enduro, um pedaço de canela e uma colher das de café de folha de eucalipto, durante 5 minutos. Abafar por 5 minutos e coar: resfriado;
inflamações nos olhos de sementes;
– 10 g de sementes fervidas em azeite de oliva: aplicar ainda quente sobre furúnculos (amadurecer e aliviar a dor);
Observações: folhas: ressaltam o sabor de peixes, aves, salada de batatas, molhos, manteigas aromáticas, pães, pastas de ricota e patês.
Indicações:
Contra-indicações: contra-indicado o uso interno de óleo essencial durante a gravidez, lactância, para menores de seis anos e pessoas com gastrite, úlcera gastroduodenal, síndrome de intestino irritável, colite ulcerosa, enfermidade de Crohn, hepatopatia, epilepsia, mal de Parkinson e outras enfermidades. neurológicas.
Outras observações: Planta herbácea que atinge de 30 a 50 cm de altura. O caule é estriado e as flores, amarelas. O endro é uma das plantas medicinais mais antigas: os Egípcios, os Gregos e os Romanos já a conheciam e apreciavam, usando-a como remédio e como condimento.
O seu aspecto é muito semelhante ao do funcho, e diz o médico espanhol do século XVI, Andrés de Laguna, que “se o gosto não fosse o juiz, facilmente se enganaria a vista, tomando um pelo outro”.
Efetivamente, o endro tem um sabor mais forte e picante do que o funcho, ainda que as propriedades de ambos sejam muito semelhantes.
As sementes do endro contêm uma essência (3%-4%), cujo componente mais importante é a carvona. É um poderoso carminativo (elimina os gases e flatulência intestinais), e aperitivo, além de diurético, galactagogo (aumenta a produção de leite) e ligeiramente sedativo. Também tem efeito emenagogo (estimulando a menstruação).
As suas indicações mais importantes são os arrotos e os soluços infantis, assim como o excesso de gases no estômago (aerofagia) e as flatulências intestinais dos adultos.
Também se utiliza como sedativo no caso de vômitos, e como estimulante da secreção do leite nas mães que amamentam.
É Originário da Ásia Menor e atualmente disseminado, tanto em estado silvestre como cultivado, em toda a Europa mediterrânea e América.
- Nome: Erva de Bicho
Nome cientifíco: Polygonum hydropiperoides Michx.
Parte usada: Folhas e ramos.
Propriedades terapêuticas: Adstringente, estimulante, diurética (faz urinar), vermicida (elimina vermes), antigonorréica, anti-hemorroidal, antidiarréica, vermífuga.
Indicações: É amplamente utilizada na medicina caseira em muitas regiões, sendo considerada adstringente, estimulante, diurética (faz urinar), vermicida, antigonorréica, anti-hemorroidal, sendo empregada também na aplicação local contra úlceras de pele, erisipela e artrite. Indígenas das Guianas utilizam um gel preparado de sua seiva como colírio para inflamações dos olhos. Internamente a planta é empregada contra diarréia, parasitoses intestinais, astenia, e indisposição. Externamente é utilizada no tratamento de erisipelas, hemorróidas e contra dores de origem reumática.
Modo de usar
Para afecções das vias urinárias, erisipelas, eczemas, varizes, fragilidade capilar, e como estimulante da circulação, a literatura recomenda o seu chá preparado com 10g de folhas e ramos picados, para 1 litro de água, beber 1 xícara (de chá), 3 vezes ao dia.
Recomenda-se também para seu uso externo, em aplicações locais de seu chá concentrado contra afecções da pele, feridas e úlceras varicosas, e na forma de banho de assento, contra hemorróidas, e como cataplasma, nos casos de reumatismo, artrites e dores musculares.
Contra indicações: Não é recomendado para mulheres em gestação.
Outras observações: Planta herbácea anual, aquática, de 40 a 60 cm de altura. Existem no país mais 3 espécies desse gênero, com propriedades semelhantes, tendo inclusive os mesmos nomes populares. Possui crescimento muito vigoroso, sendo considerada indesejável em áreas agrícolas e canais de drenagem no sul do país. Seu caule possui anéis nodosos, apresentando riscas avermelhadas. As folhas são alternas, inteiras, estreitas e pontiagudas, no formato de lanças, de coloração verde-brilhante e às vezes rajadas de vermelho. As flores são pequenas, de coloração branca ou rosada.
O fruto-semente é um aquênio pequeno. O plantio é feito por fruto semente ou estacas de galho, de preferência, em lugares úmidos, situados às margens dos rios. Colhe-se a parte aérea da planta no momento em que as flores estão desabrochando. O caule, a folha, a flor e o fruto apresentam um sabor fortemente apimentado. Em alguns países da Europa recebe o nome de pimenta d’água por conta disso.
- Nome popular: Erva-de-santa-maria.
Nome científico: Chenopodium ambrisioides L.
Parte utilizada:Folhas
Propriedades terapêuticas: Estomáquica, anti-reumática, e anti-helmíntica
Indicações: artrite, banho, hemorróida, reumatismo, sarna, hemorragia uterina, problemas de bexiga, congestão.
Na medicina popular brasileira é tida como estomáquica, anti-reumática, e anti-helmíntica. Seu óleo essencial foi usado por décadas para eliminar vermes intestinais, mas foi gradualmente substituído por outros químicos mais eficientes e seguros.
Modo de usar
O sumo extraído de suas folhas, associado a um pouco de leite, é famoso nas práticas caseiras como remédio para tratar gripe, bronquite e tuberculose. A planta triturada é usada no tratamento de contusões e fraturas, por meio de compressas ou ataduras.
– cataplasma : misturar 1 xícara de café de vinagre e uma colher de sopa de sal e amassar as folhas da planta nesta mistura até obter uma papa. Aplicar o cataplasma sobre a afecção e enfaixar;
– infusão: 1 xícara de café de planta fresca com sementes em 1/2 litro d’água, tomar 1 xícara de chá de 6 em 6 horas (vermífugo, estomáquico);
– Suco: misturar 1 copo da planta picada, com sementes, em 2 copos de leite e bater no liqüidificador. Tomar 1 copo de suco por dia, durante 3 dias seguidos: vermífugo;
Contra-indicação: Em alta dose é extremamente tóxica, podendo causar a morte. Não pode ser usada durante a gravidez.
O óleo essencial da planta pode causar náuseas, vômitos, depressão do sistema nervoso, lesões hepáticas e renais, surdez, transtornos visuais, problemas cardíacos e respiratórios.
Outras observações: Erva perene ou anual, com até 1 metro de altura. Seus frutos são pequenos, ricos em óleo, e são facilmente confundidos com sementes. A planta toda tem cheiro forte e desagradável bem característico.
As partes usadas são a planta inteira, as folhas, e óleo. As plantas são cortadas no outono para extratos líquidos e são secadas para fabrico de pó. As folhas são usadas frescas e também conservadas como exigido para posterior uso. É uma erva picante, adstringente, fortemente aromática que destrói parasitas intestinais, aumenta a transpiração e relaxa espasmos. Também tem efeitos expectorante, anti-fungal e insecticida. Das folhas e flores pode-se extrair um óleo essencial que contém ascaridol. Foram isolados dois compostos ativos: glicosídio de quercitina e isohametina.
É tradicionalmente usada no Brasil para afugentar pulgas e percevejos domésticos, sendo colocada, seca, sob o colchão ou lençol da cama. Fazem-se vassouras com a planta que, ao varrer a casa, afugenta pragas domésticas. Infusões ou extratos são usados como vermífugos, sendo realmente eficientes. No passado cultivava-se essa planta para a preparação de antihelmínticos, cuja descrição do processo foi publicada na Farmacopéia Brasileira de R. Albino. A ação é mais pronunciada contra ancilóstomo que sobre lombriga. O chá preparado com as folhas é pouco eficiente contra vermes intestinais, mas é considerado como estimulante estomacal. Medicinalmente a erva é usada internamente para tênia, outros pequenos parasitas, disenteria por amebas, asma e catarro.
Cresce espontaneamente no sul e sudeste do Brasil, onde é considerada planta daninha. Seu cultivo no Brasil é restrito às hortas caseiras. Esta planta está relacionada nos levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das mais utilizadas entre os remédios tradicionais no mundo inteiro.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome: Urucum
Nome científico: Bixa orellana L.
Partes usadas: raízes, folhas e sementes, polpa.
Propriedades terapêuticas: Anti-brônquica, anticoqueluche, prisão-de-ventre, males estomacais e intestinais, queimaduras (não deixa formar bolhas), béquica, gripe, antilepra, anti-cardite, constipação intestinal, intoxicação, antipericardite e afrodisíaco,
Indicações: Fornece betacaroteno, e age também contra hemorragias, afecções renais, febre.
Suas folhas acalmam enjôos da gravidez, suas raízes são digestivas, suas sementes são expectorantes e laxativas. A polpa reduz a febre e refresca. Os brotos tem a capacidade de desinflamar olhos (neste caso pode ser feito um chá por infusão e colocado como compressa). É ótimo contra aftas, faringites e amigdalites.
O pigmento bixina age como protetor solar dos raios ultra-violeta na pele, protegendo-a da formação de bolhas, nos casos de queimaduras, combate as afecções respiratórias juntamente com a febre, bem como as afecções intestinais como: prisão de ventre, constipação intestinal e estomacal, e combate também as hemorragias.
Modo de usar
Uso geral: Chá por infusão: Em 1 litro de água fervente, acrescenta-se 10 a 15 g de sementes. Tampa-se e deixa-se por 15 min. Coar e beber durante o dia. Até 3 xícaras
Chá das sementes: Digestivo e expectorante, para 1 xícara de chá de água, 10 g de sementes.
Infusão – uso interno
Chá das folhas: faringite e bronquites 30 g para 1 litro de água.
Decocção – uso interno
Chá da raiz (decocção), cicatrizante, antiinflamatório, digestivo e para higiene de feridas. Para 1 xícara de água, 10 g da raiz.
Xarope: sarampo (quando complicado) e faringite. Faz-se uma massa de urucu com mel de abelhas.
Uso externo: repelente de insetos: Passar no corpo a polpa da fruta que envolve as sementes. Afugenta os insetos.
Também pode-se elaborar óleo da seguinte forma: Misturar 1 colher de sopa de pó da de semente à 100 g de azeite de oliva e aplicar na forma de fino cataplasma sobre o local da queimadura.
Contra indicações: A casca da semente poderá causar efeitos tóxicos no fígado e no pâncreas e pode ser abortivo.
O urucuzeiro é proveniente da América tropical, alcançando até 5 metros de altura, tronco reto, farta ramificação, folhas simples, pecioladas e flores grandes de cor vermelho-claro, seus frutos são pequenas cápsulas de cor marrom-avermelhada, pardacento ou roxo escuro, contendo muitas sementes.
É uma árvore tipicamente de clima quente, desenvolvendo-se em especial na Amazônia, é conhecida como o urucum do Brasil, das Guianas, Venezuela, até a Bahia. O nome urucum vem do tupi: uruku, que significa vermelho.
Os indígenas usavam-no para colorir cerâmicas e seus corpos e protegê-los para a guerra e contra picadas de insetos. Na indústria, é utilizado para colorir a manteiga, o queijo, a cera e a seda. Age no combate ao ácido prússico (veneno da mandioca brava), bebendo-se a tinta extraída das sementes.
A semente do urucum é composta por 90% de bixina, carotenóide que acelera as funções hepáticas, reduzindo as taxas de colesterol e triglicérides. Emprega-se no tratamento contra a lepra, desde os tempos dos maias e dos astecas. Os corantes são utilizados na produção de colorau, usados nos embutidos (lingüiça e salsicha).
- Nome: Garra-do-Diabo
Nome científico: Harpagophytum procumbens D.C.
Partes usadas: bulbos ou rizomas
Propriedades terapêuticas
Antiinflamatória, analgésica, depurativa, anticancerígena, estimulante digestiva, arteriosclerose, rins e bexiga, vesícula, intestinos, é cicatrizante, hepática, antiespasmódica, anti-gota, artrose, artrite e anti-reumática.
Indicações de uso
É um dos remédios mais eficazes de que dispõe a fitoterapia para o tratamento das afecções reumáticas. Para reumatismo, pode ser usada em forma de cataplasmas e por via oral, e para um melhor resultado, pode ser usada das duas formas.
A ação desta planta, por ser fortemente amarga, serve como estimulante do sistema dïgestivo. O chá é depurativo e elimina rapidamente o ácido úrico, aliviando as dores causadas pela “gota” e artrites. Acalma os sintomas de cólicas intestinais. Reduz o índice de colesterol no sangue, regenerando as fibras elásticas das paredes arteriais. Se aplicado como cataplasma, em quaisquer afecções da pele, resulta em um dos melhores cicatrizantes existentes, inclusive para furúnculos.
Modo de usar
Para reumatismo e artrite – chá por decocção – em um copo de água, colocar 10 g da raiz e ferver por 15 minutos. Tomar doses pequenas, uma ou duas vezes por dia.
Infusão – 1/2 litro de água fervente. com 15 gramas de pó de raiz e deixar repousar de meia à uma hora. Tomar 3 a 4 vezes ao dia.
Tintura: tomar 30 gotas da tintura com água duas vezes ao dia. Para artrite associada à digestão difícil.
Compressas: aplica-se na área afetada, várias vezes ao dia, feito o chá por decocção bem forte.
Contra-indicações
deve ser evitado durante a gestação. Tomada em alta dose pode provocar contrações uterinas.
Outras observações
Trata-se de planta com raízes primárias e secundárias, que possuem gosto amargo e são utilizadas para remédios. Destaca-se pela suas flores vermelho-púrpura. É nativa da África, particularmente do deserto do Kalahari e atual Namíbia, se desenvolvendo em terrenos arenosos e argilosos.
Os africanos usam a erva para tratamento do câncer de pele. Na Europa, tem grande fama e o chá é recomendado para artrite, reumatismo e artroses. Os extratos das plantas realmente tem atividade antiinflamatória, comprovada com experiências com animais. Nos Estados Unidos, é uma erva usada no combate ao artritismo, sendo uma das plantas consideradas capazes de promover a longevidade e a boa saúde.
- Nome: Caju
Nome científico: Anacardium occidentale L
Partes utilizadas: casca do caule e ramos, casca e pedúnculo, casca da castanha, raiz, folhas, frutos, sementes e óleo
Propriedades terapêuticas : Adstrigente, antidiabético, anti-heorrágico, antiinflamatório, anti-reumático, antitérmico, antiulcerogênica, cáustica, diurético, laxante, purgante, tônico e vermifogo.
Indicação: afta, asma, diabetes, feridas, infecção da garganta, diarréias, disenterias, baixar colesterol e triglicerídeos, suplemento nutritivo (regime de emagrecimento), frieiras, cansaço dos pés, eczemas, reumatismos, avitaminose C, feridas, úlceras, verrugas, calosidades, cárie, catarro, congestão, constipação, debilidade, dermatose rebelde e diabete,
Modo de usar:
Diabetes Coloque 1 colher (chá) do pó da casca do caule do caju vermelho em 1 xícara (chá) de água em fervura. Desligue o fogo, espere esfriar e coe em uma peneira. Tome 1 xícara (chá) 2 vezes ao dia.
Feridas, infecção da garganta Coloque 1 colher (sopa) do pó da casca do caule em 1 copo de água em fervura. Desligue o fogo, deixe em repouso por 24 horas e coe em uma peneira. Use para fazer bochechos, gargarejos ou para lavar feridas infeccionadas.
Diarréias, disenterias Coloque 3 colheres (sopa) de folhas novas e frescas, cortadas em pedaços bem pequenos em 1/2 litro de água em fervura. Deixe ferver por 10 minutos e coe. Tome 1 copo toda vez que for evacuar. No caso de crianças deve ser dada metade da dose. Baixar o colesterol e triglicerídeos do sangue Consumir em pequenas doses (5 a 6 amêndoas) diárias. Suplemento nutritivo (regime de emagrecimento) A semente torrada pode ser consumida 1 hora antes das principais refeições em pequenas quantidades.Alimento nutritivo Ingerir o pseudo-fruto ao natural, como sobremesa ou entre as refeições, e em sucos. Frieiras, cansaço dos pés Coloque 1 colher (chá) de casca do caule em 1 litro de água em fervura. Deixe ferver por 15 minutos e coe em uma peneira. Despeje em uma bacia e acrescente mais 2 litros de água quente. Mergulhe o local afetado (pés ou mãos), por 10 a 15 minutos. Repetir a aplicação até a melhora. Diabetes, eczemas, reumatismos, avitaminose C Comer os pseudofrutos ao natural, ou sob forma de suco, 1 copo de 3 a 5 vezes ao dia. Feridas e úlceras Chá por decocção das folhas, banhar os locais afetados 3 vezes ao dia. Verrugas, calosidades
Uso externo sob a forma de óleo, aplicado diariamente.
Outras observações: O Cajueiro é originário do Brasil, e diz a história que foi introduzido em Moçambique e também na Índia pelos portugueses, no século XVI, juntamente com muitas outras espécies vegetais. O maior produtor mundial é a União Indiana seguindo-se Moçambique, embora aqui o plantio do cajueiro não obedeça ainda a qualquer plano nacional. Um erro frequente, é considerar que o fruto do Cajueiro é a parte suculenta de cor amarela ou avermelhada. Trata-se sim de um pedúnculo que é vulgarmente designado por caju. O fruto do cajueiro é a castanha.
Os indígenas Tupi que habitavam o Nordeste do Brasil já faziam uso desta deliciosa fruta carnuda e suculenta. Foi através dos indígenas que esta fruta se espalhou por toda a região seca e árida do Nordeste.
O caju está presente na poesia, na literatura, nos costumes e folclore, na medicina e também na mesa, na culinária, na confeitaria de todo o Brasil. A parte carnosa do caju, que alguns denominaram de “pêra”, de cor amarela ou vermelha e sumo aromático e adstringente, é às vezes muito doce, outras, muito ácida ou azeda, devido à grande quantidade de ácido ascórbico ou vitamina C.
A castanha tem a forma de um pequeno rim humano, com óleo forte em sua amêndoa e casca. É pobre em proteínas, mas garante boa dose de carboidratos, fontes insuperáveis de energia. É rica em minerais como: ferro, cálcio e potássio, este na quantidade de 143 mg em 100 g de polpa. O potássio ajuda a regular a pressão arterial e a concentração muscular, inclusive do músculo cardíaco, fazendo o coração bater no ritmo certo. O cálcio é importantíssimo para a manutenção dos ossos e prevenção da osteoporose. O ferro, essencial à formação de hemoglobina, combate a anemia em crianças e gestantes: Tem grande quantidade de fibras. Hoje, sabe-se que as fibras alimentares têm papel muito importante na digestão dos alimentos, pois favorecem o movimento peristáltico do estômago e dos intestinos, combatendo a prisão de ventre. Contém ainda pectina, que é um tipo de fibra solúvel em água, que dificulta a absorção das gorduras, ajudando a controlar os níveis de colesterol no sangue. A castanha torrada contém grande quantidade de zinco, essencial para o funcionamento da próstata. Se você sofre de diabetes, veja se está consumindo alimentos ricos em antioxidantes, principalmente vitamina C. A razão é que o processo de obstrução arterial parece anormal e ainda mais grave nos diabéticos. Especificamente, o mau colesterol (LDL) é mais suscetível à oxidação, destruindo mais facilmente as artérias. Por isso, o risco de doenças cardíacas é três vezes maior nos diabéticos. Tomar vitamina C diariamente, um copo de suco de caju, por exemplo, ajudará a evitar o ataque cardíaco.
O caju contém 219 mg de vitamina C em 100 g de polpa, ou seja, menos da metade da polpa de cada caju é suficiente para o processamento diário desta vitamina, responsável pelo fortalecimento de nosso organismo contra infecções e até contra a infertilidade dos espermatozóides. Além de prevenir gripes e resfriados, a vitamina C é um importante antioxidante, que inibe a ação dos radicais livres, protegendo as células contra o envelhecimento precoce. O caju pode ser consumido como fruta fresca, cristalizada ou em calda, doces, compotas, sorvetes, sucos e refrescos.
A cajuína é o suco filtrado, engarrafado e cozido em banho-maria. É muito apreciada geladinha. Quando misturada com álcool de cereais, transforma-se em jeropinga, um verdadeiros vinho, encorpado e proveniente do caju. O menos encorpado vinho fermentado de caju recebe o nome de mocororó.
O valor energético em média de 100 g de polpa é de 46 calorias.
Pesquisadores do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da Universidade Federal da Paraíba descobriram que, a partir da resina do Cajueiro, chega-se a uma sustância que substitui a mundialmente famosa Goma Arábica, um produto de múltiplas finalidades que o Brasil e outros países do mundo, essa goma hoje é usada pela indústria farmacêutica como agregante em comprimidos no lugar da goma-arábica produzida na África.
- Nome: Sete Sangrias
Nome científico: Cuphea balsamona C.
Partes usadas: toda a planta
Propriedades terapêuticas: Sudorífera, diurética, hipertensora, anti-sifilica, antiinflamatória das mucosas, colesterol, obesidade, arritmia cardíaca, fortalece e alivia o coração, é depurativo do sangue, disenterias e diarréias, ácido úrico. É anti-reumática, anti-arteriosclerótica, afecções da pele (eczemas, psoríases, úlceras), problemas cardíacos.
Indicações: Arritmia cardíaca, depurativo do sangue, limpa o estômago, e intestinos e rins. Combate o aumento de colesterol. É muito bom para arteriosclerose.
Nos Estados Unidos, cerca de 400 mil pessoas entre 20 e 60 anos, morrem anualmente de morte súbita e no Brasil, os Óbitos chegam a 300 mil anualmente.
Cerca de 80% das mortes súbitas são causadas por arritmias cardíacas, uma espécie de curto circuito que faz com que o coração bata de forma desorganizada e acabe fibrilando, impedindo o bombeamento de sangue e provocando a morte cerebral e a falência de outros órgãos, como os pulmões e os rins. Quando ocorre este problema muito pouco pode se fazer.
Desta forma a prevenção continua a ser a alternativa para se evitar a morte repentina, e consiste na moderação alimentar e no uso periódico de sete sangrias, que devido aos seus elementos, ajuda as pessoas a não terem arritmia cardíaca.
Contra-indicações: não deve ser tomado por crianças
Modo de usar
Uso interno – chá por infusão – 30 g para 1/2 litro de água quente. Abafe por 10 minutos e tome 2 copos por dia.
Uso externo – infusão – problemas de pele (psoríase, eczemas) – coloque 20g da planta em um copo com leite em fervura. Depois de esfriar, com um algodão, aplique na parte afetada várias vezes ao dia.
Outras observações: Considerada erva daninha pela facilidade com que cresce, atingindo até 60 cm de altura, possui caule avermelhado, coberto por pilosidade glandulosa, suas folhas possuem coloração diferenciada em suas faces, e tem flores vermelhas ou violáceas.
O fruto é uma cápsula pequena com sementes. Seu nome significa que vale por sete sangrias. As folhas não possuem pubescência do lado superior e são peludas no lado interior. Cresce preferencialmente em terrenos úmidos e arenosos com bastante facilidade.
É oriunda da América Central. No Brasil, é comum encontrá-la em Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Goiás.
- Nome: Pata de Vaca
Nome científico: Bauhinia forticata
Parte utilizada: folhas, raizes e casca do tronco
Propriedades : Casca e caule possuem propriedades expectorantes. As raízes são vermífugas, as flores são purgativas, as folhas são diuréticas e recomendadas como antidiabéticas
Indicações : É empregada nos tratamentos da diabetes. A casca é indicada para diabetes e as folhas como diurético. Hipogliceminante (antidiabético), purgativo e diurético. Para problemas do aparelho urinário.
Modo de usar :
infusão de 2 xícaras de café da folha picada em 1/2 litro de água ou 1 folha picada por xícara de chá. Tomar 4 a 6 xícaras de chá ao dia para diabetes. A infusão das flores é purgativa.
– decocção de 1 colher das de sopa do pó da casca e folhas secas em 1 xícara de água. Tomar ½ a 1 xícara de chá ao dia;
Contra indicações: pode potencializar drogas antidiabéticas; é contra-indicada para pessoas com hipoglicemia e durante gravidez.
Descrição : . Esta espalhada por todo o Brasil e no norte da Argentina, podendo inclusive ser vista em muitas ruas por nossas cidades. As folhas são alternas, com 2 folíolos unidos pela base, larga ovadas, membranosas, coriáceas, apresentando 9 nervuras principais e um corte no centro no sentido vertical até o meio, o que lhe dá o aspecto de uma pata de vaca. O fruto é uma vagem contendo várias sementes. Reproduz-se por sementes e é de fácil cultivo, não exigente quanto ao solo e clima. É muito encontrada nas matas, copoeiras, beiras de estrada e terrenos baldios. A colheita das folhas deve ocorrer, de preferência,antes da floração, as cascas do caule em qualquer época e as flores no momento de sua abertura.
O mecanismo de redução da glicose pelo extrato da pata-de-vaca já foi comprovado, apesar do uso indiscriminado ser questionado pelos pesquisadores.
Essa função disseminada pela sabedoria popular foi estudada por pesquisadores do Laboratório de Farmacologia Molecular da Universidade de Brasília (UnB) e comprovada cientificamente. O professor Francisco de Assis Rocha Neves, coordenador do laboratório, e seu orientando Marlon Duarte da Costa verificaram em ensaios in vitro realizados com células humanas, que o extrato da planta ativa o receptor PPAR-gama, que é um potente estimulador da ação da insulina – hormônio responsável pela entrada de glicose na célula.
No estudo, a atividade do extrato da planta, coletada no campus universitário entre junho e agosto de 2003, também foi comparada a medicamentos utilizados por diabéticos na ativação do receptor PPAR-gama. O princípio testado foi a pioglitazona. A planta ressecada e transformada em pó demonstrou atividade duas a três vezes maior que a ação da pioglitazona na ativação do PPAR-gama. Os cientistas passaram então a testar isoladamente as moléculas do extrato da planta para ver qual delas é responsável por essa ação.
Uma delas, a molécula kaempferol, purificada na Universidade Federal de Santa Catarina, ativou menos o PPAR-gama que a pioglitazona. “Isso significa que há outras moléculas envolvidas no mecanismo da ação da Pata de Vaca que precisam ser estudadas”, diz Neves. A pesquisa continua para identificar qual molécula do extrato da planta apresenta essa ação exata. A partir daí, um medicamento mais específico que os já existentes no mercado poderá ser elaborado.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome: Açai
Nome científico: Euterpe oleracea
Parte usada: amendoas, raiz, frutos e palmito
Propriedades terapêuticas : adstringente, resolutivo, depurativo.
Indicações : diarréia, fígado, icterícia, cirrose, anemia, vermes
O açaí é uma palmeira do norte do País. É conhecido pelos indígenas como “içá-çai”, a fruta que chora. Sendo típico da Amazônia, espalha-se por toda a região, chegando ao Maranhão, Guiana e à Venezuela. As utilidades da planta vão desde do tradicional “vinho do açaí”, até cremes, sucos, sorvetes, picolés, licores, mingau (com farinha de tapioca, peixes, banana etc). O caroço pode ser usado para produzir artesanato e adubo orgânico de excelente qualidade. O cacho serve para fazer vassoura e adubo orgânico, e quando queimado produz uma fumaça que é utilizada como repelente de insetos como o carapanã e maruim. O palmito é bastante empregado no preparo de saladas, recheios e cremes e serve também como alimento para os animais. As raízes combatem a hemorragia e verminoses
Modo de usar:
– Uso geral – em pó com cereais matinais;
– óleo das amêndoas: adstringente, resolutivo;
– decocção das raízes: diarréia, depurativo;
– suco ou vinho da polpa dos frutos: fígado, icterícia, cirrose, anemia;
– palmito cru: em saladas, empadas, pizzas, omeletes, cremes etc
– frutos novos: distúrbios intestinais e vermes;
– palmito (em forma de pasta): conter hemorragias após extrações dentárias.
Toxicologia : Não encontrada até o momento
Outras observações: O açaí foi objeto da tese de mestrado em Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Farmácia da UFRJ, de Gracilene Barros dos Santos, sob a orientação do professor Fábio de Sousa Menezes, do Departamento de Produtos Naturais e Alimentos da universidade. Os resultados alcançados pela dupla foram bem interessantes. “Inicialmente o objetivo da dupla era apenas conhecer mais profundamente a química e a farmacologia geral do açaí. Mas assim que se começou a trabalhar, percebeu-se a enorme riqueza química de suas folhas, cachos, flores e, em especial, frutos”, diz o professor.
Em um primeiro momento, comparou-se o extrato da Euterpe oleracea com o da Saw Palmeto, palmeira norte-americana pertencente à mesma família e que é utilizada para a fabricação de um comprimido para tratamento da hiperplasia prostática. Bastante comum, a doença se caracteriza pelo aumento da próstata. O resultado evidenciou claramente que, como a composição química de ambas as plantas é praticamente a mesma, provavelmente a atividade farmacológica também será bastante semelhante, evidenciando de imediato que este poderia ser uma alternativa nacional, ao da palmeira americana, e possivelmente mais barato. O açaí possui baixíssima toxidez, há segurança mais do que suficiente para produzir medicamentos a partir do extrato do fruto.
Outra conclusão de extrema relevância diz respeito à propriedade comprovada pela pesquisa de que o extrato do açaí extermina o caramujo Biomphalaria grablata, que é o hospedeiro intermediário na esquistossomose. Como possui um ciclo evolutivo bem definido, caso este ciclo seja interrompido, com a morte do caramujo_ a doença deixa de existir. De acordo com o professor, os testes realizados comprovaram que os caramujos tiveram interrompida a sua capacidade de reprodução e, num prazo de três meses, 90% deles haviam morrido.
“Em termos práticos, o que isso significou? “As terras alagadas, que são o mais perfeito habitat para o caramujo, são também áreas muito propensas à proliferação da Euterpe oleracea. Essas palmeiras crescem em terrenos alagadiços e, através da migração pelo solo e pelas raízes de suas substâncias químicas, os açudes próximos ficam protegidos da presença dos caramujos. Em outras palavras: em primeiro lugar, o açaí impede a reprodução do caramujo e, depois, vai exterminando-o aos poucos”, explicou o professor.
As propriedades antioxidantes e antimicrobianas do açaí também ficaram comprovadas graças ao estudo dos pesquisadores. “Constatou-se que o açaí possui uma capacidade antioxidante cinco vezes maior pelos testes do que a do Gingko biloba, produto fitoterapêutico que hoje é muito conhecido e utilizado no mundo inteiro.
Por fim, uma má notícia para os consumidores fiéis de sucos e preparados à base da polpa congelada do açaí. O estudo feito na UFRJ comprovou que as polpas industrializadas possuem quase nenhuma similaridade química com a fruta. Além de possuírem enormes quantidades de aditivos químicos, conservantes e estabilizantes.
Curiosidades do Açaí – A planta do momento
Açaí na mamadeira
Só as lanchonetes e os quiosques do Rio de Janeiro vendem todo mês quase 200 toneladas da polpa do açaí. É a cidade em que a fruta faz mais sucesso fora do Norte. Mas nem se compara a Belém, no Pará, onde o consumo da polpa chega a ser 2,3 vezes maior do que o de leite. Aliás, os paraenses costumam oferecer açaí na mamadeira aos seus filhos. “É por isso que é raro a gente encontrar criança anêmica por aqui”, diz a dona de casa Maria Augusta de Oliveira. Engana-se, nesse sentido, porque a fruta não contém tanto ferro quanto ela e muitos consumidores fiéis imaginam.
Bastante gordura
“Acho que a associação acontece por causa da cor, conferida por um pigmento tão forte que chega a tingir temporariamente as fezes e a urina”, explica a nutricionista Carla Monteiro de Lima, de São Paulo. “Mas, sem dúvida, o açaí na tigela equivale a uma boa refeição. Trata-se de um prato rico em minerais, vitaminas — especialmente a B1 e a B2 — e cálcio, muito cálcio.” Por isso mesmo, é indicado a mulheres com tendência à osteoporose que não tenham problemas com a balança. “Afinal, o açaí contém também muitas gorduras. E calorias.”
Rico conteúdo
O que você encontra em100 gramas de polpa diluída, como é vendida congelada: cerca de 248 calorias 9 gramas de gordura 110 miligramas de cálcio apenas 9,3 miligramas de ferro
A tigela no Norte…
A receita preferida dos nortistas é servir a polpa pura ou muito pouco diluída na tigela, com açúcar a gosto. No final, o toque especial do Pará é polvilhar esse caldo grosso com bastante farinha de tapioca. Preparada dessa maneira, a porção tem nada menos do que 1 500 calorias.
…e no Sul
A frutinha virou moda nas academias do país inteiro em outra versão: 200 gramas de polpa são bem diluídos e misturados com 1/2 xícara de granola, 1 colher de sopa de mel, 1 colher de sopa de xarope de guaraná e 1 banana média. Esse coquetel tem cerca de 900 calorias.
- Nome: Copaíba
Nome científico: Capaífera reticulata Ducke
Partes usadas: resina extraída do tronco.
Propriedades terapêuticas
Antiinflamatória, blenorragia, queimaduras, bronquites, anti-séptica das vias urinárias e das vias respiratórias, cicatrizante, expectorante, laxante, antidiarréica, anti-sifilica, psoríases, enureses (controle uinário), urticária.
Indicações de uso
Contém óleo essencial e resina, cuja composição ainda tem o ácido copaíbico, que é eliminado pelos rins, e atua como anti-séptico e antiinflamatório sobre as mucosas genitais e urinárias. O óleo é recomendado para tratamentos das mucosas genitais e pulmonares, como bronquites e tosses.
Para as doenças venéreas, tanto masculinas quanto femininas, aplica-se também nos casos de afecções urinárias (cistites), bem como em feridas, eczemas, psoríase. urticária, acnes, escamações e irritações no couro cabeludo e caspas.
Tem dado resultado no tratamento de câncer pulmonar, devido aos seus princípios ativos antiinflamatórios.
Modo de usar:
Óleo: recomendado para aplicar nas diversas infecções externas da pele, incluindo queimaduras, apesar de provocar náuseas em alguns pacientes, pode também ser ingerido. O óleo de copaíba é um ótimo cicatrizante, quando aplicado diretamente no local afetado por ferimentos, eczemas e também no caso de psoríase, este deve ser usado por meses de tratamento.
Xarope para bronquite: a melhor aplicação do óleo de copaiba tem sido em pessoas com problemas respiratórios, como asma e bronquite aguda. Devido aos seus óleos essenciais de ação antiinflamatória e vasodilatadora, misturado com mel, dá um excelente xarope contra bronquite e catarro pulmonar, além de ser expectorante.
Contra-indicações: não é recomendado para grávidas, lactentes ou pessoas com afecções gástricas. Cuidados: não deve-se tomar durante um período superior a dez dias, podendo ocorrer erupções cutâneas, nefrites e problemas digestivos, como vômitos, náuseas, diarréias com cólicas. Com exceção dos xaropes.
Outras observações
É uma árvore de grande porte, com folhas alternas e compostas, cheias de glândulas contendo óleos resinosos, com flores sésseis, e cachos auxiliares. É a espécie de copaíba mais estudada. Atinge até 20 metros de altura e de seu tronco, que é de cor vermelha escura por fora e avermelhada por dentro, extrai-se a resina para elaborar, através da destilação, o óleo de copaíba. Chega-se a extrair até 20 litros de óleo bruto, líquido, transparente e viscoso, de cheiro forte, penetrante e sabor amargo. Os índios amazonenses untam o corpo com esse óleo depois das lutas para cicatrizar as feridas. As folhas são pinatifidas compostas, de flores brancas ou rosadas, e o fruto é tipo vagem, com uma semente apenas.
Artigo: Copaíba
Ação antiinflamatória da copaíba é duas vezes maior que a do diclofenaco de sódio
Testes realizados na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto comprovaram a eficácia da árvore usada como antiinflamatório pela medicina popular. Os pesquisadores já solicitaram o registro da patente
Mais uma vez a Ciência comprovou a eficácia de uma planta largamente usada na medicina popular. Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP constataram que o óleo de copaíba apresenta ação antiinflamatória. Esse potencial se mostrou duas vezes maior que o encontrado no diclofenaco de sódio, um dos medicamentos mais utilizados no mercado. O estudo, realizado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, teve seus resultados depositados para patente.
A autora do trabalho, Mônica Freiman de Souza Ramos, separou o óleo de copaíba em duas frações: volátil (líquida, com componentes que podem evaporar) e resinosa (com uma consistência um pouco mais fluída que o mel). “Não usamos a fração resinosa porque além de ser mais difícil de trabalhar, a composição da substância não indicava que ela pudesse ter ação antiinflamatória”, afirma.
Os estudos foram concentrados nessa fração volátil, produto que sofre evaporação rápida, o que limita sua veiculação em formas farmacêuticas convencionais. Por isso, a pesquisadora desenvolveu microcápsulas (cápsulas microscópicas) que aprisionam essa fração volátil – limitando sua perda por evaporação – e a transformam em um produto sólido, capaz de ser administrado nesta forma ou em outras mais convencionais, como comprimidos e cápsulas.
A patente refere-se a todo esse processo, incluindo a descrição química da substância. Procura-se garantir que, caso o óleo da copaíba se transforme num produto farmacêutico, a patente seja em parte da FCFRP.
Mônica realizou testes biológicos em camundongos que sofriam de pleurisia induzida (inflamação da pleura, membrana que envolve os pulmões) e de edemas nas patas. Tanto a fração volátil como as microcápsulas foram eficazes no tratamento. “O produto microencapsulado poderá ser usado na indústria farmacêutica tanto como uma forma final (microcápsula) ou como intermediária em outras preparações”, explica.
Diclofenaco x Copaíba
O diclofenaco de sódio é um medicamento sintético de ação antiinflamatória comprovada. “No caso da copaíba, teremos um medicamento fitoterápico com a mesma ação de um sintético”, esclarece. Nos testes, as doses usadas foram de 100 miligramas (mg/) por quilo (Kg) de diclofenaco e 32mg/Kg de fração volátil e de microcápsulas. O efeito antiinflamatório foi o mesmo: “A potência da copaíba se mostrou maior, porque com uma dose menor, obtivemos a mesma equivalência terapêutica”, conta a pesquisadora.
Mas haverá um longo caminho até que a população possa usufruir deste antiinflamatório extraído da copaíba. Ainda são necessários testes toxicológicos e, em seguida, os testes clínico em humanos. A pesquisadora acredita que esse processo deve durar cerca de cinco anos.
As copaíbas são árvores nativas da região tropical da América Latina e da África Ocidental. No Brasil é encontrada na região Amazônica e no Centro-Oeste. O óleo bruto da árvore é exportado para a Europa, desde o início do século passado, para ser usado na indústria de aromas, vernizes e restauração de quadros. Na medicina popular, é empregada como cicatrizante e antiinflamatório.
Fonte: Agência USP de Notícias
Resina de copaíba vira antiinflamatório
da Folha de S.Paulo
Milhões de anos de evolução produziram, na resina de uma árvore comum na Amazônia e no Centro-Oeste, um medicamento antiinflamatório duas vezes mais potente que alguns dos mais populares do mercado hoje. Uma equipe da USP de Ribeirão Preto está explorando esse potencial, já sugerido pela medicina popular, e desenvolveu uma maneira de administrar a parte ativa do óleo da planta como remédio.
Divulgação
Estudo indica propriedades antiinflamatórias
A árvore é a copaíba –ou melhor, o conjunto de árvores, já que se trata de várias espécies com parentesco próximo entre si, do gênero Copaifera. “Na verdade, nós usamos o extrato comercial, que vem de mais de uma espécie”, contou à Folha a farmacêutica Mônica Freiman de Souza Ramos, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Ela acaba de concluir seu doutorado sobre o tema na Faculdade de Ciências Farmacêuticas USP de Ribeirão Preto, sob orientação de Osvaldo de Freitas. No projeto, além de comprovar o papel antiinflamatório do óleo –a medicina popular da região Norte também o usa como antisséptico e cicatrizante–, ela caracterizou quimicamente o produto e criou uma forma de administrá-lo aos camundongos que serviram de cobaia no estudo. O processo já está patenteado.
Desmanchando no ar
A pesquisadora conta que o óleo, já bastante estudado, é composto por duas frações bem diferentes. Uma é mais pastosa, enquanto a outra é volátil, ou seja, alguns de seus componentes podem evaporar. Problema número um: é justamente nessa fração “vaporosa” que as propriedades terapêuticas do óleo parecem estar. O principal componente dessa fração é conhecido como cariofileno, embora outras substâncias também estejam ali.
O jeito foi aprisionar a parte que interessava do óleo em microcápsulas, com tamanho entre 10 e 15 mícrons (um mícron equivale a um milésimo de milímetro), por um processo que lembra a produção de leite em pó. “Como as cápsulas são microscópicas, a olho nu só é possível ver uma espécie de pó”, explica Ramos.
Pelo menos em camundongos, o pó surpreendeu. Os pesquisadores induziram inflamações nas patas e na pleura (a membrana que recobre os pulmões) dos bichos e depois administraram as microcápsulas com o óleo. O potencial antiinflamatório foi cerca de duas vezes mais forte do que a do diclofenaco de sódio (mais conhecido pelos nomes comerciais Voltaren e Cataflam).
Segundo a farmacêutica, ainda é cedo para falar de efeitos colaterais, mas os dados dos roedores de Ribeirão e os obtidos por outros pesquisadores sugerem que o óleo é pouco tóxico e não causa reações adversas. A maneira como ele age também ainda precisa ser elucidada, mas há indícios de que ele interfira com o sistema de sinalização química que desencadeia a inflamação.
Uso sustentável
Se tudo der certo, os testes finais de um medicamento fitoterápico em humanos acontecerão daqui a cinco anos, estima Ramos. O fato pode ser uma boa notícia para o manejo sustentável da copaíba, já que a extração da resina mantém a árvore de pé (cada “colheita” pode ser feita a cada seis meses ou um ano, diz a pesquisadora).
“É uma prova de como a gente pode explorar bem a biodiversidade brasileira”, afirma. Hoje, a planta já é explorada pela indústria de cosméticos e vernizes, por exemplo.
É bom lembrar que os resultados da pesquisa não garantem que qualquer resina de copaíba por aí terá efeito medicinal. “Há variações de árvore para árvore, e em algumas o conteúdo não-volátil pode ser muito mais abundante. É preciso tomar cuidado com isso”, aconselha a farmacêutica.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
- Nome: Tomilho
Nome Cientifico: Thymus vulgaris
Parte usada: sementes, sumidade florida e folhas.
Aspectos Agronômicos: Se propaga por divisão das touceiras, por estaquia, por mergulhia e por semente. A propagação por semente é a mais aconselhável, pois resulta em plantas mais ricas em seus componentes, mais aromáticas e mais vigorosas.
É uma planta que se cultiva do Ártico aos Trópicos, do nível do mar até em montanhas de 3000 metros de altitude. Contudo, as plantas com melhores qualidades aromáticas são as provenientes de regiões de climas temperados quentes, nos quais as temperaturas giram em torno de 20 º C ou pouco mais.
O Tomilho prefere solos soltos, profundos, arenosos, bem drenados, com boa exposição à luz solar, e que tenham recebido uma boa calagem para neutralizar uma eventual acidez. Quando cultivado em solos muito férteis e frescos, resulta em plantas com baixas qualidades aromáticas; por isto se dá preferência a cultiva-lo em solos menos férteis, porém soltos e bem drenados.
A colheita é efetuada no momento da floração ou na época correspondente quando cultivado em regiões cuja latitude impeçam formação de fores. Se as plantas estiverem bem desenvolvidas no primeiro ano, se poderá efetuar uma pequena colheita, a partir do segundo ano de vida da cultura se poderão efetuar até dois cortes por ano ( o primeiro, no princípio do verão, pouco ante da floração, e o segundo em meados do verão, aproximadamente, por ocasião da floração ).
A cultura deve ser renovada a cada 3 ou 4 anos, para que se obtenham plantas de boa qualidade.
Características: O tomilho é uma erva perene nativa da Europa e aclimatada no Brasil. É um pequeno arbusto com 10 a 30 cm de altura. As pequenas folhas, em forma de ponta de lança, são verde-cinzentas em um dos lados. Na extremidade dos ramos nascem agrupadas as flores, melíferas, rosadas ou brancas.
Indicações e Usos: Na medicina caseira, usa-se toda a planta florida; na culinária, utilizam-se as folhas e os brotos frescos ou secos e pulverizados. Atua sobretudo no aparelho respiratório e no digestivo. O chá combate cólicas, gases, diarréia, corrimento vaginal e é um ótimo desinfetante em várias doenças gastrointestinais. É comum a utilização desta herbácea no preparo de xaropes e chás contra a tosse, pois atua como calmante para os vários tipos de tosse, inclusive a da bronquite e a da coqueluche. Externamente, o banho com folhas cozidas é indicado para o reumatismo e a gota (em fricções), para crianças raquíticas e debilitadas e pessoas nervosas. É usada também em loções para feridas difíceis de curar e para anginas. Ajuda a clarear manchas causadas por acnes e infecções cutâneas. No couro cabeludo a ação do chá (por cerca de 15 minutos) diminui a queda de cabelos.
Gregos e romanos utilizavam esta erva por suas propriedades medicinais e aromáticas; no Egito e na Palestina, uma das espécies de tomilho era empregada para lavar os mortos.
Uso Interno:- Chá por infusão: 10g por litro ( folhas e flores ) ou decocção :1 colher ( chá ) de sementes para cada xícara de água ( fervura durante 15 min. ); se a utilização for raízes, talos e caule, utilizam-se 2 colheres ( sopa ) de Tomilho para 1 L de água – 3 a 4 xícaras por dia.
Uso Externo:
– Cataplasma ( escaras de decúbito; reumatismo ) , 2 vezes ao dia deixando agir por 10 min.
Outras observações:
Dizem que seu nome botânico, Thymus, vem do grego “Thymon”, que significa fumigação, e deriva do fato de que era utilizada para perfumar os templos.
Na Roma imperial simbolizava o valor, tanto que os soldados romanos acrescentavam-na à água do banho para adquirir coragem. Durante a Idade Média, fazia parte do ramalhete de ervas, usado pelos nobres como preventivo das pestes, epidemias e enfermidades contagiosas em geral. No séc. XVII entrava, juntamente com cerveja, na preparação de uma sopa tida como muito eficaz contra a timidez.
Usos:
Fitoterápico:
– Má digestão, azia, flatulência, fermentação intestinal, verminose ( inclusive a oxiuríase ), tosses catarrais, tosses espamódicas, astenia nervosa, nervosismo, má circulação periférica, debilidade infantil, escaros de decúbito, reumatismo ( juntas doloridas ) mau – hálito.
– Gripes, resfriados, tosses, desobstrutor das vias aéreas.
– Clorose ( anemia microcítica, própria das moças na puberdade e adolescência ) e atonia de funcionamento do aparelho digestivo.
– Feridas, chagas.
– É um excelente remédio para eliminar lombrigas, oxiúros e outros vermes, depois do tratamento completado, deve-se tomar um laxante. ( Sanguinetti )
Na culinária são utilizados, de preferência, os raminhos frescos para aromatizar carnes, peixes verduras, legumes e pizzas.
É empregado na industria de perfumes e como aromatizante de licores.
ÓlEO:
-Candida albicans
-Cansaço
-Doenças infecciosas
-Doenças respiratórias
-Dor de garganta
-Estimulante genérico
-Exaustão mental
-Monilíase
-Inalação: Estimula a inteligência.
* Farmacologia:
Por conter óleo essencial I composto de timol, carvaerol, borneol, linalol, cimeno, pineno, dipenteno e ocetato de bornila ), um princípio amargo, tanino e matérias resinosas e pépticas, o tomilho age como digestivo, anti –séptico, carminativo, emenagogo, cicatrizante, vermífugo, estimulante e sedativo nas crises de coqueluche.
- Programa Globo Repórter Medicina das especiarias exibido em 27/02/2009
Medicina indiana utiliza mais de 500 ervas
Gengibre, que pode ser encontrado no Brasil, age contra as doenças respiratórias.
Por Francisco José – Pune- Índia
Talvez nenhuma outra medicina use tanto as plantas como a medicina tradicional indiana, conhecida como ayurveda, a ciência da vida. Muitos vão buscar tratamento na cidade indiana de Pune.
A equipe do Globo Repórter acompanhou a médica ayurvédica Sonali Shinde e uma aluna brasileira dela, Joana Rodrigues, na feira. Logo que chega ao mercado, a médica vai identificando todas as ervas. Mais de 500 podem ser usadas nesse tipo de medicina.
Logo fomos apresentados ao amalaki. Parece uma ameixa, mas não tem no Brasil. É muito valorizado na ayurveda por ter cinco sabores em uma só fruta: é doce, amargo, azedo, apimentado e adstringente. Só não é salgado.
Mas no mercado de Pune é possível encontrar produtos bem conhecidos dos brasileiros. Um produto que tem muito no Brasil, o gengibre, é da maior importância na medicina ayurveda.
“Quando cozinhamos os legumes, usamos gengibre. Ele digere as toxinas no corpo e age contra as doenças respiratórias, como a sinusite”, diz a médica Sonali Shinde.
A doutora explica que a hortelã age contra o que a medicina indiana chama de vata, a força do ar: reduz dores e gases abdominais e por isso acompanha bem as comidas mais pesadas.
Seguimos nossa busca pelo mercado de Pune.
“O abacaxi é ótimo para melhorar o tecido sanguíneo, mais especificamente o plasma. E é ótimo também para eliminar vermes e lombrigas. Então, mesmo como medida preventiva, de vez em quando deve-se comer abacaxi”, orienta Joana Rodrigues.
As cenouras, que na Índia são avermelhadas, são usadas nos doces.
“A goiaba tem uma propriedade adstringente também. Tudo o que é adstringente fecha as glândulas salivares. Então, paramos de ter vontade de comer mais. Por isso, é ótima para depois das refeições”, diz Joana Rodrigues.
Feitas as compras, doutora Sonali Shinde nos convidou para ir até a casa dela. Ela preparou a refeição com os produtos que comprou na feira.
Enquanto elas preparavam o almoço, fomos conhecer os alimentos mais importantes para a ayurveda, que ajudam a conseguir uma saúde perfeita. Podem ser consumidos por qualquer tipo de pessoa, em qualquer estação.
O arroz, cultivado em 60 dias, deve ser consumido um ano depois da colheita. Feijão mungo, um tipo de feijão verde, comum na Ásia, é de fácil digestão. E também passas pretas, mel, romã, abóbora – que no Nordeste tem o nome indígena de jerimum – e amalaki – a fruta dos cinco sabores, único desses alimentos que não tem similar no Brasil.
“Ela é rejuvenescedora. Mesmo cozida e seca, não perde a vitamina C. E tem cem vezes mais vitamina C que a laranja”, ressalta Sonali Shinde.
Depois, sobre folhas de bananeira, Sonali Shinde e Joana Rodrigues foram servindo a refeição. Um pouco de sal, limão, uma pasta de pimenta, romã, pão indiano. Mais uma vez, sabores variados.
Na Índia, a refeição começa pela sobremesa. E tem que ser com a mão direita. No início da refeição, o doce tira a fome mais intensa. Mas tem ainda algo curioso: soro de leite de uma vaca feliz. É isso mesmo: os indianos dizem que, para o leite ser bom, a vaca tem que viver solta, nos campos e nunca confinada.
Espinafre com queijo branco, arroz com um pouco de manteiga cozida em cima e batata com gengibre, alho, pimenta e coentro.
“É uma refeição completa para uma pessoa ativa. Ela tem todos os seis gostos, é equilibrada. Você não come apenas arroz, não come só trigo, ou apenas comida crua. A ayurveda não aconselha isso. Um pouco de cada coisa é bom para o seu corpo”, ressalta Sonali Shinde.
Para quem está acostumado a comer carne é um pouco difícil. Mas uma recomendação da medicina indiana serve para todos: sempre que der, deixe de lado as comidas prontas.
“Cozinhe só o que você precisa e coma em seguida. Este é o mantra da saúde”, define Sonali Shinde.
- Chá alivia dores musculares e dá energia a atletas
Bebida mistura erva-doce, canela e semente de mostarda em porções iguais.
Por Beatriz Castro – Natal (RN)
Eles resistem aos piores esforços. Provas que duram de dez horas a seis dias. São os atletas de alta performance. Saudáveis? Sim, mas com um alto desgaste para o corpo. O esforço extremo libera no corpo os radicais livres, que aceleram o envelhecimento.
“Eu já tenho 48 anos de idade. Fazendo corrida de aventura, um esporte muito desgastante, não posso me dar ao luxo de envelhecer mais ainda”, diz o dentista Vescio Barreto.
Normalmente eles usam antiinflamatórios e suplementos para evitar dores e lesões. Seria possível substituir esses medicamentos por algo mais natural? Foi justamente um grupo de atletas que exige o máximo do metabolismo que pôde testar os efeitos de um chá de especiarias em Natal, no Rio Grande do Norte.
Durante 60 dias, um grupo de dez atletas tomou o chá. Outros dez não tomaram e serviram de controle para a eficácia da pesquisa. Mas muitos deles ficaram desconfiados.
“Eu não acreditava nisso. Tive que ver para crer”, conta o administrador Karim Barreto.
A pesquisa foi desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mas o chazinho não é muito diferente daqueles caseiros: erva-doce, canela e semente de mostarda em porções iguais. Essas especiarias foram escolhidas por combaterem o envelhecimento. São ótimos antioxidantes.
“A canela é uma das especiarias mais utilizadas no mundo inteiro. Ela tem alto poder conservante. Inclusive, na época das múmias do Egito, era usada como conservante”, lembra a cientista em alimentos Ana Vládia Moreira.
Mas os pesquisadores pensaram também no gosto quando fizeram a escolha. Queriam algo que pudesse virar uma rotina.
“Quando propomos algo importante para a saúde, para não ser algo que simplesmente tomamos sem prazer, temos que pensar também no lado sensorial. E essa mistura é bastante agradável ao paladar das pessoas”, assegura Ana Vládia Moreira.
E também é um chá simples, fácil de fazer.
“O ponto ideal [da água] é quando começa a levantar bolhinhas. Você apaga e está no ponto de colocar na xícara. Com a água pronta, colocamos o sache”, ensina Ana Vládia Moreira.
A dose diária é de uma colher de chá em uma xícara de água. Ou seja, não adianta tomar um bule de chá. O necessário mesmo é uma xícara.
A pesquisa mostrou que a maioria dos atletas teve uma redução do MDA, substância que causa lesões musculares e dores. O chá ajudou a diminuir a sensação de desgaste físico depois dos exercícios.
“Eu senti que durante os treinos longos e as corridas não tinha tanta necessidade de fazer uso de antiinflamatórios”, conta a zootecnista Inês Greca.
“As dores musculares que sempre vêm depois diminuíram bastante depois desse tratamento”, afirma Karim Barreto.
E se foi bom para quem se desgasta tanto, Ana Vládia Moreira diz que a mistura pode ter bons efeitos no dia-a-dia de qualquer pessoa.
“Por ter papel antioxidante e antiinflamatório, ele acaba sendo universal. Onde processos inflamatórios estão presentes, como uma simples dor de cabeça ou mesmo uma cólica, ele pode vir a ter efeitos atenuantes, principalmente preventivos se a pessoa tiver o hábito de beber”, explica a cientista de alimentos.
A nutricionista Jussele Lourenço acredita que o resultado da pesquisa pode combater um grande problema entre atletas amadores: a automedicação. Eles poderiam trocar os remédios pelo chá, que pode ser consumido como qualquer outro alimento. “Um alimento que reduza o estresse oxidativo. Muitas vezes eles vão diminuir essa inflamação com automedicação”, diz.
Para quem passa a vida por matas, estradas e rios, o resultado foi animador.
“Não há um alimento por si só capaz de reverter uma doença. Há um conjunto de fatores. Cabeça boa, corpo em movimento e uma pitadinha de sabor não fazem mal a ninguém”, finaliza Ana Vládia Moreira.
- Salsa pode combater as doenças do coração
Componentes químicos do tempero mais comum da mesa brasileira impedem a formação de coágulos que podem entupir os vasos e causar derrames.
Por Beatriz Castro – Rio de Janeiro
A notícia boa. E vem das universidades brasileiras: sabores variados e saúde em dia têm tudo a ver. Os pesquisadores não precisaram ir longe para encontrar as primeiras pistas.
“Salsa batidinha por cima do salpicão, do arroz de forno. Eu uso salsa para tudo, porque ela também faz bem para o coração”, diz a aposentada Dirce Corrêa.
No Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio, o conhecimento é passado de geração em geração. Dona Dirce, dona Olinda, dona Célia, dona Fátima: vidas inteiras dedicadas às ervas brasileiras.
“A salsa serve para tempero e serve para os rins. O chá é um santo remédio para expelir pedras dos rins”, afirma a feirante Fátima Barros.
Que a salsa era boa para os rins, a ciência já sabia. Mas uma pesquisa com moradores do estado do Rio surpreendeu os especialistas do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O farmacêutico Douglas Chaves descobriu o que estava na boca do povo: a salsa, além de diurética, afina o sangue.
“Nós observamos que a população utiliza essa espécie para fins medicinais e, principalmente, para o afinamento do sangue”, conta o farmacêutico.
Será? O jeito foi pesquisar. “Fazemos um processo de extração das substâncias da salsinha através do cozimento da planta realizado sob um aquecimento”, explica o farmacêutico Douglas Chaves.
A pesquisa trouxe uma descoberta sensacional: o tempero mais comum da mesa brasileira pode combater um dos males mais comuns da Humanidade: as doenças cardiovasculares, que atingem hoje 30% da população em todo o mundo.
Os pesquisadores ainda procuram algumas respostas. Qual é a quantidade necessária de salsa para prevenir as doenças circulatórias na população em geral e qual é a dosagem que pode funcionar como remédio para os pacientes com trombose? Na busca das repostas, eles já chegaram a algumas conclusões animadoras.
Componentes químicos da salsa agem na circulação. Eles impedem a formação de trombos, coágulos que podem entupir os vasos e causar derrames.
Flávia faz uma demonstração. Uma amostra de plasma que não teve contato com a salsa fica gelatinosa depois da coagulação. Enquanto isso, o plasma sanguíneo que teve contato com a salsa permanece líquido por um longo tempo. Isso mostra que a salsa inibe a formação dos coágulos. A salsa só deve ser evitada pelas mulheres grávidas, pois pode provocar sangramentos.
“No fundo, nossas avós estavam certas. Estamos mostrando que, realmente, a salsa ‘afina’ o sangue, serve para melhorar a circulação e prevenir a formação de trombos”, diz a bioquímica Russolina Zingali.
Com as novas descobertas, a salsinha, que todos conhecemos tão bem, pode virar um grande remédio.
“Uma pílula de salsa”, adianta Russolina Zingali.
Eles são muito fáceis de achar, estão em todas as feiras, em qualquer mercado. Afinal, não dá para cozinhar sem os temperos. E o melhor: são baratos. Mas nem sempre foi assim. As especiarias já foram muito cobiçadas. E, acredite, elas tiveram o peso cotado em ouro. Era o tempo dos descobrimentos, e os temperos serviam para conservar os alimentos. Hoje, mais do que nunca, a ciência confirma o imenso valor das especiarias.
E na raiz de todas essas descobertas está a sabedoria popular.
A feirante Olinda Ribeiro Costa é uma apaixonada por temperos. Na feira, ela contou que tem em casa um cantinho com tudo de que precisa.
“Fica no terraço. É um pedacinho que eu adoro”, diz.
No alto, protegido do sol pela caixa d’água, está o cantinho de saúde de dona Olinda. Tem um pouco de tudo.
“É muito bom chegar e pegar um galhinho”, diz dona Olinda.
E, como sempre, as dicas do uso dos temperos para a saúde vão surgindo.
“O alecrim é bom para resfriado porque é expectorante”, explica dona Olinda.
Alecrim contra gripe? E não é que dona Olinda tem toda a razão? A comprovação é feita por uma das melhores universidades do país, a Universidade de São Paulo (USP). A Faculdade de Ciências Farmacêuticas estuda os temperos há mais de 20 anos. E uma das conclusões mais recentes é que o alecrim combate o vírus da gripe. O trabalho foi feito em conjunto com o Instituto Butantã.
“Nós estudamos o vírus da gripe, que é o influenza, e observamos que os extratos do alecrim diminuem a replicação viral”, conta o cientista em alimentos da USP Jorge Mancini Filho.
Tudo na cozinha de dona Olinda leva um pouco de verde. No frango, vai sálvia, alfavaca e alecrim. Mas os poderes dessa planta tão cheirosa não param aí. Em testes com animais, a nutricionista da USP Ana Mara Silva descobriu outras qualidades do alecrim: um remédio poderoso contra as complicações de saúde dos diabéticos.
“Pelos resultados, reduziu o colesterol total, os triglicerídios – que são todas as gorduras, que no diabetes estão muito envolvidas com as doenças do coração”, explica Ana Mara Silva.
No mesmo experimento, o extrato de alecrim preveniu a catarata, as doenças nos rins e na retina, que são comuns nos diabéticos. É por isso que o experiente professor Mancini põe o alecrim no topo da lista de temperos indispensáveis na nossa mesa. “O alecrim é considerado a especiaria, associada a todo o conjunto de outros vegetais, com maior atividade antioxidante. É o campeoníssimo”, afirma.
Todos têm antioxidantes, compostos químicos que combatem os radicais livres, aquelas substâncias que provocam o envelhecimento do corpo.
As descobertas no Mercadão de Madureira, no Rio de Janeiro, não terminaram. A feirante Fátima Barros conta que a mãe, a feirante Célia Diniz da Costa, de 78 anos, criou uma mistura poderosa. Dona Célia, que tem sérios problemas de circulação, diz que se mantém em pé, trabalhando, por causa das ervas que usa em chás e na comida.
Dona Fátima revela os ingredientes do tempero de dona Célia: “Hortelã-pimenta, alfavaca, sálvia, manjerona, aipo, que é o salsão, alho-poró, manjericão e hortelã comum. É o tempero da vovó. Ela usa para temperar frango, carne, arroz, feijão. Lá em casa tudo é feito com isso. É muito difícil alguém ficar gripado”.
O Globo Repórter foi conhecer o segredo do tempero de dona Célia. Na cozinha, todos os temperos são bem lavados. Primeiro, elas põem um pouco de óleo e quatro cabeças de alho. Depois, vão acrescentando os maços de temperos, um a um: hortelã, hortelã-pimenta, sálvia, alfavaca, manjerona, alho-poró e aipo. Para completar, cebola e pimentão vermelho, para dar cor.
“Esse trabalho vale a pena porque gastamos menos horas descascando alho e socando cebola, essa lenga-lenga toda. Já fica tempero para toda a família”, conta dona Célia.
A mistura ainda leva sal. Depois de pronto, o tempero é distribuído em potinhos para toda a família.
“É um potinho para cada um”, diz dona Fátima.
Que é gostoso, ninguém duvida. Mas e os benefícios para a saúde? De Madureira para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O potinho da vovó Célia chegou longe. A professora Gláucia Pastore é uma grande conhecedora dos poderes dos alimentos. Ela fica animada com a riqueza da mistura de dona Célia e destaca as suas propriedades: as vitaminas do Complexo B, as fibras, os antioxidantes.
“Consumindo esse tipo de tempero, a pessoa ganha a manutenção da saúde, mais reforço, mais defesa para enfrentar os diversos sistemas invasivos, microorganismos, doenças contagiosas, infectocontagiosas. A pessoa vai estar mais defendida”, explica a cientista em alimentos.
A professora Gláucia Pastore diz que as qualidades de cada tempero são reforçadas com a mistura. E confirma: dona Célia tem razão quando diz que o tempero ajuda a manter a saúde da família.
Gláucia Pastore revela os temperos que não podem faltar na cozinha brasileira: alho, cebola, alho-poró, sálvia e hortelã. E dá uma última dica: “Geralmente, quando se trata de compostos bioativos, mais importante que a dose é a constância. Então, não importa muito se essa dose não é tão igual entre os dias. O importante é que todos os dias se faça uso um pouquinho”.
Pimenta emagrece e reduz o colesterol
Fruto reúne uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope e vitaminas.
Luciana Kraemer – Turuçu e Porto Alegre (RS)
Turuçu é a capital brasileira da pimenta vermelha. Na cidade do sul gaúcho, ela é plantada há mais de cem anos. E o orgulho com o produto da terra está em toda parte: na rua principal e nas lavouras cultivadas por descendentes de imigrantes alemães. Do trabalho de pequenos agricultores brota um poderoso remédio natural.
“Dizem que é bom para a saúde. Graças a Deus, até hoje nunca tive problema nenhum”, assegura o agricultor Leomar Nörnberg.
Na casa dele, é acompanhamento para todos os pratos. Para usar como tempero, a agricultora Leni Nörnberg dá a receita: “Coloco vinagre, depois dou uma sacudidinha e deixo curtindo durante um dia ou dois. É bem fácil. Dá para botar em qualquer comida”.
De acordo com especialistas em saúde, o hábito da família de seu Leomar deveria ser repetido em todas as mesas. Os benefícios da pimenta são conhecidos há muito tempo. Nas Américas, o fruto já era usado até para aliviar dor de dente e de estômago. Isso há pelo menos dois mil anos.
Quem coloca a pimenta no dia-dia está levando, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope, vitaminas – benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos que agora estão sendo comprovados pela ciência.
Uma pesquisa recém-concluída na Faculdade de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) comprovou que a pimenta diminui mesmo o risco de doenças cardiovasculares, maior causa de mortes no Brasil.
Por duas semanas, um grupo de ratinhos recebeu, todos os dias, uma pequena dose de extrato de pimenta-dedo-de-moça, a mais consumida no país. No fim do período, sangue foi coletado e comparado com o de ratinhos que não receberam a pimenta. O resultado impressionou os pesquisadores.
“Nós tivemos uma redução bastante significativa, em torno de 45%, do colesterol total desses animais. Uma redução do colesterol total, tanto em humanos quanto em cobaias, mostra que há um risco menor do desenvolvimento de doença arterial coronariana ou aterosclerose”, diz a nutricionista da PUC-RS Márcia Keller Alves.
Em outras palavras: menor risco de enfartes. O que reduziu quase pela metade a gordura do sangue nos ratinhos foi a capsaicina, o princípio ativo da pimenta, que dá a ela o gosto ardido.
“É esse princípio ativo que faz com que a pimenta seja benéfica à saúde. Então, quanto mais picante mais capsiacina. E quanto mais capsiacina mais benefícios com o consumo da pimenta”, esclarece Márcia Keller Alves.
A capsaicina atua em várias áreas do corpo: alivia dores de cabeça, controla os níveis de glicose no sangue, aumenta a capacidade pulmonar e ajuda no tratamento da rinite alérgica. É até um aliado para quem quer entrar em forma.
“É uma substância estimulante do metabolismo. A pessoa passa a gastar mais calor através do que come. Então, isso ajuda na obesidade. Ela só vai se beneficiar com um ingrediente natural”, afirma o nutrólogo Carlos Alberto Werutsky.
Ainda falta determinar quanto é necessário consumir para que a pimenta traga todos esses benefícios. O que se sabe é que o brasileiro come muito pouco. Na Tailândia, por exemplo, ela é a estrela das receitas simples e sofisticadas. Lá, o consumo chega a dez gramas por dia. No Brasil, não passa de meio grama por pessoa.
Para que a pimenta saia do papel de coadjuvante e se torne o ingrediente principal, é preciso pegar o fruto e inventar. Criar receitas que agradem não só a quem procura a ardência, mas também – por que não? – a doçura da pimenta. Produtos que saem de agroindústrias familiares, com a da produtora rural Verônica Tuchtenhagen e do aposentado Otávio Tuchtenhagen. Antigamente, a família vendia a pimenta seca e moída. Quanto trabalho, lembra o pai, que tem 82 anos.
“Eu lembro que plantei pimenta com 12 anos de idade. Às 5h, tinha que ir lá e cortar”, conta seu Otávio.
“Hoje transformamos a pimenta ‘in natura’ em vários pratos: em conservas, molhos, azeites, geléias, bombons, trufas, chocolate. Um mundo com pimenta”, descreve dona Verônica.
A receita que mais vende é a da geléia, criada com o auxílio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para conquistar o paladar até de quem não gosta do sabor ardido da pimenta. É feita com o fruto “in natura”, bem do jeito que os médicos recomendam.
A pimenta vai ao fogo misturada com açúcar, água, ácido cítrico e pectina, uma mistura que, no início, nem dona Verônica acreditava que daria certo.
“Não vou mentir, tínhamos uma pequena dúvida. Me surpreendeu muito porque enquanto eu vendo cem vidros de geléia com pimenta transformada, vendo dez de morango sem pimenta. A pimenta fez um sucesso”, comemora dona Verônica.
Para ver se os novos produtos de pimenta têm chance de cair mesmo no gosto popular, a equipe do Globo Repórter levou o doce de leite com pimenta e a pimenta em calda para fazer um teste com os consumidores.
“É meio forte, mas é gostoso. Senti a pimenta”, conta a estudante Sylvia Waldman.
“Eu não senti muito. É natural, um docinho gostoso. Mas bem no finzinho sentimos um pouquinho”, diz a dona de casa Áurea do Prado.
“Ela acentua o paladar, mas é saborosa”, avalia o aposentado José Castro.
“Me surpreendi, porque pimenta geralmente é forte. E essa bem gostosa”, elogia a professora Priscila da Silva.
Raiz é capaz de aniquilar tumores cancerígenos
Testes demonstram que cúrcuma elimina células de melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele.
Beatriz Castro – Goiânia (GO)
A equipe do Globo Repórter viajou para Goiás em busca de uma riqueza pouco explorada. No cerrado brasileiro, uma especiaria trazida da Índia se adaptou bem. Pelo nome, pouca gente conhece o cúrcuma. É uma planta da família do gengibre. A parte usada na culinária fica na raiz. Depois de seca e moída, ela vira um ingrediente que a dona de casa chama de açafrão.
“Na raiz encontram-se todos os componentes do açafrão, inclusive o corante, que é a curcumina, que é bem amarela”, explica o engenheiro de alimentos Celso José de Moura, da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Celso José de Moura explica que a planta dá em qualquer lugar e requer pouca água. Mas o sabor do açafrão da terra, como é conhecido na região, caiu no gosto do povo goiano. Uma boa galinhada fica bem amarela por causa do tempero.
Mas o que ninguém conhecia era o poder de cura dessa raiz. A riqueza maior da cúrcuma está sendo descoberta nos laboratórios da UFG. “Quanto mais pesquisamos mais nos empolgamos porque o número de doenças em que ele tem se mostrado ativo é realmente impressionante”, diz a química Lídia Andreu.
A curcumina, um pó amarelo extraído da raiz, é cicatrizante e antiinflamatório. É usada há mais de cinco mil anos na ayurveda, a medicina tradicional indiana. Por isso, Marcella Carneiro, uma bióloga apaixonada por plantas medicinais, questionou: seria a curcumina poderosa também contra o câncer?
Marcella aplicou a curcumina sobre células com melanoma, o mais grave tipo de câncer de pele. Em poucas horas, um resultado impressionante.
“Nossos testes demonstraram que ela matou 90% de células de melanoma. A curcumina pode agir de duas maneiras: impedindo o crescimento das células cancerígenas e provocando a morte celular, aniquilando o tumor”, esclarece Marcella Carneiro.
O núcleo das células com câncer é implodido pela curcumina, mas os pesquisadores ainda não sabem os efeitos colaterais. Em breve, pacientes terminais devem testar um tratamento experimental em Goiânia.
“É muito interessante saber que a partir de uma especiaria você pode obter um tratamento para o câncer, por exemplo”, ressalta Marcella Carneiro.
O maior desafio é aumentar a absorção da curcumina pelo corpo humano. Para isso, os pesquisadores precisam vencer outro obstáculo: dominar a técnica de extração da curcumina. O extrato da planta é importado – e caríssimo.
“Pagamos em torno de R$ 1 mil por dez gramas de curcumina pura. Então, se conseguirmos extrair curcumina de alta qualidade, pura, com certeza o medicamento vai se tornar mais eficaz e vai ser bem mais barato. Eu diria que, para a saúde, esse pó amarelo vale ouro”, constata Lídia Abreu.
Mais um motivo para popularizar, no Brasil, essa especiaria tão comum na Índia.
Outras informações
O Açafrão da Índia ou “Turmeric” ou “Cúrcuma” (Curcuma longa Linn.) é uma planta da família do gengibre (Zingiberaceae) sendo a raiz a parte mais utilizada na culinária e na medicina. No Brasil, principalmente em Minas Gerais e Goiás, é conhecida como Açafrão da Terra, Açafroa ou Gengibre Amarelo. De acordo com o Eng. Agrônomo Ademar Menezes Junior não podemos confundir o Açafrão da Índia com o “Açafrão Verdadeiro” utilizado nas “paellas” espanholas, que é dispendioso e corresponde aos estigmas dessecados da bela flor amarela ou vermelha da planta Crocus sativus.
A curcumina, isolada pela primeira vez por Vogel em 1842, é um pó insolúvel na água e no éter, mas solúvel no etanol e no DMSO. A sua estrutura foi descrita por Lampe e Milobedeska em 1910 e quimicamente é um diferoilmetano com a fórmula : C21H20O6 e peso molecular:368,4 .
A curcumina comercial encontrada nos mercados a preços bem acessíveis, contém três cucurminoides que lhe confere a cor amarelo alaranjada: curcumina (77%), demetoxicurcumina (17%) e bisdemetoxicurcumina (3%).
Ela é muito consumida na Índia, cerca de 100 mg/dia por habitante, como tempero. Estudos recentes mostram que podemos ingerir até 8 g/dia sem efeitos colaterais, entretanto a biodisponibilidade celular da curcumina é muito baixa , devido à rápida glucoronidação hepática e intestinal. O folclore nos ensinou que a adição de pimenta do reino (Piper nigra) aumenta em 2000% a biodisponibilidade do princípio ativo. Na Índia o povo adora açafrão e pimenta .
Nos Estados Unidos são muito comuns o câncer de mama, de colon, de próstata e de pulmão, o que não acontece na Índia, onde é alta a ingestão de cúrcuma. Observou-se aumento da incidência de câncer de colon em imigrantes da Índia vivendo nos Estados Unidos, o que mostra o valor da dieta como fator quimiopreventivo (in Aggarwal-2003).
Encontramos de 1966 a 2007, 1492 referências no Medline sobre a atividade biológica da curcumina. Recentemente a literatura médica mostrou que a Cúrcuma possui os seguintes efeitos:
- Anticâncer
- Aumenta o efeito da quimioterapia nas situações de resistência a múltiplas drogas
- Antiaterosclerótico
- Antinflamatório
- Reduz o colesterol
- Diminui a oxidação da LDL
- Inibe a agregação das plaquetas
- Diminui o tamanho da trombose no infarto do miocárdio
- Diabetes tipo II: hipoglicemiante, diminui os níveis de hemoglobina glicosilada e diminui a microalbuminúria
- Esclerose Múltipla: diminui as crises de exacerbação
- Alzheimer: retarda o processo degenerativo
- Fibrose cística: corrige alguns defeitos
- Doenças inflamatórias dos olhos: uveíte anterior crônica, pseudotumor orbital idiopático
- Diminui as dores na artrite reumatoide
- Efeito nas doenças de pele: psoríase e dermatites
- Efeito na esclerodermia
- Estimula regeneração muscular
- Melhora a regeneração das feridas
- Cicatriza escaras
- Protege o fígado e rins de lesões tóxicas
- Aumenta a secreção biliar
- Diminui a formação de cálculo biliar
- Efeito nas doenças inflamatórias de intestino
- Protege contra a formação de catarata
- Protege o pulmão da fibrose
- Inibe a replicação do HIV
- Inibe a reprodução das leishmanias
Nas palavras de Bharat Aggarwal e Shishir Shishodia: “Vamos fazer uma viagem para nossas “RAIZES” antigas para explorar as “RAIZES” da Curcuma longa”
Efeitos da Curcumina no Câncer
A curcumina possui uma série de efeitos na prevenção e no tratamento do câncer. É o fitoquímico que inibe o maior número de vias de sinalização, transdução e transcrição que conhecemos e por esse motivo possui potente efeito no câncer como antiproliferativo, apoptótico , antiangiogênico e antimetastático.
Efeitos da Curcumina no Câncer “in vitro”
A curcumina suprime a proliferação de vários tipos de células tumorais in vitro: carcinoma de mama, carcinoma de colon, carcinoma de próstata, carcinoma basocelular, melanoma, leucemia mielógena aguda, leucemia de células T e linfoma de células B.
A curcumina interfere na proliferação celular maligna de várias maneiras: inibe os efeitos dos fatores de crescimento tumoral, inibe proteínas envolvidas no ciclo celular e inibe a ornitina decarboxilase (ODC).
A apoptose é um modo discreto das células morrerem sem fazer alarde, digo inflamação. Provocar apoptose em paciente com câncer grau IV não faz piorar o seu estado geral já tão comprometido.
A curcumina é capaz de induzir apoptose nas células malignas por mecanismos dependentes ou não dependentes da mitocôndria.
No mecanismo mitocondrial, o que acontece em grande número de células, a curcumina ativa seqüencialmente a caspase 8 , a diminuição do potencial transmembrana mitocondrial, a abertura dos poros de transição, a liberação de citocromo-c, a ativação da caspase -9, a ativação da caspase-3, a clivagem do PARP e finalmente a fragmentação do DNA e apoptose.
Nos mecanismos não mitocondriais a apoptose acontece por:
- diminuir a produção de proteínas antiapoptóticas bcl-2 e bcl-x
- induzir a proteína bax através da p53 provocando apoptose no câncer de mama
- induzir a proteína p53 mediadora da apoptose no câncer de colon
- aumentar a oxidação intracelular por aumento da geração de radicais livres com a diminuição do GSH intracelular.
- inibir PTK e PKC
Bharat Aggarwal, grande estudioso dos efeitos da curcumina no câncer, afirma que a curcumina inibe o crescimento tumoral e induz a apoptose de vários tipos de células malignas com mecanismos semelhantes à maioria dos agentes quimioterápicos (Aggarwal-2003), porém sem efeito prejudiciais sobre as células normais.
Saiba como preparar receitas com especiarias
CHÁ DE ESPECIARIAS
Misture erva-doce, pedaços de canela em pau e semente de mostarda em quantidades iguais. Você pode fazer a quantidade que quiser e guardar para outros dias. Depois, para uma xícara, use uma colher de chá da mistura.
Importante: a água não deve ferver. Retire a água do fogo quando surgirem as primeiras bolhinhas da fervura (cerca de 92ºC). Deixe em infusão por três minutos e aproveite.
TEMPERO PREPARADO PELA FEIRANTE CÉLIA DINIZ DA COSTA
Ingredientes:
1 maço de sálvia
1 alho-poró
aipo
4 cabeças de alho
1 cebola
1 pimentão vermelho
alfavaca
hortelã
pimenta
alecrim
manjerona
óleo, azeite de oliva ou água para misturar
Modo de Fazer:
Ponha o alho no liquidificador. Para ajudar a bater, use um pouco de óleo, azeite de oliva, ou água. Depois, vá acrescentando os temperos, um a um, até que obter uma mistura homogênea. Em seguida, adicione uma xícara de sal, que ajuda a conservar a mistura.
GELEIA DE PIMENTA
Ingredientes:
2 quilos de açúcar
2,5 litros de água
150g de pimenta dedo-de-moça sem sementes
10g de ácido cítrico
13g de pectina
Modo de Fazer:
Coloque a água em uma panela. Acrescente o açúcar, separando um pouco para ser misturado depois com a pectina. Adicione a pimenta, que deve ser batida no liquidificador com um pouco de água antes de ir para a panela. Acenda o fogo e mexa. Depois coloque a pectina misturada ao açúcar que ficou separado. Por fim, acrescente o ácido cítrico. Deixe ferver por 40 minutos. Está pronto.
PIMENTA NO VINAGRE (receita da agricultora Leni Nörnberg)
A receita é ideal para quem gosta de pimenta mais fraca e deve ser feita com o fruto fresco. Pegue um vidro para acondicionar a pimenta e esterilize (escalde com água quente). Em seguida, coloque nacos de pimenta sem sementes. Colorida fica melhor. Cubra com vinagre. Se preferir mais forte, utilize pimenta seca e cubra com azeite.
Link do Globo Repórter
http://g1.globo.com/globoreporter/0,,LS0-16627-68592,00.html
gostaria de saber qual planta é utilizada no tratamento de infecção na bexiga ,dor na bexiga
Muito agradecido por sua visita e a todos que tem visitado o blog. Em resposta a sua dúvida, vou disponiblizar na página, um item “receitas caseiras”, com o objetivo de disponibilizar receitas práticas e fáceis, que são milenarmente utilizadas na medicina natural.
fraternal abraço
Hebhert Oliveira
boa tarde hoje dia 23/11/09 recebi uma noticia muito triste um amigo meu e de minha filha tem cancêr pulmonar ele tem 25 anos . Então resolvi de alguma forma poder ajudar esse amigo , pensei então prucarar na inter. alguma erva que cure ou amenise essa doença horrivel, entrei no site de vcs e achei muito interessante e li a respeito da planta AVELOS . gostaria de saber se essa planta de fato é para o tratamento de cancêr pulmonar ,como seria o tratamento com ela e se a outra planta que possa também tomar como tratamento ou outras plantas possam ser usada juntas . por favor gostaria que vcs me respondessem o quanto antes DESDE JÁ AGRADEÇO PELA ATENÇÃO VALÉRIA
Estou respondendo e já posto a resposta aqui.
Hebhert Oliveira
Boa tarde Valéria, vou tentar responder suas perguntas por etapas.
O Avelóz vem sendo estudado tem alguns anos com o objetivo de se verificar o seu efeito contra tumores e os estudos preliminares tem sido muito positivos.
A medicina popular já vem utilizando o Avelóz, o Caju, o Aloe, Cúrcuma, Ipê Roxo entre outras plantas tem muitos anos e os relatos das pessoas que as utilizaram tem sido bem positivos. É importante observar que existem vários estudos que estão confirmando a eficácia da medicina popular o que tem motivado seguidos programas de TV e cada vez mais estudos a esse respeito. Sugiro inclusive que você busque essas informações em outras fontes, não se restrinja a este blog, existem muitas teses disponíveis na internet, mas em resumo, os estudos estão confirmando em laboratório o poder das plantas medicinais e hoje perto de 45% dos medicamentos tem seu princípio ativo extraído de planta medicinal.
Diante disso posso te garantir que existem milhares de pessoas que não sabem o que é um medicamento alopático.
Quanto ao uso da medicina natural no combate a tumores, eu particularmente não conheço pessoas que usaram essa medicina com esse objetivo, porém estou acompanhando um caso nesse momento e lhe relatarei a seguir.
Trata-se de um tumor maligno rebelde e profundo, detectado em mulher que fuma tem mais de 40 anos e que atualmente está com 63 anos. O tumor foi detectado 5 meses atrás, já comprometendo parte substancial da bexiga e o canal da uretra, com recomendação imediata de retirada do órgão. O paciente se recusou a fazer a cirurgia, de retirada da bexiga e optou pelos tratamentos naturais e pela radioterapia.
O tratamento vem sendo feito tem cerca de 3 meses, foi iniciado a radioterapia este mês, devendo se estender até meados de dezembro.
O que se tem até o momento é que a paciente já está com uma vida normal apesar da gravidade do tumor, as primeiras seções de radioterapia foram sem qualquer efeito colateral, o que é comum nesse tipo de tumor, segunda a médica que acompanha a paciente, apesar disso, somente poderemos ter maiores informações com o passar do tempo.
Através da medicina natural esta senhora fez inicialmente uso do Aloe (babosa) com mel, receita que pode ser obtida neste blog e na própria internet, vem fazendo uso diário de decocção com cajueiro (cascas de caju) e o Avelóz em gotas usando a receita que está disponível também neste blog, além de ser também de conhecimento público.
A paciente também é usuária do chá Ayahuasca.
A dieta da paciente passou a ser exclusivamente natural. A médica que acompanha o caso também pediu para ela não fumar, porém nesse ponto ela não está tendo boa receptividade com a paciente, mas reduziu o fumo em 90%.
Sobre a Babosa tem o livro do Frei Romano Zago, muito esclarecedor sobre a planta, seu uso e também sobre os tumores malignos.
Quanto ao uso da medicina natural por parte do seu amigo, ele deverá decidir, eu acredito na medicina natural, porém a decisão por qualquer tratamento natural passa por uma mudança de consciência, que incluíra obrigatoriamente uma completa mudança de hábitos e de crenças e nesse ponto a fé é essencial. Essa fé não necessariamente no sentido religioso, mas na crença de que a natureza pode nos suprir de tudo o que precisamos ou na ótica de Espinosa “Todas as coisas são em deus, na medida em que Deus mesmo se realiza nelas”.
Independente da decisão é importante o acompanhamento médico.
Espero ter ajudado Valéria e um fraternal abraço.
Hebhert Oliveira – Raizeiro
Bom dia a todos, complemetando o post anterior esclareço aos amigos que tem me perguntado quanto ao destino da paiente descrita acima.
O tratamento com a radioterapia transcorreu bem e sem qualquer efeito colateral e durante o tratamento já foram feitos os exames de tomografia e cujos resultados foram bem animadores, surpreendendo inclusive os médicos. O tratamento terminou no final do ano passado com a paciente se submetendo a novos exames.
Os resultados mostraram que o tumor que até então comprometia perto de 50% da bexiga e o canal da uretra havia sumido.
Estou maravilhada,tudo que eu precisava,completo.Parábens
Fico feliz em poder ter contribuído com sua pesquisa e espero de coração que o conteúdo lhe seja bem útil.
Agradecido
Hebhert Oliveira
Srs. Como e onde conseguir sementes , mudas de ervas medicinais especialemnte guaco, alecrim, arruda, hortela e outras. agradeco luiz antonio facioli e. mail : lantoniofacioli@superig.com.br
Boa noite, você poderá encontrar mudas de plantas medicinais nos gardens e/ou floriculturas, locais em que normalmente você conseguirá as sementes. Infelizmente algumas plantas medicinais menos populares, e dentre as que você mencionou, eu lembraria do guaco e poderia mencionar também o patchouli, citronela, açafrão, ora-pronobis, macassa, mangericão italiano, levante, anis, louro, tomilho, hera, erva de santa maria, entre outras, já são mais difíceis de serem encontrados em lojas menores, nas lojas maiores você consegue mais facilmente. Aqui em São Paulo é relativamente fácil localizar um desses grandes “gardens” com boa disponibilidade de plantas medicinais, porém não tenho informações de outras regiões.
Fique atento e quando você menos esperar aparecerá uma grande loja dessas no seu caminho e você conseguirá atender o seu objetivo.
Cordial abraço
Hebhert Oliveira
Olá gostaria de saber como emagrecer com tratamento natural e quais as plantas devo consumir e de que forma, Obrigada.
Boa noite e obrigado pela visita, antes de mais nada gostaria de esclarecer que a parte mais importante em um saudável processo de emagrecimento, é a – reeducação alimentar- as ervas, se bem utilizadas na forma de chás, podem ajudar bastante nesse processo, mas eles sozinhos não podem fazer tudo.
O ideal é você combinar com a sua alimentação tradicional a riqueza dos cereias matinais e das frutas e evitar os açucares e alimentos mais gordos. Os chás podem e devem ser consumidos durante o dia todo, as plantas que mais ajudam nessas dietas já são bem conhecidas, os mais conhecidos são oliveira, chá verde e suas variações (camelia simenses), folha de graviola, porangaba, hibisco, gengibre e cavalinha. Escolha um desses e inclua no seu dia a dia e você sentirá os resultados em breve. Espero que você tenha sucesso. No meu outro blog Natureza Celestial (link neste blog) eu disponibilizo muitas informações sobre alimentação.
Espero ter ajudado Hebhert Oliveira
há uns dois anos atrás vi uma reportagem de uma casca de arvoré que fica no pantanal que ela faz emagrecer mas não me lembro o nome dessa arvoré
Se alguém souber sobre algum produto que ajude na Fístola, Mande – me um E-Mail para daniel_boyys@yahoo.com.br
Gostaria de saber onde posso comprar sementes ou mudas de jaborandi.
Parabéns aos idealizadores desse magnificente site. Todos devemos agradecer tamanha iniciativa do editor, por tratar da saúde na sua mais sublime forma: a natureza.
Agradeço de coração á ajuda que me foi de grande relevância.
opa!! saudações…
me chamo Richard Esteves e estou procurando uma planta chamada. acho”crisales”
porte pequeno, seu fruto fica envolto de uma membrana que parece um balão….se puderem me ajudar….desde já obrigado…adorei o site!!!
Desculpe, mas com essas caracteristicas eu não conheço. Você não tem alguma foto ou alguma informaçao adicional.
Cordial abraço e obrigado pela visita.
Hebhert Oliveira
[…] Fonte: https://raizeiro.wordpress.com/plantas-medicinais1/ […]
gostaria de saber se é seguro comprar o anis estrelado em casas de ervas, se existe risco de ter anis estrelado japones?
obrigado!
gostei da materia exposta, mandar maiores informações sobre a planta ora pronobis.
como faço para conseguir sementes ou mudas
joao montanucci
sou apaixonada pelas ervas medicinais desde criança.gostaria de usar somente plantas como remedio, pois sou ipertença e diabetica tipo melitus.quais sao as indicDAS?. UM ABRAÇO E MUITO OBRIGADA.
Hebhert, Parabéns pelo blog
Você conhece a erva usada por monges Budistas Tailandeses e de Miamar (Reino do Norte) há 600 anos, como fonte da juventude?
Li sobre, neste link, e fiquei muito curiosa
https://info.hsionlineorders.net/640SHDAGE/E6ETN6CA?a=2&o=703&s=880&u=6010544
maravilhosa esta pagina é bom saber as riquezas de medicina natural que ainda dispomos
parabems pela pagina é de multiplas utilidades !
parabens pela publicação desta pagina , a muito tenpo ñ si encomtra uma com tão gramde riqueza a este respeito
AVELOZ (Avelós) – Cura do câncer – Manipulação e preparação – HD